Peru 2025 – dicas e links úteis

Para planejar a viagem: blog Viaje na Viagem. O Ricardo Freire dá um roteiro detalhado e dicas valiosas sobre quando ir, quantos dias ficar, o que fazer, onde se hospedar, que circuitos de Machu Picchu escolher etc.

Para pesquisar e contratar hospedagem: Booking.com. Há vários sites de reservas, mas nem todos são idôneos. Nunca tive problemas com o booking.com. Vale a pena também verificar se o hotel tem site próprio e se nele oferece um preço melhor ou alguma outra vantagem, como café da manhã incluído na diária. Hospedagens contratadas nessa viagem:

Em Lima, reservei um apartamento no AirBnB.

Para pesquisar e contratar passeios: Viator, mas vale a pena pegar o nome da empresa de turismo na página do passeio e pesquisar pra ver se tem site próprio e se o preço é melhor. Contratei os seguintes:

Para pesquisar passeios e atrações turísticas, verificar as avaliações dos viajantes e contratar diretamente ou pela página da empresa de turismo: TripAdvisor. Foi lá que descobri a degustação de vinhos; no TripAdvisor, não era possível contratar só para uma pessoa, mas mandei um email para a agência e consegui.

O boleto turístico é imprescindível para conhecer os museus de Cusco e as ruínas do Vale Sagrado. O site oficial explica os tipos de boleto. O recomendável é comprar o geral, que dá acesso a todos os sítios arqueológicos durante dez dias. A compra deve ser feita ao se visitar a primeira atração, ou na Cosictuc (no centro de Cusco). Agentes de viagens vendem o boleto com ágio, não vale a pena.

Os ingressos para Machu Picchu devem ser comprados no site oficial com a máxima antecedência possível. De manhã, fiz o Circuito 1-B (panorâmico); à tarde, fiz o Circuito 2-A (pela cidadela); na prática, o controle existe para acessar a rota 1 (sem discriminar entre A ou B; a A inclui o Puente Inca, que estava interditado quando fui) ou a rota 2 (sem discriminar entre A ou B).

Se não conseguir comprar os ingressos no site, é possível concorrer a um sorteio na véspera no prédio do Ministério da Cultura em Aguas Calientes.

Não é necessário contratar guia para entrar no sítio arqueológico. Sabe-se muito pouco sobre Machu Picchu. O guia poderá apresentar hipóteses, mas nada é comprovado. Recomendo fazer o passeio sem guia para ter tempo e liberdade de tirar fotos e contemplar as ruínas. Você pode ler antes da viagem sobre os incas, ou valer-se de passeios guiados pelas outras ruínas (em Lima, Cusco e no Vale Sagrado), e chegará em Machu Picchu com informação mais que suficiente para desfrutar do passeio.

O deslocamento até Aguas Calientes (que atualmente prefere ser chamada de “Machu Picchu Pueblo”) é feito de trem (alta temporada) ou de ônibus+trem (baixa temporada). As empresas são a Inca Rail e a PeruRail. Comprei as passagens online no site da PeruRail, sem necessidade de trocar os vouchers eletrônicos na bilheteria (aparentemente, no caso da Inca Rail a troca é necessária). Viajei de classe econômica. O trem é bem confortável e o transbordo para o micro-ônibus é tranquilo, feito com a orientação e acompanhamento de uma funcionária da companhia.

De Aguas Calientes a Machu Picchu, o trajeto é feito em micro-ônibus. Comprei no site da única operadora, a Consettur, mas é possível fazer a compra no local, na véspera. Já tendo a passagem, é importante chegar ao ponto de embarque pelo menos 40 minutos antes do horário marcado para entrar em Machu Picchu.

Restaurante em Aguas Calientes: há dezenas, escolhi o Pueblo Viejo e depois descobri que é o número 1 no TripAdvisor.

Um guia comentou que o Banco de la Nación não cobra comissão para saques em pesos efetuados no caixa automático. não cheguei a testar. O BCP cobra 36 soles (independentemente do valor do saque).

Se você vir um prato com coxinhas de galeto bem moreninhas, atenção: é cui (porquinho-da-índia).

Livro: Mulheres não são chatas, mulheres estão exaustas

Livro da vez: Mulheres não são chatas, mulheres estão exaustas, de Ruth Manus.

Em linguagem simples e bem-humorada, a autora discorre sobre as dificuldades de ser mulher, os obstáculos na família e no mercado de trabalho, as cobranças, pressões e sentimentos de culpa e, claro, o machismo que permeia tudo isso.

Não há muita coisa no livro que eu já não soubesse, por outras leituras ou pelas vivências (minhas e de outras mulheres), mas ainda assim foi uma leitura muito proveitosa – primeiro porque o discurso é organizado e claro, e às vezes falta-nos essa clareza para analisar o mundo ao redor; segundo pela sensação reconfortante de não estar sozinha.

Como defende a autora, precisamos de mulheres nas nossas vidas para sobreviver ao dia-a-dia.

Recomendo para quem acredita que o feminismo é uma questão boba, sem importância e/ou superada. 5 estrelas

Filmes favoritos em outubro e novembro de 2024

Recentes

Ainda Estou Aqui (2024): Fernanda Torres maravilhosa. A história é contada em passo lento para que o espectador tenha tempo de absorver e se emocionar (mas podia ter acabado um pouco antes).

A Substância (2024): crítica profunda ao medo de envelhecer e a como mulheres após os 40 ou 50 são vistas, inclusive por si mesmas. Também bate no machismo e na misoginia (os homens do filme são todos horrendos).

Bruxas (2024): documentário sobre depressão e psicose pós-parto que também trata do lugar da mulher no mundo de forma geral e de como esse lugar foi roubado ao longo dos séculos pelos homens.

As Três Filhas (2023): história sensível sobre relacionamentos, tendo a morte como fagulha. Lembra que nunca podemos achar que conhecemos as dores alheias. Atuações excelentes.

Alguém Como Você (2001): comédia romântica típica da virada do século, uma pegada “Sex and the City”. O desfecho é previsível, mas o roteiro é bem conduzido (embora tenha uma ou duas frases que hoje soam mal).

Direto do Túnel do Tempo

O Que É Isso, Companheiro? (1997): alguns textos são forçados demais, mas em geral o filme é excelente. Mostra o lado dos militares e o dos guerrilheiros. Provavelmente não poderia ser feito hoje, dada a atual polarização.

Emma (1996): adaptação do romance da Jane Austen. Achei que seria impossível contar uma história cheia de confusões em apenas 2 horas, mas o filme funciona. Bela cenografia e figurinos. Mr. Knightley é adorável.

A Tortura do Silêncio (1953): um padre ouve a confissão de um assassino e acaba se tornando o principal suspeito do crime. Suspense de Hitchcock com tensão até o fim.

Como Agarrar um Milionário (1953): Marilyn Monroe ótima como sempre, no papel de uma míope atrapalhada; Lauren Bacall arrasando; a história tem momentos divertidos, mas o ponto alto é mesmo ver essas divas em cena.

Núpcias Reais (1951): achei as canções meio irritantes, mas os número de dança compensam largamente. Esse é o filme que tem a clássica cena em que Fred Astaire dança nas paredes e no teto do quarto do hotel.

Onde assistir: justwatch.com

Livro: A Tempestade que Criamos

Livro da vez: A Tempestade que Criamos, de Vanessa Chan.

Cecily é uma mãe de família comum com uma atividade secreta incomum: vivendo na Malásia ocupada pelos britânicos, ela passa informações aos japoneses, cujo objetivo é uma Ásia sem europeus e, claro, dominada pelo Japão. Cecily demora a entender que a dominação japonesa é mais sanguinária que a britânica e, quando se dá conta, sua família já está esfacelada. A narrativa acompanha também as vidas dos seus três filhos, Jujube, Abel e Jasmin, durante a dominação japonesa e a Segunda Guerra Mundial.

A Tempestade que Criamos é escrita de forma objetiva e quase casual, mas é uma história pesadíssima. A sequência de sofrimentos a que são submetidos os malaios, tanto no grande esquema das coisas quanto no cotidiano simples das famílias, é devastadora. Eu não desconhecia a crueldade do exército japonês, infame graças à ocupação da Coréia e a histórias como Invencível (filme de 2014, baseado em livro), e mesmo assim me vi chocada durante a leitura. Não é um livro que faça chorar (talvez justamente por ser brutal demais), mas algumas cenas vão me acompanhar por um bom tempo.

Recomendo para quem gosta de romances históricos. 4 estrelas