Livro da vez: Holly, de Stephen King.
Holly Gibney está às voltas com a COVID, um funeral e o afastamento temporário de seu sócio, mas não consegue resistir ao pedido de ajuda de Penny Dahl e começa a investigar o desaparecimento de sua filha Bonnie. Jerome e Barbara também estão envolvidos com suas próprias vidas, mas dão uma mão à amiga.
Como thriller, Holly é razoável. King pesa a mão nas coincidências, mas os vilões sustentam a história o suficiente para não torná-la enfadonha. O ponto alto do livro é mesmo Holly, essa personagem que, segundo o autor, surgiu pra ser secundária em Mr. Mercedes, mas roubou a cena. É um prazer enorme reencontrá-la e ver o tanto que ela cresceu como pessoa, como se desenvolveu ao sair das garras sufocantes da mãe e encontrar compreensão e amor em Bill Hodges e na família Robinson.
Recomendo para quem leu Mr. Mercedes, Achados e Perdidos e O Último Turno e não vê a hora de reencontrar Holly. Ah, entre O Último Turno e Holly há um conto com ela publicado em Com Sangue (é a história que dá título à coletânea) e, se você quiser evitar spoilers, é melhor ler o conto antes.