Do pda direto para a web

A Bia anda pensando em mudar seu blog para a melhor plataforma do mundo e queria saber se conseguiria redigir se publicar seus artigos diretamente do pda por meio do Pocket SharpMT, como está acostumada. A resposta é: sim!

O Pocket SharpMT, programa que permite publicar artigos a partir de pocket pcs e smartphones movidos a Windows Mobile, foi originalmente desenvolvido para o Movable Type – uma ferramenta de publicação de blogs bastante confusa para iniciantes, com um procedimento de instalação de dar nos nervos e que perdeu muitos usuários depois que deixou de ter código aberto e apareceu com versões pagas.

A boa notícia é que a criação do Randy funciona perfeitamente com o WordPress. Ambas as plataformas usam xmlrpc para a publicação de conteúdo. Imagino que o programinha funcione bem com outras ferramentas que usem o mesmo protocolo.

Eu já tinha instalado e configurado o programa há várias semanas, mas ainda não tinha testado – falta de necessidade mesmo, já que quase sempre tenho um desktop a mão. Mas a dúvida da Bia animou-me a testá-lo e aqui está meu primeiro artigo publicado diretamente do meu pocket pc, com a ajuda de um tecladinho bluetooth (Think Outside) e da conexão wireless de casa.

Para quem não tem pocket pc, outra forma de publicar no WordPress a partir de um dispositivo móvel é mandar o texto via email, depois de ter configurado uma conta no painel de administração do blog.

O grande plano do Google

Mais uma razão para eu gostar do Google e apoiar seu plano de dominação do mundo:

Google Master Plan

O “plano” completo pode ser encontrado em flash no blog Undergoogle e está disponível para download no Google Discovery. Os sites contam que o tal quadro existia mesmo e era uma brincadeira dos funcionários do Google – uma ou outra informação, no entanto, podia ser verdadeira. O quadro foi apagado em outubro e recomeçado do zero, baseando-se nas inovações trazidas pela web 2.0.

Uma empresa que proporciona um ambiente de trabalho incrível para seus empregados, fornece ótimos serviços gratuitos e, ainda por cima, preocupa-se com o meio ambiente bem que poderia mesmo dominar o mundo.

Rabanada Light

O Cretino deu a idéia:

Lu,

Bota receita de peru ou de panetone, é época de NATAL !

Bem, peru, pra mim, é o da Sadia, temperado e com termômetro – mais prático, impossível. O panetone pareceu-me uma ótima idéia, e o Cretino até me mandou umas receitas de panetone salgado que quero fazer qualquer hora. Só que não vai ser nessa correria de fim de ano que vou me aventurar a testar uma receita um tanto complicada.

Continuei pensando a respeito. O que é “comida de Natal”?

De repente, a luz se fez: rabanada, claro! Amo de paixão, mas evito comer pelo exagero calórico e pela má qualidade da maior parte das vendidas por aí, pingando óleo.

E se existisse uma versão light dessa sobremesa natalina? Hmmmmm…

Pesquisei umas receitas, fiz alguns testes, mudei ingredientes… e cheguei a uma rabanada light que não fica devendo em sabor para a tradicional – até ganha de várias -, é fácil de fazer e bem menos calórica. Bom proveito!

Ingredientes

  • 6 pães franceses amanhecidos (300 gr.)
  • 1 lata de leite condensado desnatado
  • 1 xícara de leite desnatado
  • 2 ovos
  • Açúcar (ou adoçante culinário) e canela para polvilhar

Você também precisará de

  • frigideira antiaderente
  • espátula

Preparo

Rabanada Light Corte os pães em fatias de aproximadamente dois centímetros, desprezando os bicos.

Misture o leite condensado desnatado e o leite desnatado.

Bata os ovos.

Molhe bem cada fatia de pão na mistura de leite (afunde-a na tigela e retire imediatamente). Depois, passe-a pelo ovo batido. Em seguida, frite em frigideira antiaderente, tomando cuidado para não deixá-la quente demais a ponto de queimar o pão. Para fritar por igual, aperte a fatia com as costas da espátula, espere um pouquinho, vire-a e repita o procedimento.

