Livro da vez: Uma Rosa Só, de Muriel Barbery.
Rose começou a se fechar para o mundo ainda na infância, uma forma de defesa contra a solidão e as perdas. Aos quarenta anos, recebe uma carta informando que seu pai morreu e deixou um testamento, e que deve viajar ao Japão para ouvir a leitura.
Ao chegar em Kyoto, Rose se vê em uma peregrinação por templos entremeados de jardins e pessoas interessantes. Ela começa a questionar suas convicções e a forma como tem levado a vida.
O livro tem uma linguagem delicada, quase poética em certos momentos. O leitor precisa ir devagar, desligando-se das preocupações cotidianas e imergindo em um tempo mais lento e suave. Uma rosa só é para saboreado com calma, como uma xícara de chá quente.
Minha única ressalva é quanto ao desfecho: achei que tudo aconteceu muito rapidamente, uma revolução em poucos dias. Faltou verossimilhança.
Recomendo para um fim-de-semana tranquilo ou como um refúgio na correria do dia-a-dia.
Estrelinhas do caderno: