Filmes favoritos em maio de 2024

Recentes

The Greatest Hits (2024): uma mulher perde o namorado em um acidente e pouco depois descobre que consegue voltar no tempo ouvindo as músicas que marcaram o relacionamento deles. Romance com uma pitada de scifi.

Gasoline Rainbow (2023): road movie adolescente. É, eu sei que por essa descrição não dá vontade de ver, mas o filme é bem feito, ótima edição, boa fotografia.

Minha Irmã e Eu (2023): comédia brasileira leve, bem feita, com piadas bacanas que provocam boas risadas. Ingrid Guimarães e Tatá Werneck fazem uma ótima dobradinha.

Roadrunner: A Film About Anthony Bourdain (2021): interessante e melancólico (eu não sabia que ele tinha se matado). Fiquei com vontade de ler o livro.

Fora de Série (2019): comédia feel good sobre duas melhores amigas que estão terminando o ensino médio e revendo suas vidas. Bem escrito e divertido.

Terceira Estrela (2010): o protagonista (Benny Cumberbatch) está morrendo de câncer e convoca os amigos para um último passeio. Belíssimo, tristíssimo, não recomendo.

Precisamos falar sobre o Kevin (2011): o guri é desajustado desde o nascimento, ninguém acredita na mãe dele e dá no que dá. Excelente, um dos filmes mais perturbadores que já vi, jamais reverei.

Pão e Tulipas (2000): uma dona de casa e mãe dedicada é deixada para trás durante uma viagem em família e resolve se aventurar. Comédia romântica italiana, começa meio rasgada, mas se suaviza.

Direto do Túnel do Tempo

O Gigante de Ferro (1999): animação que começa um pouco boba, mas ganha ritmo. Revisita a criatura de Frankenstein.

Onde assistir: https://www.justwatch.com

Filmes favoritos em agosto de 2022

Recentes

Eduardo e Mônica (2020): imperdível para quem é de Brasília (ou quase, como eu) e pra quem é fã de Renato Russo, mas vale a pena mesmo que você não esteja nessas caixinhas. Leve (embora haja conflito) e com boas atuações, apesar das idades dos atores discrepantes das dos personagens.

Call Me Marianna (2015): documentário polonês sobre a dolorosa e solitária transição de Marianna, mulher transgênero.

Sentidos do Amor (2011): uma pandemia elimina o sentido do olfato e uma segunda onda põe fim ao paladar. Enquanto espera/teme a onda seguinte, a humanidade se adapta. Em meio à tragédia, um chef de cozinha e uma cientista se apaixonam. Angustiante.

Direto do Túnel do Tempo

Francis Ford Coppola – O Apocalipse de um Cineasta (1991): documentário sobre a produção de Apocalipse Now, que quase levou Coppola à falência. Com gravações da época feitas por Eleanor Coppola, que manteve um diário na época da produção.

Tomates Verdes Fritos (1991): li o livro e vi o filme logo em seguida. O livro é muito bom, mas o filme é excelente, com uma dinâmica narrativa muito melhor, que favorece a emoção. Elenco formidável.

Quanto Mais Quente Melhor (1959): comédia bastante progressista para a época. Dirigido por Billy Wilder e com grande elenco, o filme conta as aventuras de uma dupla de músicos que se disfarça de mulheres para fugir da máfia.

Duas Vidas (1939): um homem e uma mulher se apaixonam durante uma viagem de navio a Nova Iorque e prometem se reencontrar em seis meses no Empire State Building. Clássico do cinema romântico, gerou o (provavelmente mais famoso) Tarde demais para esquecer, de 1957.

Livro: Uma Rosa Só

Livro da vez: Uma Rosa Só, de Muriel Barbery.

Rose começou a se fechar para o mundo ainda na infância, uma forma de defesa contra a solidão e as perdas. Aos quarenta anos, recebe uma carta informando que seu pai morreu e deixou um testamento, e que deve viajar ao Japão para ouvir a leitura.

Ao chegar em Kyoto, Rose se vê em uma peregrinação por templos entremeados de jardins e pessoas interessantes. Ela começa a questionar suas convicções e a forma como tem levado a vida.

O livro tem uma linguagem delicada, quase poética em certos momentos. O leitor precisa ir devagar, desligando-se das preocupações cotidianas e imergindo em um tempo mais lento e suave. Uma rosa só é para saboreado com calma, como uma xícara de chá quente.

Minha única ressalva é quanto ao desfecho: achei que tudo aconteceu muito rapidamente, uma revolução em poucos dias. Faltou verossimilhança.

Recomendo para um fim-de-semana tranquilo ou como um refúgio na correria do dia-a-dia.

Estrelinhas do caderno: 4 estrelas

Livro: É assim que se perda a guerra do tempo

Livro da vez: É assim que se perda a guerra do tempo, de Amal El-Mohtar e Max Gladstone.

Red e Blue são duas combatentes em lados opostos de uma eterna guerra temporal que pode mudar os destinos do mundo a qualquer segundo. Entre campos de batalha, começam a se corresponder e percebem que têm muito a aprender uma com a outra e mantêm uma troca de cartas secreta – e perigosa – ao longo dos séculos.

Não gosto muito de livros narrados no tempo presente, nem sou fã de livros epistolares. Além disso, esperava mais ficção científica e menos romance. Por tudo isso a história acabou não me fisgando.

Por outro lado, é bem escrita e tem umas sacadas muito interessantes, especialmente quanto a paradoxos temporais. Há pistas para os leitores quebrarem a chave da história, o que considero um bônus. O desfecho é bem bacana e justificou a leitura para mim.

Indico para quem curte histórias de amor e gostaria de ingressar suavemente no fascinante mundo da ficção científica.

Estrelinhas no caderno: 3 estrelas