2012

Ficha Técnica

  • Título original: 2012
  • País: Estados Unidos
  • Ano: 2009
  • Gênero: Ficção Científica
  • Duração: 2 horas e 38 minutos
  • Direção: Roland Emmerich
  • Roteiro: Harald Kloser e Roland Emmerich
  • Elenco: John Cusack, Amanda Peet, Danny Glover, Oliver Platt, Thandie Newton, Chiwetel Ejiofor, Woody Harrelson.
  • Sinopse: em 2008, o presidente americano (Danny Glover) convoca uma reunião de emergência com as principais potências para conversar sobre um grande perigo para a humanidade. Com a proximidade de 2012, coloca-se em prática o plano iniciado anos atrás, sob o comando dos cientistas Adrian Helmsley (Chiwetel Ejiofor) e Carl Anheuser (Oliver Platt). Enquanto isso, o escritor Jackson Curtis (John Cusack) descobre os primeiros sintomas da destruição do planeta.

Comentários

2012

Dessa vez a culpa não é nossa, como em O Dia Depois de Amanhã (quando as mudanças climáticas davam a tônica), nem dos alienígenas, como em Independence Day, dois sucessos de público do diretor Roland Emmerich. Para seu novo filme-catástrofe, ele escolheu um inimigo tão poderoso quanto inevitável: o Sol.

Assim começa 2012: o Sol anda liberando neutrinos demais e esses tais neutrinos resolveram causar mudanças físicas no nosso planeta, elevando sua temperatura interna e, com isso, causando terremotos, maremotos e todo o tipo de cataclismo. Os maias já haviam previsto: o mundo acabará em 2012. As previsões científicas parecem confirmar o fato.

Tem presidente negro, modelo loira, russo desalmado, criança em perigo. Tem carro em alta velocidade, Volcano e Titanic. Tem até referência bíblica. Ou seja: um clichê atrás do outro. Ainda assim, 2012 diverte muito. As duas horas e meia de filme – que me pareceram uma eternidade antes de entrar na sala – passam freneticamente, conduzidas por uma computação gráfica arrasadora e efeitos sonoros de primeira. É filme para se ver na telona, sem dúvida alguma.

O roteiro? Bem, quem vê filme-catástrofe em busca de roteiro? De todo modo, há uma tentativa de discussão séria sobre como deve ser decidido o rumo da humanidade, e por quem. Conta a meritocracia? Ou a economia fala mais alto? E quanto à solidariedade, em que barco (ops) ela fica?

Não se prenda, porém, a essas questões menores. 2012 dá exatamente o que promete: entretenimento-pipoca de qualidade.

Cotação: 3 estrelas (mas, se filme-catástrofe é seu gênero preferido, esse chega fácil a 4 estrelas)

Curiosidades

No cartaz de divulgação de 2012, o Cristo Redentor desmorona. No filme, as notícias vêm da Globo News e, para alívio geral da plateia, o locutor fala português (pt-br, bem entendido).

Cientistas não levam a sério a profecia do calendário maia (sim, existe uma profecia maia relacionada ao fim do mundo em 2012), é claro, mas alguns místicos, como o pessoal da Nova Era, levam a coisa bem a sério. É claro.

Leia sobre o calendário maia em HowStuffWorks.

Serviço

  • 2012 – Adoro Cinema
  • 2012 – site oficial
  • 2012 – site oficial (em inglês)

Imagem: divulgação.

É Agora… ou Nunca

Primeiro livro da Marian Keys que leio, só caiu nas minhas mãos porque veio de um sebo a um precinho camarada – afinal, ora bolas, quem precisa de mais um livro à la Helen Fielding? Por mais que goste de Bridget Jones (e gosto muito do primeiro livro) ou, a propósito, de Becky Bloom, não estava a fim de investir meu tempo em outra história parecida.

Para minha surpresa, porém, o livro de Marian Keyes tem pouco a ver com os outros.

Sim, todos pertencem ao que se convencionou chamar de “literatura mulherzinha”, mas as semelhanças páram por aí. Em É Agora… ou Nunca há três protagonistas, em vez de uma só. Todos na casa dos 30, cada qual tem problemas que vão bem além de aguentar a mãe na festa de fim de ano ou resistir a impulsos consumistas.

Katherine é conhecida no trabalho como “Miss Gelo” e tem claros entraves para se relacionar com o sexo oposto. Tara acomodou-se num relacionamento infeliz. Fintan é o mais bem-resolvido, até que algo acontece para tirar-lhe do prumo.

Ainda há suas famílias, seus colegas de trabalho, a amiga sueca e vários outros personagens. Alguns parecem totalmente irrelevantes mas, cedo ou tarde, encontram seu lugar na trama.

Keyes conta uma história simples (mas nem sempre leve), com lances cotidianos e um tanto de situações pelas quais já passamos ou vimos alguém passar. Seu mérito é fazê-lo com excelente ritmo. Você pensa “só vou ler mas 5 páginas” e, quando nota, já se foram 5 capítulos. Já estou de olho em outros livros da autora.

