Filmes favoritos em junho de 2024

Recentes

Blue Jean (2022): uma professora corre o risco de ser demitida se alguém descobrir que ela é lésbica. A história se passa na Inglaterra em 1988, durante a vigência da Section 28, uma lei que punia a “promoção” da homossexualidade – era proibido, por exemplo, ensinar nas escolas que relações homoafetivas são normais.

Dois Minutos Além do Infinito (2020): um filme ligeiro para contar as desventuras causadas por uma dobra temporal mais ligeira ainda, de apenas dois minutos. Há inconsistências, a história é delirante, mas muito divertida.

Mulheres do Século XX (2016): uma mãe pede ajuda a duas moças para se aproximar do filho de 15 anos e orientá-lo na entrada no mundo adulto. Elas fazem o trabalho muito bem.

Não Olhe Para Trás (2015): Al Pacino interpreta um cantor de sucesso que guarda uma série de arrependimentos e tenta corrigir antigos erros. Não canta nada, mas é o Al Pacino, e o filme tem uns lances emocionantes.

Direto do Túnel do Tempo

Buffalo ’66 (1998): um sujeito que acaba de sai da prisão vai visitar a família e, no caminho, sequestra uma garota para fingir que ela é sua esposa. Dramédia insólita com cenografia interessante e um desfecho improvável.

O Serviço de Entregas da Kiki (1989): cumprindo o rito de passagem das bruxas, uma menina de 13 anos deixa a família e os amigos e vai passar um ano em uma grande cidade. Lá, terá que trabalhar e desenvolver seus dons. Animação fofa do Studio Ghibli.

Terra em Transe (1967): Glauber Rocha retrata com precisão a política e a politicagem brasileiras, o sequestro da política pelo capital e a manipulação do povo. A sensação é de que nada mudou.

Os Homens Preferem as Loiras (1953): Lorelei Lee é uma dançarina e está noiva de um sujeito muito rico, para desgosto do pai dele, que tenta evitar o casamento. É desse filme o clássico número Diamonds Are a Girl’s Best Friend. Marylin Monroe tem os olhos mais expressivos do cinema e nem por um minuto acredito que era burra.

Onde assistir: https://www.justwatch.com

Filmes favoritos em abril de 2024

Recentes

Frida (2024): vale a pena pelos recursos visuais (as pinturas dela ganham vida, como em Love, Vincent) e porque o texto foi retirado do diário da Frida.

Intruso (2023): uma mistura de Blade Runner com Marjorie Prime e pitadas de Não me Abandone Jamais. Ficção científica de primeira que questiona as definições de humanidade.

A Zona de Interesse (2023): sobre a insensibilidade, a frieza e a normalização do genocídio perpetrado pelos nazistas. O som desse filme é impressionante, realmente fez jus ao Oscar.

Oppenheimer (2023): mereceu os prêmios que ganhou. É longo em ser tedioso e suscita debates sobre a necessidade da bomba em 1945 sem ser maniqueísta.

Dias Perfeitos (2023): filme poético sobre como ser feliz em um dia-a-dia simples. Fiquei espantada com a pobreza do protagonista, mas, pensando bem, há coisas piores que não ter chuveiro em casa.

Três Estranhos Idênticos (2018): documentário sobre trigêmeos separados no nascimento que se conhecem aos 19 anos. A história seria bonitinha se parasse aí, mas os jovens resolvem investigar seu passado e o desenrolar é sinistro.

Aliados (2016): dois espiões se apaixonam durante a segunda guerra, mas será que o amor é real? Será que eles são quem parecem ser? Lindo filme, com figurino e reconstituição de época excelentes, belas atuações.

Miss Potter (2006): cinebiografia sobre a vida da escritora e ilustradora de livros infantis Beatrix Potter. Ótima atuação da Renée Zellweger, bela fotografia e bonitos figurinos.

