Livro da vez: Nós Somos a Cidade, de N. K. Jemisin. Livro de fevereiro do projeto #lendoscifi (que já está no seu quarto ano e, se você quiser participar, é só falar com a @soterradaporlivros ).
Cidades nascem. Não, não estou falando de conjuntos de casas ou povoados que eventualmente crescem, ganham uma prefeitura e recebem o status de cidade. É mais que isso. As cidades, quando estão maduras, assumem a consciência da própria força e despertam, tornando-se uma entidade viva, pulsante.
Durante o processo de nascimento, a cidade recruta pessoas para ajudá-la e protegê-la, pois é justamente quando se põe mais vulnerável e pode ser atacada – e morta. Nova Iorque está nascendo. Grande e diversa como é, não tem apenas uma pessoa para ajudá-la, mas uma para cada distrito. E um Inimigo à espreita, que fará tudo para impedir esse nascimento.
O livro é o primeiro de uma duologia e começou com um conto que, a bem da verdade, não me agradou, mas a premissa foi bem desenvolvida no livro e a história terminou por me envolver e me emocionar. Vindo da Jemisin, claro que não é só uma história de fantasia, mas uma oportunidade para refletir sobre temas cruciais como racismo, xenofobia e preconceitos de modo geral.
Adorei o livro, adorei andar por Nova Iorque, uma personagem em si mesma e mal posso esperar pela parte final. Dito isso, não é meu favorito da Jemisin. Esse título ainda fica com a trilogia “A Terra Partida”.
Indico para quem curte fantasia urbana e não quer um livro raso, mas provocador. Gostar/conhecer Nova Iorque é um bônus (mas nem de longe é essencial para apreciar a história).
Estrelinhas no caderno:
Atualização em 20 de maio de 2023: resenhei a segunda parte da duologia aqui.