Essa é pra quando você está a fim de uma comidinha mais elaborada, mas a preguiça impera. Ou para um jantarzinho a dois facílimo, pra sobrar energia para a “sobremesa”.
Ingredientes
10 unidades de canelone seco, como o da caixa aí ao lado
Enquanto isso, pegue uma fatia de presunto, coloque sobre uma fatia de mussarela e enrole bem apertado. Ponha o rolinho dentro de um canelone seco e deposite-o sobre a travessa que irá ao forno.
Repita a operação até encher todo os canelones.
Jogue o molho por cima.
Cubra com papel-alumínio e leve ao forno baixo por 30 minutos.
Pronto. Polvilhe queijo ralado e sirva com vinho, se desejar.
Dicas e Complementos
Os rolinhos de recheio têm que ser bem apertados ou não entrarão no canelone.
Você pode usar presunto magro ou gordo e até substitui-lo por blanquet de peru ou coisa semelhante. Fica ao gosto do freguês.
O queijo mussarela costuma ser vendido em fatias mais finas, mas nada impede que você o substitua por provolone, se encontrá-lo finamente fatiado.
Você pode preparar os canelones de manhã e, à noite, adicionar o molho e levar a travessa ao forno. Fica mais rápido ainda.
Use o molho de sua preferência; se desejar, faça seu próprio molho. A ideia, aqui, é uma refeição facílima, mas você pode incrementá-la como desejar.
Outra forma de incrementar (tendo mais trabalho) é rechear os canelones com ricota temperada.
Tempo de preparo: 40 minutos (por causa do tempo de forno)
No vídeo abaixo, a Mel tinha dois meses e meio de idade e cinco dias comigo. Diga-se de passagem que ela é travessa até hoje, às vésperas de completar dois anos.
Apaixonada por livros e por gatos, claro que me interessei assim que ouvi falar de Dewey – um gato entre livros. Demorou um tanto até comprar o livro, mais outro até ler… mas valeu a espera.
Se você não gosta de gatos, não vai achar muita graça na história de Dewey Readmore Books. Como uma mãe coruja, Vicki, funcionária da Biblioteca Pública de Spencer, conta com todo o desvelo o cotidiano do gato da biblioteca durante 19 anos, desde que foi encontrado na caixa de coleta. Para quem ama felinos, é uma delícia ler sobre esse gatão laranja afetuoso e louco por colo, que se deita sobre a mesa cheia de papéis para pedir atenção, adora um colo na hora de dormir e tem verdadeiro horror ao veterinário. Se você tem gatos, certamente vai rir uma hora ou outra das travessuras de Dewey, identificando-as com as dos seus próprios felinos, ou vai lançar aquele olhar típico de reconhecimento que sempre acontece entre dois gateiros que conhecem muito bem as idiossincrasias desses adoráveis animais.
A história vai um pouco além de Dewey. Vicki conta sobre sua vida, problemas de saúde, dramas familiares. Também faz uma detalhada exposição da cidadezinha de Spencer, localizada no estado agrícola de Iowa. São duas décadas na vida da pacata cidade, perturbada principalmente pela crise na agricultura dos anos 80 (que guarda, aliás, bastante semelhança com a crise de crédito imobiliário de 2008), da qual foi difícil reerguer-se. A cidade conseguiu, como já tinha conseguido superar outras crises; mas, desta vez, tinha a ajuda de Dewey, devotado à biblioteca e aos seus usuários, sempre pronto a receber carinho, brincar e confortar.
O livro é modesto, sem qualquer pretensão literária. Se você não ama gatos, pode se entediar; se não vê graça em bibliotecas, talvez não se interesse; se não gosta de História, vai achar enfadonhas as partes dedicadas a Spencer. Gostei de todas as histórias paralelas, mas morri de amores mesmo pela história do protagonista.
Dewey é a história simples de um simples gato que foi capaz de tocar os corações de uma cidadezinha – e depois de um estado, de um país e do mundo todo (Dewey ficou famoso até no Japão!). Justamente por ser um enredo simples, é tão emocionante. Deixe a caixa de lenços por perto.
Trechos
Ali estava um gato vira-lata, deixado como morto em uma caixa de coleta congelada, aterrorizado, sozinho e agarrando-se à vida. Ele sobreviveu àquela noite escura, e esse evento terrível acabou sendo a melhor coisa que lhe aconteceu. Jamais perdera a confiança, não importa em que situação, ou seu apreço pela vida. Era humilde. Talvez humilde não seja a palavra certa – ele era um gato, afinal -, porém não era arrogante. Era confiante. Talvez fosse a confiança do sobrevivente que quase morreu: a serenidade adquirida quando se chegou ao fim, além de qualquer esperança, e conseguiu voltar. Não sei. Tudo o que sei é que, a partir daquele momento que o encontramos, Dewey acreditou que tudo ia dar certo. (p. 33)
Essa é a sutil diferença entre cachorros e gatos, e especialmente um gato como Dewey: os gatos podem precisar de você, porém não são carentes. (p. 73)
Quando os gatos não sabem que algo existe, é fácil mantê-los afastados. Se eles não conseguem chegar a alguma coisa e é algo que eles resolveram querer, é quase impossível. Gatos não são preguiçosos. Eles se esforçam por frustrar até os planos mais elaborados. (p. 128)
Muitos gatos odeiam o veterinário no consultório, mas o tratam como qualquer outra pessoa fora de lá. Dewey não. Ele temia o doutor Esterly incondicionalmente. Se escutasse a voz dele na biblioteca, Dew rosnava e se mandava para o outro lado da sala. Se o doutor Esterly conseguisse chegar até ele, despercebido, e estendesse a mão para afagá-lo, o gato pulava, olhava em torno em pânico e fugia. acho que ele reconhecia o cheiro do doutor Esterly. Aquela mão, para Dewey, era a mão da morte. Ele encontrara seu arquiinimigo e, por acaso, era um dos homens mais legais da cidade. (p. 181)
Em tempo: no youtube, você encontra reportagens (em inglês) sobre Dewey e pode ver esse gato lindo em ação. Dois exemplos: Memories of Dewey Readmore Books (matéria citada no livro) e Dewey the Cat (filmada após o lançamento do bestseller).
Ficha
Título original: Dewey – the small-town librery cat who touched the world
Autora: Vicki Myron com Bret Witter
Editora: Globo
Páginas: 271
Cotação: (mas, se você ama gatos, vale quatro estrelas facilmente)
4 colheres (sopa) de mostarda dijon (aquela de boa qualidade, em vidro, mais cara – mas vale quanto custa)
pimenta-do-reino (se for moída na hora, melhor ainda)
sal
Você também precisará de
panela pequena
molheira
Preparo
Com filé mignon.
Na panela, leve o leite e a mostarda ao fogo baixo, mexendo até dissolver a mostarda. Aproveite para acrescentar uma pitada de sal e o quanto desejar (dentro dos limites do bom senso) de pimenta-do-reino.
Assim que começar a ferver (as bolinhas começam a aparecer junto às paredes da panela, mas o centro ainda não está fervendo), adicione o creme de leite e misture bem. Prove o molho: se quiser adicionar sal ou pimenta, a hora é agora, mas retire a penela da chama, tempere, mexa, prove e volte ao fogo.
O molho não deve ferver para não talhar o creme de leite.
Despeje-o numa molheira e sirva como acompanhamento de carnes.
Dicas e Complementos
Fiz o molho originalmente para filé mignon, mas também fica gostoso com frango e imagino que vá bem com peixes de sabor acentuado, como o salmão. Na verdade, até como molho de macarrão eu já usei.