Will Freeman (adoro esse nome) é um quase quarentão bon vivant. Sua vida é arranjar o que fazer durante o dia, já que não precisa trabalhar. É divertido, fã de música pop e um tanto alienado. Marcus é um garoto de 12 anos que tem uma mãe hippie depressiva e mal consegue sobreviver à nova escola. Em comum entre eles, apenas a idade mental. Esses dois garotos têm muito a aprender um com o outro.
A relação inusitada que surge entre Will e Marcus é o centro de Um Grande Garoto, outro ótimo trabalho de Nick Hornby. A leitura demora um pouco para engrenar – Hornby usa nesse livro um estilo mastigadinho demais, que cansa no início, mas logo se encaixa perfeitamente à personalidade de Marcus, que insiste em analisar tudo, mas falha por não entender sarcasmo, ironia e outras linguagens, inclusive as próprias da sua idade.
Graças a Will e Ellie, a garota briguenta da escola de Marcus (e minha personagem favorita), o garoto começa a navegar melhor pela adolescência, essa fase que já é complicada pra todo mundo, mas pode ser ainda pior se você não tem uma rede de proteção. E uma rede de proteção é tudo o que Marcus quer.
Há elementos emocionantes no romance, mas o que me agrada mesmo é o humor irônico que permeia a análise de Hornby sobre a vida, a adolescência e os relacionamentos. Esse humor é a melhor característica do escritor inglês e é o que torna seus livros cativantes.
Ficha
- Título Original: About a Boy
- Autor: Nick Hornby
- Editora: Rocco
- Páginas: 267
- Cotação:
- Encontre Um Grande Garoto.
Oi, Lu! O que você acha de incluir na ficha o nome do tradutor? Beijinhos.
@Malu, você já deu essa sugestão anteriormente. Como não respondi e nem acatei, era de presumir que não gostei da ideia.
Metade dos livros que leio têm traduções sofríveis, de quem parece mal saber português. Por outro lado, entendo que o tempo que algumas editoras dão para os tradutores é cruel. Assim, prefiro não responsabilizar os profissionais por alguns péssimos trabalhos que vejo por aí.
E não, não vou citar apenas os trabalhos que considero bons, porque as fichas têm um certo padrão, uma uniformidade que desejo manter.
Acho que esse foi o último livro que eu terminei de ler. Adorei! Gosto de tudo que o Nick Hornby escreve…
@Daniela, também sou fã! Pena que esse era o último não lido dele que eu tinha… agora, tenho que ler o resto da pilha antes de pensar em adquirir os do Hornby.