Polvilhe com uma mistura de açúcar e canela. Se usar adoçante culinário, cuidado para não exagerar e deixar a rabanada com aquele gosto amargo de adoçante.

Dicas e Complementos

É fácil queimar o pão e, mesmo depois que você pegar o jeito, ainda acontecerá uma vez ou outra, quando a frigideira estiver muito quente, ou o pão ficar meio seco. Prepare mais fatias que as necessárias e descarte as que queimarem sem dó nem piedade.

  • Tempo de preparo: 1 hora, aproximadamente – vai depender do tamanho da sua frigideira: quanto mais fatias de pão conseguir fritar de uma vez, mais rápido o processo.
  • Grau de dificuldade: moderado
  • Rendimento: 20-25 rabanadas

Volver

Ficha técnica

Volver. Espanha, 2006. Drama. 121 min. Direção: Pedro Almodóvar. Com Penélope Cruz, Carmen Maura, Lola Dueñas, Blanca Portillo, Yohana Cobo, Chus Lampreave.

Raimunda (Penélope Cruz) é uma jovem mãe, trabalhadora e atraente, que tem um marido desempregado e uma filha adolescente. Como a família enfrenta problemas financeiros, Raimunda acumula vários empregos. Sole (Lola Dueñas), sua irmã mais velha, possui um salão de beleza ilegal e vive sozinha desde que o marido a abandonou para fugir com uma de suas clientes. Um dia, Sole liga para Raimunda para contar que Paula (Yohana Cobo), tia delas, havia falecido. No mesmo dia, Raimunda encontra o marido morto, o que a impede de comparecer ao enterro da tia. Em meio a tudo isso, Irene (Carmen Maura), mãe de Raimunda e Sole, morta há anos, aparece para Sole.

Mais informações: Adoro Cinema.

Cometários

5 estrelas

O novo filme de Almodóvar caiu rapidamente no gosto do público e da crítica. Não é para menos: o diretor espanhol mais aclamado de todos os tempos retoma alguns dos seus melhores elementos e cria uma história dramática de um lado e divertidíssima de outro, bem diferente de seu último filme, Má Educação, tenso da primeira à última cena. É difícil rotular Volver simplesmente como “Comédia” ou “Drama”, já que, para Almodóvar, um gênero não exclui necessariamente o outro.

Volver aproxima-se de Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos – tanto nesse trabalho de 1988 (quanto teve início a desavença entre Almodóvar e Carmen Maura, após seis filmes juntos) quanto em Volver (que marca o retorno da sua parceria profissional), o diretor aborda o universo feminino com muito bom-humor e cores vivíssimas. Apesar dessas semelhanças, Volver é um filme mais amadurecido, com um forte argumento e um jogo muito interessante com o surrealismo.

Volver aborda a morte, as relações familiares e a cumplicidade feminina. Os homens são retratados da pior maneira, representando traição, violência, deslealdade. As qualidades, da doçura à determinação, são todas das mulheres.

Além de um retorno à parceria com Carmen Maura, Volver traz de volta Penélope Cruz, dirigida por Almodóvar em dois outros filmes (Carne Trêmula e Tudo Sobre Minha Mãe). Outro retorno é às origens do diretor: Almodóvar declarou que baseou o filme nas recordações da sua infância passada no interior da Espanha e nas lembranças que guarda de sua própria família.

O elenco é de primeira grandeza. Carmen Maura dispensa comentários, Penélope Cruz está absolutamente perfeita e Lola Dueñas (que interpretou Rosa no excelente Mar Adentro) não deixa por menos. Tanto assim que o time, completado por Blanca Portillo, Yohana Cobo e Chus Lampreave, ganhou o prêmio coletivo de melhor interpretação feminina do Festival de Cannes de 2006 (além do prêmio de melhor roteiro).

Volver foi o filme espanhol indicado para representar o país no Oscar 2007 e tem chances reais de receber uma estatueta. Acabou de ganhar da Academia Européia de Cinema os prêmios de melhor diretor, melhor atriz (Penélope Cruz) e melhor compositor (Alberto Iglesias), e ainda o prêmio do público de melhor filme europeu.

Aos fãs de Almodóvar é imprescindível uma visita à sua página oficial, que conta com textos escritos por ele mesmo sobre as filmagens de Volver, além de outros artigos.