House a a Filosofia – todo mundo mente

House e a Filosofia - todo mundo mente.
E nunca é lúpus.

Para quem curte cultura pop e filosofia, a coleção organizada por William Irwin é um achado. Li alguns volumes (os mais antigos), tenho outros na lista de espera e este ano, embora não devesse comprar livro algum antes de esgotar a pilha monstruosa que habita meu armário, não resisti e encomendei House e a Filosofia.

Como os outros volumes da coleção, este é uma coletânea de ensaios. Cada texto aborda um tema diferente do seriado House por uma perspectiva filosófica. Alguns artigos cuidam de episódios específicos, outros dão uma visão geral; uns enxergam aspectos utilitaristas, outros kantianos, alguns discutem temas como o amor e por aí afora. Tem até ensaísta que conseguiu enxergar, imagine só, filosofia zen em House. É, também fiquei surpresa.

A maioria dos ensaios é bem interessante. O que trata de filosofia zen pareceu-me forçação de barra e não me agradou – mas, quando isso acontece, resta o consolo de que os textos são curtos. Por outro, o artigo House e Sartre: “O Inferno são os outros” é tão bacana que me interessaria ler um livro inteiro sobre o tema (possivelmente porque sempre gostei do existencialismo e o ensaio analisa meu episódio favorito, One Day, One Room).

É, sem dúvida, livro para fãs do seriado.  Gostar de filosofia ajuda, mas essa coleção tem o mérito de contextualizar os filósofos e usar linguagem acessível, sendo um ótimo primeiro contato para quem acha que a filosofia é abstrata demais ou difícil demais.

Trechos

Toda espécie de amor envolve uma capacidade de confiar, uma abertura para se magoar e uma vulnerabilidade em relação a outra pessoa. É por isso que House tem dificuldade não só para amar uma mulher, mas também para ter amigos. Mesmo com Wilson, seu único amigo, ele está sempre na defensiva. A amizade dos dois baseia-se apenas na habilidade de Wilson em mantê-la vida, em sua capacidade para perdoar House e ser paciente. Sem dúvida, House afeiçoa-se a Wilson, mas faz tudo para dominá-lo. Isso pode funcionar em um relacionamento entre amigos, que é menos rígido e exclusivo que um relacionamento romântico. Mas sua luta para controlar tudo não pode dar certo no contexto de eros, para o qual uma espécie peculiar de intimidade confiável é fundamental. (p. 169)

House nos fascina, em parte, porque ele é bom demais em seu trabalho e muito ruim em todo o resto, e esses dois fatos parecem relacionados. Queremos que House seja uma pessoa melhor? Não, se estivermos sofrendo de alguma doença misteriosa. Nesse caso, não nos importaríamos de tolerar sua rudeza, desonestidade e propensão a burlar a lei. (p. 190)

Ficha

  • Título original: Dewey – the small-town librery cat who touched the world
  • Coordenação de William Irwin
  • Editora: Madras
  • Páginas: 208
  • Cotação: 4 estrelas
  • Encontre House e a Filosofia: todo mundo mente.

Desafio 7 Links

Vi no Blosque essa proposta superinteressante: linkar 7 textos do blog em um único artigo, cada um com um propósito.

Embora o Cadê? tenha um ano e meio, conta com apenas 40 textos. Isso torna mais fácil cumprir o desafio, mas também me deixa culpada por não dedicar tanto tempo ao blog quanto gostaria.

Bem, vamos ao desafio.

1. O primeiro post

A gateira e suas gatas. Na verdade, esse texto foi editado. O Cadê? nasceu como um blog coletivo e esse primeiro artigo fazia a apresentação das três autoras e dos seis gatos. Quando passou a ser individual, cortei para que apresentasse apenas minhas gatinhas.

2. O post que mais gostei de escrever

Foi o único que não escrevi: Gatos Persas e PKD – Atenção! Explico: foi o primeiro texto de colaboradora no Cadê?. Além de ser um marco, o tema é importante e tem tudo a ver com uma das propostas do blog, que é divulgar informações sobre gatos.

Ademais, seria difícil escolher entre os textos que escrevi: ficaria empatada entre todos os que cito nesta lista!