Ficha

  • Título original: Last Chance Saloon
  • Autor: Marian Keyes
  • Editora: Bertrand Brasil
  • Páginas: 588
  • Cotação: 3 estrelas
  • Pesquise o preço de É Agora… ou Nunca.

Tempo de Matar

Capa antiga de Tempo de Matar
Capa antiga.

Primeiro livro de John Grisham, publicado em 1988, Tempo de Matar é considerado por muitos críticos o melhor da sua carreira.

A história é semelhante à de vários dos seus livros: advogado recém-formado precisa construir reputação e ganhar dinheiro, portanto aceita um caso difícil, com alto risco de derrota; a vitória, ainda que improvável, significaria fama e fortuna.

A trama começa quando dois homens brancos drogados violentam Tonya, uma menina negra de dez anos em Clanton, cidadezinha do Mississipi (sul dos Estados Unidos). Inconformado e certo de que não haverá justiça para os estupradores de sua filha, Carl Lee Hailey mata os dois – e, claro, vai a julgamento. É aí que entra Jack Brigance, advogado em início de carreira que tentará defender Hailey contra as provas, a opinião pública e a Ku Klux Klan. Os motivos de Brigance não são os mais altruístas no início, mas pouco a pouco o advogado vê-se envolvido e comovido pela situação da família de Hailey.

O foco do livro é a questão racial norte-americana, em evidência até hoje e muito mais nos anos 80. Naquela sociedade, é aceitável que homens brancos estuprem uma garotinha negra? Para a maioria, talvez não; para alguns, certamente sim. O que parece intolerável, porém, é que seu pai resolva se vingar. Não pelo justiçamento, mas por ser negro – como um operário negro se acha no direito de matar dois jovens brancos?

Além da questão racial, Tempo de Matar destaca-se pela discussão em torno do sistema legal, da pena de morte, da sua eficácia e dos valores a serem defendidos pelo Direito. O tribunal do júri também é posto em debate.

A história é densa, provoca a reflexão e tem viradas emocionantes. Não acho que seja o melhor livro de Grisham, no entanto. Prefiro textos posteriores, conduzidos com mais agilidade e fluência pelo advogado-escritor. Na reta final do romance, Grisham parece ansioso por terminá-lo, justo quando seria bom enrolar um pouco. Talvez a crítica incense Tempo de Matar por trazer um tema tão sensível à sociedade norte-americana, não propriamente por seus méritos literários. De toda a forma, é um livro muito bom.

A história virou um ótimo filme em 1996, com Matthew McConaughey, Sandra Bullock e Samuel L. Jackson. O livro passou anos esgotado no Brasil (meu exemplar veio da Estante Virtual), mas foi relançado em 2008.

Leia Sobre

Ficha

  • Título original: A Time to Kill
  • Autor: John Grisham
  • Editora: Rocco
  • Páginas: 535
  • Cotação: 3 estrelas
  • Pesquise o preço de Tempo de Matar.

Os Normais 2 – A Noite Mais Maluca de Todas

Ficha Técnica

  • País: Brasil
  • Ano: 2009
  • Gênero: Comédia
  • Duração: 1 hora e 15 minutos
  • Direção: José Alvarenga Jr.
  • Roteiro: Alexandre Machado e Fernanda Young
  • Elenco: Luiz Fernando Guimarães, Fernanda Torres, Drica Moraes, Danielle Winits, Daniele Suzuki, Cláudia Raia, Mayana Neiva, Alinne Moraes e Daniel Dantas.
  • Sinopse: Rui e Vani estão completando 13 anos de namoro. Para evitar que o relacionamento deles entre em crise, o casal decide realizar uma grande fantasia. A intenção é apimentar o relacionamento, realizando um ménage à trois. Em busca da parceira ideal, eles sondam uma prima de Vani, uma bicampeã de kickboxing, uma bissexual, uma francesa e uma garota de programa.

Comentários

Os Normais 2 Com a relação esfriando cada vez mais, o ménage à trois parece ser o caminho para recuperar a paixão dos tempos de namoro – mas, como se trata de Rui e Vani, as coisas não correm tranquilamente, para a alegria da plateia.

No geral, o filme vai bem. Algumas situações são forçadas demais, é verdade. Os roteiristas exageraram no pastelão. As piadas mais engraçadas são, justamente, as menos escrachadas (por exemplo, o impagável gráfico da Vani demonstrando como o tempo de relacionamento interfere – para pior – na quantidade de sexo). Embora seja um filme curto, uma cena ou outra ainda poderia ter dançado na edição final, tornando-o mais consistente.

No mais, assim como o primeiro filme, Os Normais 2 é um episódio do seriado em versão estendida, quase como um episódio duplo. As tarjas pretas estão lá, os diálogos ágeis também, Drica Moraes também. Danielle Winits quase passa batido num papel que explora mais sua (boa) interpretação que seus seios. Fernanda Torres e Luis Fernando Guimarães continuam com uma excelente química.

Se você, como eu, é fã do seriado, vai se divertir com o filme. Se espera algo além de um bom episódio, espere passar na tv.

Cotação: 3 estrelas

Serviço

Imagem: divulgação.