Direto do Túnel do Tempo

Tarde Demais para Esquecer (1957): Cary Grant dá a dose certa de humor, Deborah Kerr é charmosa demais, a química entre eles é ótima. Gostei mais desse que do original de 1939.

Testemunha de Acusação (1957): mistério dirigido por Billy Wilder, baseado em conto da Agatha Christie, com a Marlene Dietrich. As viradas no fim do filme são incríveis.

Onde assistir: https://www.justwatch.com

Livro: O Labirinto da Morte

Livro da vez: O Labirinto da Morte, de Philip K. Dick.

Um grupo de pessoas um tanto frustradas com as próprias vidas é enviado a Delmak-O, um novo assentamento num planeta desconhecido. Logo fica evidente que há algo estranho com todas elas e com a missão. O grupo passa a lutar pela sobrevivência e o final é aterrador e surpreendente ao mesmo tempo.

O Labirinto da Morte traz um elemento religioso interessante, e é isso que as sinopses costumam destacar, mas o foco da história é a interação do estranho grupo de pessoas enquanto lutam pela sobrevivência.  O Caso dos Exploradores de Cavernas vem à mente, mas as semelhanças não duram muito tempo.

Philip K. Dick escreve ficção científica de um jeito que me encanta. Seu interesse está no drama humano e a tecnologia é um mero pretexto para tratar de questões complexas e, ao tempo, comuns. Ele não perde tempo desenvolvendo conceitos mirabolantes ou escrevendo technobabble (William Gibson, estou olhando para você), prefere uma prosa clara, construindo um texto acessível e fluido, sem deixar de intrigar e surpreender o leitor.

Recomendo para quem busca uma história curta (o livro tem menos de 300 páginas) e surpreendente. 5 estrelas

Filmes favoritos em fevereiro e março de 2024

Recentes

The Greatest Night in Pop (2024): documentário sobre a criação e gravação de “We Are the World”. Interessante pela reunião de artistas e emocionante pela nostalgia.

Pobres Criaturas (2023): Bella não tem pudores em usar os homens e o sexo para conhecer a si mesma e ao mundo, sem se submeter a eles.

Anatomia de uma Queda (2023): eu não esperava ver o cachorro mais fofo de todos os tempos da última semana. A dúvida é: o júri na França é mesmo aquele circo todo?

Priscilla (2023): o ponto de vista (nem sempre claro) de Priscilla durante seu relacionamento com Elvis Presley, abusivo para dizer o mínimo. Excelente reconstituição de época.

Ficção Americana (2023): um escritor negro não se conforma com os estereótipos da ficção sobre os negros e se vê envolvido por eles. Irônico até o fim. Merecidamente levou o Oscar de melhor roteiro adaptado.

Matar um Tigre (2022): documentário sobre o estupro coletivo de uma garota de 13 anos em um vilarejo indiano e a luta por um precedente judicial que condene esse tipo de crime. Pesado.

Minha Vida de Abobrinha (2016): animação fofa de massinha/stop-motion sobre um garoto que perde a mãe e encontra amizade e amor em um abrigo de órfãos.

Amor (2012): um casal de idosos é ativo e feliz, até que a esposa sofre um derrame e o prognóstico não é bom. Devastador.

Rock Brasília – Era de Ouro (2011): documentário sobre o surgimento das bandas de punk rock no fim dos anos 70 em Brasília, com foco em Legião, Paralamas, Capital Inicial e Plebe Rude.

Direto do Túnel do Tempo

Uma Noite sobre a Terra (1991): as aventuras de cinco taxistas durante uma noite ao redor do globo. O esquete do Benigni foi o mais fraco pra mim, mas a internet discorda.

O Esqueleto da Sra. Morales (1960): um pacato taxidermista é diariamente importunado pela esposa e se mantém surpreendentemente calmo, até que um dia… Muito divertido.

A Um Passo da Eternidade (1953): fui pela clássica cena do beijo na areia, me apaixonei pelo Pewitt. Papel bonito, melancólico. Bônus: Frank Sinatra.

Onde assistir: https://www.justwatch.com