Filmes favoritos em janeiro de 2023

Recentes

Elvis (2022): o único da temporada que não me fez pensar “podia ter meia hora a menos”. Muita coisa da carreira do Elvis foi novidade para mim, o que tornou o filme ainda mais interessante. Atuações impecáveis. 4 estrelas

O Efeito Martha Mitchell (2022): curta documental. Martha Mitchell foi a primeira a sacar como era podre o governo Nixon, mas não foi levada a sério pela imprensa e foi sufocada pela administração federal e pelo próprio marido, que era o procurador-geral. 4 estrelas

My Year of Dicks (2022): curta de animação divertidíssimo sobre uma adolescente que tenta perder a virgindade. Mostra a experimentação e as inseguranças da adolescência e arranca umas risadas em solidariedade ao constrangimento da garota. 5 estrelas

Gato de Botas (2011): o passado do gato mais adorável do cinema. Simples, mas divertidíssimo e com uma gatinha muito fofa dividindo a cena com o amigo do Shrek. Bônus: alfineta tutores sem noção que arrancam as unhas dos gatos. 4 estrelas

Samy y Yo (2002): um roteirista de tv infeliz no trabalho e na vida pessoal de repente encontra uma mulher que lhe dá um novo gás. O protagonista é Ricardo Darín, tão bom nesse papel cômico quanto nos dramáticos mais conhecidos. 4 estrelas

Direto do Túnel do Tempo

Matilda (1996): uma garotinha negligenciada pelos pais se cria sozinha e desenvolve uma inteligência e uma percepção do mundo afiadíssimas. Gostei tanto que desisti de ver o musical, com medo de que não esteja à altura. 4 estrelas

O Ano Passado em Marienbad (1961): um triângulo amoroso em um hotel de luxo, alternância entre passado e presente. A incerteza permeia a história e mesmo no fim o espectador fica na dúvida. Intrigante e visualmente muito bonito. 4 estrelas

O Tesouro de Sierra Madre (1948): Humphrey Bogart é o protagonista desse filme sobre a corrida do ouro. Um tanto maniqueísta e com desfecho previsível, mas curti as atuações e a trilha sonora. 4 estrelas

O Homem Invisível (1933): uma mistura bem-sucedida de terror, ficção científica e comédia, embora eu tenha dúvidas se o humor foi intencional. Efeitos visuais excelentes para a época. 4 estrelas

Filmes favoritos em dezembro de 2022

Recentes

Arthur Moreira Lima: um piano para todos (2022): de 2002 a 2018, o consagrado pianista levou sua música e seu talento a mais de um milhão de pessoas Brasil afora, indo a cidades que nem piano tinham. 4 estrelas

Marte Um (2022): eu achava que seria um filme com forte debate político, mas é a história de uma família pobre que tenta sobreviver, prosseguir, superar barreiras e ir além do destino que lhes parece posto. Ou seja, é político, sim, mas não é partidário. 4 estrelas

Flee: Nenhum Lugar para Chamar de Lar (2021): a história real de uma família afegã que foge do país no fim dos anos 80, com foco nas transformações que a situação traumática provocou em Amin, filho caçula. Concorreu ao Oscar de melhor animação em 2022 e merecia ter ganhado no lugar de Encanto. Também concorreu ao Oscar de melhor documentário e achei-o mais interessante que o vencedor Summer of Soul. 5 estrelas

Biutiful (2010): um homem descobre que está morrendo e tenta acertar seus negócios e sua família no tempo que lhe resta. Filme pesado, triste, sensível, com uma interpretação sensacional de Javier Bardem. 5 estrelas

Direto do Túnel do Tempo

Napoleão (1927): filme mudo de quase quatro horas que usa todos os recursos então disponíveis e inventa alguns. Uma pérola dos primórdios do cinema que, espantosamente, está disponível no telecine. Vale demais para quem curte história do cinema, e sugiro ver em “capítulos”, como se fosse uma minissérie. 4 estrelas

Filmes favoritos em agosto de 2022

Recentes

Eduardo e Mônica (2020): imperdível para quem é de Brasília (ou quase, como eu) e pra quem é fã de Renato Russo, mas vale a pena mesmo que você não esteja nessas caixinhas. Leve (embora haja conflito) e com boas atuações, apesar das idades dos atores discrepantes das dos personagens.

