Livro da vez: “Um Cântico para Leibowitz”, de Walter M. Miller Jr.
Mais uma vez fui influenciada pela @soterradaporlivros, mas essa influência aconteceu na pré-história da internet e no mundo real mesmo: no século passado, a Ada me deu esse livro de presente. Fazia uns vinte anos que eu não relia e me surpreendi por não lembrar quase nada da história.
Encontramos o noviço Francis, no meio do deserto, preparando-se para os votos definitivos que ofertará à Ordem de Leibowitz, destinada a preservar o conhecimento antigo. Ele, por sua vez, encontra um velho misterioso que perturba seu retiro ao indicar ruínas que guardam documentos ancestrais.
Aos poucos, o leitor descobre que uns seiscentos anos antes a humanidade foi quase destruída por uma guerra nuclear. Seguiu-se um período de obscurantismo em que a ciência e até a leitura foram banidas, e teriam desaparecido completamente que se não fossem pelos monges da Ordem de Leibowitz, que dedicam suas vidas a preservar o conhecimento.
Mas… desejam mesmo preservar o conhecimento para a posteridade ou escondê-lo com medo de uma nova guerra? Essa é uma das perguntas que a leitura provoca. Outros questionamentos envolvem o embate entre fé e ciência e o caráter cíclico da história – a humanidade está fadada a repetir os mesmos erros?
“Um Cântico para Leibowitz” flerta com a filosofia e provoca questionamentos sobre a condição humana, como fazem os bons livros de ficção científica. Foi a primeira leitura do ano 3 do projeto #lendoscifi. Quer entrar para o projeto? Fala com a @soterradaporlivros.
Estrelinhas no caderno: