Parque dos Dinossauros

A semana passada foi temática: dinossauros em “The Last World” e em “O Parque dos Dinossauros”. O livro de Michael Crichton foi leitura do #lendoscifi e também do #JornadaLendoSciFi, ambos projetos da @soterradaporlivros.

“Parque” foi releitura, mas como li há mais de vinte anos havia pouca coisa que eu lembrava. A premissa, porém, é inesquecível graças ao filme: um sujeito milionário acha que clonar criaturas pré-históricas e criar um parque temático com elas é uma boa ideia. O que pode dar errado, não é mesmo?

Há várias diferenças entre o filme e o livro, e a mais marcante é que o livro dedica mais espaço às explicações científicas em geral e à filosofia de Ian Malcom em particular (meu personagem favorito). A primeira metade é cheia dessas explicações, espionagem industrial e outros backgrounds, e é minha parte preferida.

Quando o livro entra nas cenas de ação, fica devendo. Michael Crichton não é tão hábil em escrevê-las quanto é na parte teórica, e a ação acaba sendo confusa, desinteressante ou simplesmente desnecessária em alguns casos.

O desfecho tem diferenças em relação ao filme (e uma delas é imperdoável). Os personagens também guardam certas diferenças. No geral, é um raro caso de o-filme-é-melhor-que-o-livro. Ainda assim, é recomendado para quem está nostálgico do filme e/ou quer se aprofundar nas especulações científicas da história.

Estrelinhas no caderno: 3 estrelas

O Mundo Perdido

Ontem terminei dois livros da maratona #JornadaLendoSciFi, organizada pela minha amiga @soterradaporlivros e o primeiro foi “The Lost World” de Arthur Conan Doyle.

No meio da Amazônia, animais pré-históricos ainda vivem, diz o Professor Challenger. Para provar as suas alegações, uma expedição é organizada e nela está Malone, um jornalista movido pela esperança de impressionar a mulher que ama – ele será o narrador das aventuras. Malone é uma espécie de Watson, funcionando como o ponto de ligação entre o leitor e os personagens cientistas.

O livro tem os problemas típicos da literatura europeia do séc. XIX e começo do XX: machismo, menosprezo por outras culturas, civilizações e etnias, imperialismo e arrogância. Mas… tem dinossauros! E tem personagens divertidos! Ri muito do Professor Challenger e passei boa parte do livro comparando-o ao Tio Patinhas em meio a uma missão dos Duck Tales. O final reservou cenas surpreendentes.

Acabei me divertindo muito – inclusive achei melhor que os romances de Sherlock (talvez empate com O Cão dos Baskerville). Foi uma das minhas leituras favoritas do #projetoexploradores.

Estrelinhas no caderno: 3 estrelas

Luta de Classes

@a2filmesoficial me chamou pra pré-estreia de “Luta de Classes” ano passado, mas não rolou. Tinha ficado curiosa e foi o primeiro filme que escolhi para aproveitar o #festivalvariluxemcasa.

“Luta de Classes” narra as desventuras de francesa em um mundo novo, em que as interações interculturais são a regra, embora nem sempre sejam felizes. Os pais insistem que o filho continue a frequentar a escola pública do bairro, em meio a outros franceses que carregam adjetivos extras: “muçulmanos”, “negros”, “pobres”. A convivência nem sempre é pacífica para o filho do casal, e os pais terão que fazer escolhas difíceis.

Ousando tocar em temas difíceis, a dramédia trata dos choques sociais, religiosos e culturais com um olhar sensível, aproveitando-se do universo infantil e escolar para mostrar que somos mais fortes se somarmos nossas diferenças.

Estrelinhas no caderno: 3 estrelas

As primeiras férias, não se esquece jamais

Dica de filme: “As primeiras férias, não se esquece jamais” .  Em cartaz nos cinemas a partir de hoje, 12 de março.

Marion (Camille Chamoux) e Ben (Jonathan Cohen) se conhecem pelo Tinder e após um único encontro decidem sair de férias juntos. O destino escolhido é tão inusitado quanto a decisão: o novo casal escolhe uma cidade remota na Bulgária. A aventureira e “vida loka” Marion acha tudo engraçado; o controlador e hipocondríaco Ben tem a certeza de que vai morrer na próxima esquina.

Se fosse americano, o filme seria um pastelão sem tamanho e sem graça. A produção francesa, contudo, flerta com o besteirol sem subestimar o espectador. Mesmo as cenas vulgares têm aquele toque de “poderia acontecer” que gera cumplicidade com a plateia. Em alguns momentos (ok, na maioria deles) me identifiquei muito com o Ben, em outros me vi na pele da Marion. O filme sucumbe a um ou outro clichê do gênero, mas consegue subverter algumas expectativas e provoca risada atrás de risada.

Indicado para quem curte comédias românticas e quer algo divertido, despreocupado e nada lacrimoso.

Distribuição: @a2filmesoficial

Estrelinhas no caderno: 3 estrelas