Call Me Marianna (2015): documentário polonês sobre a dolorosa e solitária transição de Marianna, mulher transgênero.

Sentidos do Amor (2011): uma pandemia elimina o sentido do olfato e uma segunda onda põe fim ao paladar. Enquanto espera/teme a onda seguinte, a humanidade se adapta. Em meio à tragédia, um chef de cozinha e uma cientista se apaixonam. Angustiante.

Direto do Túnel do Tempo

Francis Ford Coppola – O Apocalipse de um Cineasta (1991): documentário sobre a produção de Apocalipse Now, que quase levou Coppola à falência. Com gravações da época feitas por Eleanor Coppola, que manteve um diário na época da produção.

Tomates Verdes Fritos (1991): li o livro e vi o filme logo em seguida. O livro é muito bom, mas o filme é excelente, com uma dinâmica narrativa muito melhor, que favorece a emoção. Elenco formidável.

Quanto Mais Quente Melhor (1959): comédia bastante progressista para a época. Dirigido por Billy Wilder e com grande elenco, o filme conta as aventuras de uma dupla de músicos que se disfarça de mulheres para fugir da máfia.

Duas Vidas (1939): um homem e uma mulher se apaixonam durante uma viagem de navio a Nova Iorque e prometem se reencontrar em seis meses no Empire State Building. Clássico do cinema romântico, gerou o (provavelmente mais famoso) Tarde demais para esquecer, de 1957.

Filmes favoritos em julho de 2022

Comecei a usar o Letterboxd, organizando os filmes vistos em listas separadas por meses e por serviços de streaming. Se quiser seguir, é lumonte. Vale lembrar que os filmes mudam de serviços de streaming e a forma mais fácil de pesquisar é usando o JustWatch (às vezes até lá está errado, mas ainda é a melhor opção).

Recentes

O Mauritano (2021): a história real de um sujeito que passou anos preso em Guatanamo, acusado de envolvimento com o atentado de 11/09. Bônus: Benny Cumberbatch.

Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (2021): provavelmente o melhor filme do MCU. Divertido, dinâmico, sem longas e tediosas cenas de batalha. Valeu a pena ver os dois primeiros (que são bons, aliás) para chegar nele.

Escrevendo com Fogo (2021): documentário sobre mulheres dalit (intocáveis, a mais baixa casta indiana) que tocam um jornal local, superando preconceitos e ganhando cada vez mais relevância. O pano de fundo é a ascensão supostamente democrática de um governo fundamentalista.

Medida Provisória (2020): me lembrou O Conto da Aia e a Margaret Atwood falando que não inventou nada do que está naquele livro. Bem conduzido, tenso e assustador porque não apresenta um realidade impossível.

Marjorie Prime (2017): para ajudar Marjorie a superar o luto, um holograma atua como se fosse o marido recentemente falecido. Ficção científica sobre morte, memória e família.

Direto do Túnel do Tempo

Paris, Texas (1984): Wenders (que depois dirigiu Asas do Desejo) usa cores vivas que me fizeram pensar em Bergman e planos abertos que lembram Sergio Leone para contar um mistério: por que Travis desapareceu, abandonando o próprio filho, e o que aconteceu com a mãe da criança?

Luzes da Ribalta (1952): Chaplin faz um comediante em decadência socorre uma jovem à beira da morte e a ajuda a reequilibrar-se sobre suas pernas. Filme sensível e triste.

Festim Diabólico (1948): Hitchcock começa esse suspense extraindo dele todo o mistério, já que sabemos quem morreu e quem matou. A tensão se desenvolve na festa que acontece logo após o assassinato, com um aceno a Crime e Castigo.

Este mundo é um hospício (1943): Cary Grant deixa de lado o papel de galã e protagoniza uma comédia física hilariante.