Espresso ou Expresso?

Quando eu tinha o Espresso do Meio-Dia, não era raro que alguém “corrigisse” o nome do blog, insistindo que “espresso” é com “x”. Bem, não é com “x”. O “espresso” que remete ao cafezinho é com “s”. Acredite.

Expresso ou Espresso?
É uma batalha perdida, reconheço. Foto: centro histórico de Paracatu.

“Espresso” é uma palavra do italiano e significa “espremido”, porque nessa técnica o café é extraído com o uso de pressão. Uma máquina de espresso aplica uma pressão de 9 bar (9 “atmosferas”) para extrair a bebida. Em português, “espremer” e “espremido” também são com “s”, como em italiano, o que torna ainda mais descabida essa grafia com “x”.

Provavelmente, o hábito de escrever “expresso” faz referência à “rapidez” com que é servido o cafezinho. Só que, na verdade, preparar um espresso nem é assim tão rápido se você tiver que ligar a máquina e esperar até que fique pronta para a extração – isso é nítido se você tiver uma máquina doméstica. Acontece que a maioria das pessoas toma espresso apenas na rua, e os bares e restaurantes deixam a máquina sempre no ponto, o que leva à ilusão de que o espresso é… expresso.

Por fim, cabe lembrar que o resto do mundo escreve espresso (embora já comece a aparecer “expresso” no idioma inglês com certa frequência, também em associação à suposta rapidez do método de preparo, derivando a nova grafia do termo “express”).

Falta menos de um mês para o terror, digo, para o NaNoWriMo.

Eu gosto de projetos. Já deu pra perceber, né? Gosto de listas, desafios, prazos. Mas olha, dessa vez não estou tão confiante em conseguir completar a próxima missão que me coloquei.

NaNoWriMoÉ que, depois de dois anos ensaiando, resolvi participar do NaNoWriMo, ou National Novel Writing Month. Trata-se de uma maluquice inventada por um grupo de uns vinte doidos há 14 anos e que hoje conta com centenas de milhares de participantes ao redor do mundo. Em resumo, é o seguinte: novembro é o mês de escrever um romance (“novel) de pelo menos 50.000 palavras. Ou seja, quase 1.700 palavras por dia.

Todo mundo que já tentou escrever sabe que esse número é insano, mas essa é mesmo a ideia da coisa. Com uma meta tão ambiciosa, você se força a desligar o censor interno. Não pode editar enquanto escreve. Não tem tempo pra buscar a frase ideal. Por não se render ao perfeccionismo, as chances de conseguir concluir o romance são maiores.

“Ah, mas e a qualidade?”. Ela não é o foco do NaNo. O foco é escrever como se não houvesse amanhã, e chegar em dezembro com o primeiro rascunho do seu romance. Já dizia Hemingway: “o primeiro rascunho de qualquer coisa é uma merda”. Sempre. Mas é a peça mais importante para, enfim, produzir algo que valha a pena. Sem o primeiro rascunho de merda, você nunca terá um bom livro.

As regras para participar do NaNo são poucas. Em resumo:

  1. Você deve começar a escrever a história do zero em primeiro de novembro (mas pode fazer um planejamento antes).
  2. O texto deve ser um romance, ou seja, uma prosa ficcional.
  3. Para ser considerado vencedor, precisa copiar e colar o romance no contador de palavras do NaNo até 30 de novembro, e conseguir validar 50.000 palavras (para isso, você precisa se cadastrar no site).
  4. Ninguém vai ler seu texto. Você não precisa ficar com vergonha.
  5. Você pode escrever em qualquer idioma (mas o site do NaNo é todo em inglês, com exceção dos foruns regionais – o Brasil está lá).

No site do NaNo você encontra as respostas a todas as suas dúvidas e toda a história e os números do desafio. No blog Nem Um Pouco Épico há alguns textos sobre o NaNo, inclusive um FAQ bem-humorado. Existe também um twitter oficial e uma comunidade de brasileiros participantes no facebook.

Então, vai encarar? Quanto mais gente entrar no surto na brincadeira, mais divertida a coisa fica!

Primeira Lei da Corrida: Nunca Fica Mais Fácil.

Faz pouco mais de dois anos que corro. Já é quase o esporte ao qual me mantive fiel por mais tempo (ainda perde pros meus 3 anos de natação na adolescência) e sem dúvida é o de que mais gosto. Não me vejo parando. É mesmo como dizem por aí: corrida vicia!

MAS. Corrida nunca fica fácil. Nunca-jamais-em-tempo-algum.

No começo é um suplício pensar em aguentar 5 minutos sem parar. Aí, vem a conquista do primeiro quilômetro, ainda que em velocidade pouco maior que a de caminhada – uma conquista dura, muito dura. Depois, você tenta correr 10 minutos direto, e já pensa em como deve ser correr por meia hora – e o corpo dói só de pensar. Quando você chega lá, começa a querer correr mais rápido. Depois, por mais tempo. E assim sucessivamente.

Em uma palavra, corrida é desafio. Quando você supera um marco, já tem outro em vista. Quando começa a ficar fácil, você complica. Quer mais tempo, mais velocidade, mais dificuldade. Mais endorfina. Aí, dependendo do dia, o treino fica mais ou menos assim:

Fluxograma da Corrida
Fluxograma da Corrida

A quilometragem pode variar, mas a sensação em cada etapa proporcional do treino é basicamente a mesma.

Quer encarar? Calce um par de tênis e vá correr! Garanto que vale a pena!

Leite desnatado faz mais espuma!

Espuma de leite.
Espuma de leite… desnatado?

Por essa eu não esperava: segundo o Lifehacker, você terá mais espuma no seu cappuccino se usar leite desnatado.

Pensando bem, pode fazer sentido. Menos gordura deixa o leite mais “aguado” e, portanto, mais leve e permeável ao vapor usado para criar espuma. Por outro lado, posso apostar que essa espuma é tão aerada que se desintegra mais rapidamente que uma espuma de leite integral.

Em casa, vou continuar fiel ao leite semidesnatado no meu café. Um pouquinho de gordura no leite cria o perfeito equilíbrio entre saúde e sabor.

Imagem: michaelaw, roaylty free.