3. Um post que deu origem a um excelente debate

Quanto custa ter um gato? Nos comentários, muita gente opinou sobre os valores. Alguns não perceberam que me referi aos preços de Brasília, cidade com custo de vida alto e sem facilidades como a castração gratuita. Ainda assim, o debate é proveitoso e de vez em quando surge alguma nova participação.

4. Um post publicado em outro blog que eu gostaria de ter escrito

Vários do Filé de Gato e do GeekCats. Adoro os quadrinhos deles!

5. O post mais útil

Como adaptar o bebê novo ao dono (ou à dona) da casa? Cortei um dobrado para adaptar minhas gatinhas, principalmente por ser gateira de primeira viagem. No texto, contei minha experiência e adicionei alguns links úteis para auxiliar gateiros que passem pela mesma situação. Também há dicas bacanas nos comentários.

6. Um post com um título do qual me orgulhe

Síndico? Senhor feudal, isso sim. Porque é exatamente o que ele é…

7. Um post que você gostaria que tivesse sido lido por mais pessoas

Não dê sorte para o azar. É importantíssimo telar as janelas. Numa distração causada por um inseto ou passarinho, o gato pode se desequilibrar e cair. Pode ficar com sequelas para a vida toda ou morrer na queda e, ainda que nada lhe aconteça, pode fugir amedrontado ou se tornar mais arredio e inseguro. Tela é fundamental!

De volta para o futuro – versão bloguística.

Resgatando textos antigos.
Resgatando textos antigos.

Em 2007, como parte do Desafio 21 proposto pela Nospheratt, fiz uma retrospectiva dos melhores artigos daquele ano: um texto por mês, escolhido por diferentes razões, mas sempre tendo por objetivo recuperar dicas ou informações bacanas.

Minha ideia era repetir a tarefa todo ano, mas sabe como é… esqueci.

Semana passada, duas coisas me fizeram lembrar desse intento: o desafio dos 7 links que a Nosphie divulgou (e que cumprirei em breve) e um twitt do Rodrigo Ghedin apontando 5 dicas para reviver um post (em inglês).

Além de ser divertido passear pelos arquivos do próprio blog, esse resgate permite que novos leitores conheçam antigos posts e, feito numa base anual, funciona como uma biografia do blog, recuperando o caminho percorrido.

Nas próximas semanas devo publicar as listas, começando por 2005. O ddf existe desde 2003, é verdade, mas os primeiros anos foram no medonho weblogger e deixei de importar a maioria dos artigos (convenhamos: a maior parte deles tinha uma conotação bem “diarinho”).

Quando terminar, vou juntar todas as entradas numa página e linká-la em algum lugar visível.

Por que estou contando isso? Para que você se anime e faça o mesmo no seu blog. 😉

Folgando na Rede # 25

Rede arco-írisDicas para quem quer ser escritor. Uma compilação em homenagem ao Dia do Escritor, comemorado amanhã, 25 de julho.

Kindle, imunidade tributária e mandado de segurança: breve roteiro e modelo de petição inicial. O advogado Marcel Leonardi obteve sentença judicial que afasta a incidência do imposto de importação sobre o kindle e compartilhou a petição inicial e uma série de dicas valiosas para quem quiser fazer o mesmo.

78 dicas de fotografia para idiotas. Ou para distraídos. Ou pra gente com pouca intimidade com a câmera fotográfica. Dica da @adachivers.

Como seria sua vida sem internet? Olha como faltaria graça na sua vida. Isso pra não mencionar as inúmeras questões sobre a vida, o universo e tudo mais, que só São Google responde.

11 meios de fracassar como blogueiro. O texto é divertidíssimo, mas preste atenção: é verdadeiro também. Se você faz duas ou mais coisas da lista, pode considerar-se um blogueiro fracassado. Dependendo de qual seja o item, um só basta.

Pão de Açúcar reciclará celulares e baterias da Nokia. Por enquanto, só em São Paulo, Fortaleza e Salvador. Tomara que a iniciativa chegue a outros estados.

Traduzindo os emoticons do MSN: guia completo. Sinceridade é tudo.

Teoria das cores na hora de fazer a maquiagem. Não uso essas dicas a ferro e fogo, mas o texto está bem claro e com dicas interessantes – vale a pena conhecê-las.