Não, não desisti do blog. E também não é falta de assunto. Está mais pra falta de tempo.
Como boa viciada em seriados, acompanhei 24 horas na Globo (quarta temporada, que começou fraquinha mas engrenou na metade do caminho e tirou o fôlego), estou assistindo a Lost
(e eu que achei que não ia gostar da série) e ainda peguei emprestada a primeira temporada de Desperate Housewives
(aprox. 993 minutos, como a caixa do dvd informa). Vai daí que o tempo anda escasso.
E ainda tem um maldito jogo que está roubando quase todo o meu dia. Se eu fosse você, nem passaria perto dele. Vicia. Muito. Sério mesmo.
E cinema, claro. Começou a maratona para assistir ao maior número possível de filmes concorrentes ao Oscar antes da premiação.
Vale a pena, sem dúvida alguma, assistir:
O Segredo de Brokeback Mountain: o queridinho do Oscar 2006 faz jus ao posto. A história de amor entre dois cowboys é contada de forma sensível e profundamente emocionante. Jake Gyllenhaal (no papel de Jack Twist) impressiona não só pela inegável beleza, mas também pela boa atuação. Outra grande interpretação fica por conta de Michelle Williams (Alma). A fotografia é belíssima e o Globo de Ouro de melhor canção coube a A Love That Will Never Grow Old, que não concorre ao Oscar por detalhes técnicos.
Boa noite e boa sorte: concorre ao Oscar com seis indicações. David Strathairn interpreta o jornalista Edward R. Murrow com um carisma realmente impressionante e merece levar pra casa a estatueta. O filme é de baixo orçamento, em preto e branco e conta a briga de Murrow contra McCarthy e sua caça aos “comunistas”. Embora se refira a um episódio dos anos 50, encaixa-se perfeitamente na realidade pós-2001, caracterizada por uma perseguição sem critérios atrás de supostos terroristas, acompanhada de um incentivo à cultura do medo. Interessante saber que o senador McCarthy não foi interpretado por um ator – todas as imagens em que ele aparece foram retiradas dos arquivos da época.
Fora do circuito da Academia, mais dois filmes merecem ser vistos:
Flores Partidas: embora tenha o consagrado Bill Murray como ator principal, não é um filme hollywoodiano. Jim Jarmusch dirige-o sem a preocupação de corresponder aos estereótipos do cine-pipoca – aliás, diverte-se em quebrá-los ao longo do filme. Murray interpreta um solteirão convicto que sai à procura de um filho de 19 anos, cuja existência lhe era desconhecida até receber uma carta anônima. Flores Partidas ganhou o Grande Prêmio do Júri, no Festival de Cannes.
Rainhas: comédia espanhola absolutamente deliciosa. Conta com a excelente Carmen Maura e outras atrizes maravilhosas. O filme acompanha as peripécias de três dos vinte casais gays que irão oficializar sua união na primeira cerimônia de casamento gay da Espanha. Em meio a mães, pais, sogras e cachorros, muita coisa acontece. Risadas garantidas.
Como a vida não é feita só de bons filmes, assisti também a Tudo em família, comédia fraquinha com Sarah Jessica Parker, a Carrie do seriado Sex and the city. Se você quer mesmo vê-la, espere o lançamento em dvd.