A TIM é uma porcaria

(O título merecia uma palavra mais forte, mas ainda tento ser uma dama.)

Eu tinha certeza de que amaldiçoaria o dia em que mudei meu celular de pré para pós-pago. Porque aí, inevitavelmente, começa o calvário de ter de lidar com as péssimas operadoras de telefonia móvel e seus callcenters/atendimentos incompetentes. Aqui, falo da TIM mas, francamente, poderia ser qualquer outra. Nenhuma presta.

O primeiro aborrecimento chegou junto com a primeira conta.

Como sou esquecida, pedi que a conta fosse direto para o débito automático.

Ah, você acha que já adivinhou meu problema, né? Cobraram a mais, né?

Errado.

Não cobraram.

A conta foi enviada para casa, com a anotação de débito automático, mas nada foi debitado.

Há uma semana, tento ligar no maldito *144 pra descobrir o que aconteceu, e nunca consigo ser atendida. “Não foi possível completar o seu atendimento” é o mantra cantado pela mulher-robô.

Hoje, fui à loja TIM. Sim, hoje, inferno de fim de ano, shopping lotado, yada yada yada.

Expliquei o caso e perguntei:

– Vou ter que pegar senha e aguardar 3 ou 4 horas pra resolver o problema?

– Não, senhora. Vou estar imprimindo a segunda via da conta para a senhora estar efetuando o pagamento.

– Não, eu tenho a conta. O que quero saber é o que deu errado. Por que não foi pro débito automático?

– A senhora ligou para o *144?

– Liguei. A semana inteira. O atendimento via telefone é lenda.

A mocinha chamou o vendedor que tinha tentado me auxiliar semanas antes, quando o Gmail teimava em não funcionar no meu N70. Ele não resolveu nada naquele dia, mas foi simpático, atencioso e eu passei vááárias dicas de programinhas symbian para ele (dono de um Nokia N80).

Desta vez, ele parecia uma mensagem gravada. Tudo que sabia dizer era:

– Às vezes, o banco atrasa para fazer o débito automático.

E eu dizia:

– Sim, mas aí quem paga a multa sou eu.

– Sim, senhora.

– Mas eu não quero pagar multa! Coloquei a conta em débito automático justamente pra ficar tranqüila.

– Eu entendo, senhora.

– E você acha que eu estou tranqüila agora?

– Não, senhora.

– E aí? Quem é que vai resolver o problema?

– A senhora vai estar precisando conferir se o banco fez o débito.

Todo mês?!

– Sim, senhora.

– Pára tudo! Se eu tenho de conferir o débito automático todo mês, qual a vantagem dele?

– É que às vezes o banco atrasa, senhora. Não é culpa da TIM.

– Eu lá quero saber de quem é a culpa! Eu quero é que resolvam o problema!

– A senhora vai estar precisando conferir a conta mês a mês, senhora.

Coloque isso num loop infinito. Você pegou a idéia.

– Então, se não adianta nada deixar a conta no débito automático, se todo mês terei de checar essa porcaria, é melhor pagar direto ao banco todo mês. Quero tirar a conta do débito automático. Como faço?

– A senhora vai estar ligando no *144…

– Esse número é lenda, eu já disse!

– É lá que se faz a retirada do débit…

A essa altura, eu já tinha saído da loja.

Durma-se com um barulho desses. Durma-se.

E você me pergunta por que eu saí do pré-pago.

E eu respondo: porque eu sou uma idiota.

Não. Na verdade, a alternativa era continuar no pré-pago e pagar 15 reais (é, quinze reais) por mega de tráfego GPRS/Edge. No pós-pago, paga-se 10 reais mensais por 40 MB.

GPRS/Edge que, aliás, de vez em quando entra em misteriosa “manutenção”. A pior delas durou um dia inteiro. Foi avisada aos consumidores? Não, claro que não. A TIM enche a paciência dos usuários com SMS publicitário, mas não tem a decência de mandar um SMS comunicando manutenção na rede.

Deu pra sentir como estão os ânimos por aqui, não?

Atualização em 07.12.2007: fui à agência bancária e descobri que a TIM nunca enviou os dados de débito automático para o banco. Teve mais de 40 dias para enviar as informações, mas não o fez. Segundo a atendente do banco, o envio tem de ser mesmo mês a mês, e é comum a TIM se enrolar.

Tudo bem. Desisto do débito automático. Pago a multa pelo atraso de quase 10 dias no pagamento da conta, graças ao erro da TIM.

O que eu não entendo é o seguinte: é interesse da empresa que o cliente mantivesse as contas em débito automático – dinheiro certo entrando no caixa da empresa, saca? Pelo visto, tanto faz para a TIM. Ou, de repente, ela quer mesmo é lucrar com a multa de quem, ingenuamente, confia no sistema.

Presentes para o MEU Dia das Crianças

O GraveHeart passou a tag e quer que eu responda o que eu gostaria de ganhar de Dia das Crianças.

Ao contrário dele, meus Dias das Crianças trazem boas recordações. Ser filha única tem suas vantagens – nunca perdi um brinquedo para um irmão mais novo. Aliás, tive um monte de brinquedos, inclusive uma daquelas bolas coloridas enormes, que meu pai conseguiu para mim num parque de diversões. Até hoje sorrio com as lembranças das brincadeiras felizes com ela (não entendeu a referência? Leia o sofrimento do GraveHeart por causa de uma dessas bolas).

A gente cresce e os brinquedos ficam mais caros, já diz a sabedoria popular.

