
Desde o início desse projeto, eu sabia que a parte mais difícil seria não comprar nada para a casa – não apenas porque adoro itens de cozinha e organização, mas principalmente porque a mudança para uma casa maior traria novas necessidades e vontades.
Tenho tentado me segurar ao máximo, mas sucumbi a algumas compras em julho:
- 6 bandejas organizadoras da Coza que usei para arrumar toda a minha maquiagem
- 3 cestas para separar os produtos de limpeza segundo os ambientes: sala/quartos, cozinha e banheiros
- cesto de lixo novo para a cozinha
Consigo justificar a compra dos organizadores. No caso da maquiagem, pela primeira vez consigo ver tudo o que tenho claramente, sem ter de realizar escavações (e, além dos organizadores, usei um porta-talheres que já tinha). Isso me permite aproveitar melhor o que tenho e variar os produtos. Já as cestinhas para os produtos de limpeza facilitam imensamente a rotina doméstica, pois tudo o que preciso para cada tarefa está reunido.
Agora… a lixeira nova é injustificável.

Eu tinha uma lixeira de cozinha já velhinha, com uns oito anos de uso. Estava encardida, então dia desses coloquei-a dentro do tanque e escovei até ficar branquinha. Ficou quase como nova! Tinha a desvantagem de não ter um cesto interno removível (que facilita horrores a limpeza), mas eu pretendia ficar com ela até o ano que vem. Afinal, não teria me dado ao trabalho de esfregá-lo se não fosse para mantê-lo por mais uns meses, né?
Pois é. Só que bati o olho numa lixeira com tampa em inox, cesto removível, tamanho ideal, preço muito justo… Ainda assim, estava determinada a ir embora sem comprá-la até que… vi uma roxa!
Roxa!
Já disse que amo roxo, lilás e variações? Minha sala é roxa. Minha roupa de cama é lilás.
Tive que comprar a bendita lixeira. Especialmente porque só havia duas roxas, e uma delas estava amassada – a outra, inteirinha, olhava para mim e dizia “Compre-me! Leve-me para sua casa! Agora!”.
E foi assim que minha lixeira branca limpinha foi descartada…
Leia os outros relatos mensais no fim do texto de abertura deste projeto: Um Ano Sem Comprar – Um Ano Sabático.
Uma Pálida Visão dos Montes é o primeiro romance de Kazuo Ishiguro, japonês nascido em Nagasaki e criado na Inglaterra, autor de um dos meus livros favoritos, 