Os melhores presentes, na minha opinião, são os supérfluos: coisas que eu adoraria ter, mas não estou muito a fim de tirar o dinheiro do bolso para comprá-las, ou por achá-las mais caras do que o racional, ou por ter similares que funcionam muito bem.

Seguindo essa linha, lá vão 5 (a categoria Top 5 agradece e não corro o risco de fazer uma lista extensa demais) mimos que não me fazem falta, mas que me deixariam muito contente. Se você estiver com dinheiro sobrando, não se acanhe. 😉

Televisão de LCD Time Machine LG 42″: provavelmente, eu teria que arrombar o apartamento do vizinho para ver meus seriados a uma distância decente da tela, mas quem se importa?

Nintendo Wii: não gosto de videogames, com a gloriosa exceção do Atari. Mesmo no computador, jogo muito pouco e sempre me arrependo depois, pelo tempo perdido. Mesmo assim, o Wii me fascina. Um amigo meu disse que é um videogame para quem não gosta de videogames. Deve ser por aí, mesmo.

Mixer Walita 2 em 1: olha o meu lado mulherzinha aí. Tenho um excelente mixer da Walita, mas de um modelo anterior, sem o batedor. Toda vez que vejo a propaganda deste modelo novo no Shoptime (sou fisgada por esses programas com mais freqüência do que gostaria), fico tentada a comprar.

Canon A710 IS: meu novo sonho de consumo quando o assunto é câmera fotográfica digital. Tem resolução de 7 megapixels, mas o legal mesmo é o zoom óptico de 6x, com estabilizador de imagem. Para completar, usa pilhas (prefiro pilhas a baterais proprietárias) e é bem compacta. Olha só as especificações dessa belezinha (em inglês).

Modelos dos heróis de Star Trek: minha porção criança geek em ação. Vi uns liiiiindos em São Paulo. Nem eram tão caros mas, convenhamos, o que eu iria fazer com eles? Brincar de Barbie? Abandonei a idéia de comprá-los, mas não acharia ruim se ganhasse o Spock. Ou a Entreprise. Que não estavam a venda na loja e que, aliás, não são encontráveis nem no ThinkGeek (a action figure do Kirk que tem por lá não chega aos pés do modelo que vi).

Quem quiser dar prosseguimento ao meme, sinta-se convidado.

O lado consumista da viagem

São Paulo não é São Paulo sem compras. Essa viagem rendeu várias aquisições. As mais legais:

A Pechincha

Terninho muito bem cortado, com blazer 7/8 forrado, por 70 reais. Garimpado na Rua José Paulino.

A Emergência

Depois de gastar uma caixa de band-aid e continuar sofrendo, uma sapatilha de pano de 19 reais quebrou o galho na segunda metade da viagem.

O Achado

A loja de calçados Banana Price é um parque de diversões para mulheres. Não sou tarada por sapatos como a maioria, mas mesmo assim saí de lá com3 pares. Também tem bolsas. Fica na Alameda Lorena, 1.604, Jardim Paulista.

A Extravagância

Sabe lá o que é pagar 60 reais por um caderno de anotações? Eu sei. Paguei isso numa imitação do moleskine vendida na lojinha da Estação Júlio Prestes pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP).

O Momento Mastercard

A lojinha do Museu da Imagem e do Som fecha às 18 horas em ponto. Quase bati com a cara no vidro, mas o vendedor, com toda a gentileza, reabriu a lojinha para que eu podesse comprar uma lembrança. Surpresa: a única coisa que fazia referência ao MIS era um par de havaianas…

Já indo embora, obviamente de mãos vazias, bati os olhos numa caixa cheia de cartões artesanais e… putz, eu sempre tive faro para achar qualquer coisa em que esteja escrito Star Trek. Lá estava ele, um livreto da Pocket Books com a lombada em amarelo: Star Trek – The Next Generation – Postcards. 30 cartões postais encadernados, celebrando o décimo aniversário de ST: TNG. Que, aliás, foi comemorado há exatos 10 anos.

A capa do livrinho. Segundo minhas googladas, está esgotado. Livreto importado, edição de colecionador. Essas coisas, quando chegam ao Brasil, custam sempre uma fábula. Perguntei o preço, preparada para a facada.

– 20 reais.

– Vou levar!

– Péra, acho que é 20 reais por cartão postal.

– O quê?!

– Só um segundo, vou ligar pra confirmar… Alô, Ana?… Aquele livrinho de Star Trek, ele estava aí, não estava?… Então, é 20 reais cada postal, ou o livro todo?… Ah, o livro todo?… Tem certeza?… Certo…

Nem esperei o vendedor desligar. Ao sinal de “positivo” dele, deixei a nota de 20 e agarrei a sacola com o livreto. Perto da porta, ouço mais uma frase:

– Mas Ana, você tem certeza de que custa 20 reais o livro todo, né?

Saí rapidinho da loja. Vai que a Ana mudasse de idéia.

E antes que digam que Momento Mastercard é aquele que não tem preço, aviso que 20 reais é igual a de graça nesse caso.

O que fazer com tanta tranqueira?

O Rodrigo Ghedin perguntou o que fazer com cds velhos. Muita gente deixou sugestões nos comentários e o GraveHeart até escreveu um post com suas próprias idéias.

Legal. Agora, eu pergunto: alguém aí tem alguma sugestão para aproveitar caixinhas de dvds? Resolvi que minha coleção ocupava espaço demais, passei todos os dvds para aqueles cases portáteis e agora não sei o que fazer com, sei lá, 40 caixinhas vazias.