A Terra segue bela

Apesar do descaso e das agressões, a Terra insiste em sua exuberância. Fiz as fotos abaixo no último fim-de-semana. Aproveitando o feriado prolongado, fui ao Pakaas Palafitas Lodge, em Rondônia, na fronteira com a Bolívia. Queria conhecer um pedacinho da Floresta Amazônica, tão esquecida e desvalorizada por nós, brasileiros.

Rio Pakaas Arco-Íris Rio Pakaas ao entardecer Pôr-do-sol na Amazônia
Clique nas imagens para ampliá-las.

Durante a semana, subo as outras imagens (há muitas mais) para o Flickr e faço um texto mais detalhado. Publiquei logo estas como uma homenagem ao Dia da Terra, comemorado hoje, 22 de abril.

Viajo daqui a pouco…

…e, pra variar, deixei tudo para a última hora.

Passei a manhã tentando falar com agências de turismo, na esperança de fazer o passeio pela Serra do Espírito Santo: Domingos Martins (colonização alemã), Pedra Azul e Venda Nova do Imigrante (colonização italiana). Se eu tivesse tomado essas providências na semana passada, como qualquer pessoa normal, estaria com o passeio garantido. No alto da minha imprevidência, ainda estou torcendo para que alguma alma caridosa me inclua no tour.

Isso pra não falar que quase esqueci a passagem em casa, estou com uma pilha de serviço enorme, não agendei nenhum texto para o Dia de Folga (muito menos para o Deusário – nada de coluna nesta sexta-feira, de novo), mal planejei o que fazer em Vitória e acabei deixando meu moleskine genérico (companheiro indefectível de viagens) em casa.

Vou te dizer… ou aprendo a me organizar, ou me mudo para o ex-planeta Plutão, pra curtir uns dias de 154 horas.

O lado consumista da viagem

São Paulo não é São Paulo sem compras. Essa viagem rendeu várias aquisições. As mais legais:

A Pechincha

Terninho muito bem cortado, com blazer 7/8 forrado, por 70 reais. Garimpado na Rua José Paulino.

A Emergência

Depois de gastar uma caixa de band-aid e continuar sofrendo, uma sapatilha de pano de 19 reais quebrou o galho na segunda metade da viagem.

O Achado

A loja de calçados Banana Price é um parque de diversões para mulheres. Não sou tarada por sapatos como a maioria, mas mesmo assim saí de lá com3 pares. Também tem bolsas. Fica na Alameda Lorena, 1.604, Jardim Paulista.

A Extravagância

Sabe lá o que é pagar 60 reais por um caderno de anotações? Eu sei. Paguei isso numa imitação do moleskine vendida na lojinha da Estação Júlio Prestes pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP).

O Momento Mastercard

A lojinha do Museu da Imagem e do Som fecha às 18 horas em ponto. Quase bati com a cara no vidro, mas o vendedor, com toda a gentileza, reabriu a lojinha para que eu podesse comprar uma lembrança. Surpresa: a única coisa que fazia referência ao MIS era um par de havaianas…

Já indo embora, obviamente de mãos vazias, bati os olhos numa caixa cheia de cartões artesanais e… putz, eu sempre tive faro para achar qualquer coisa em que esteja escrito Star Trek. Lá estava ele, um livreto da Pocket Books com a lombada em amarelo: Star Trek – The Next Generation – Postcards. 30 cartões postais encadernados, celebrando o décimo aniversário de ST: TNG. Que, aliás, foi comemorado há exatos 10 anos.

A capa do livrinho. Segundo minhas googladas, está esgotado. Livreto importado, edição de colecionador. Essas coisas, quando chegam ao Brasil, custam sempre uma fábula. Perguntei o preço, preparada para a facada.

– 20 reais.

– Vou levar!

– Péra, acho que é 20 reais por cartão postal.

– O quê?!

– Só um segundo, vou ligar pra confirmar… Alô, Ana?… Aquele livrinho de Star Trek, ele estava aí, não estava?… Então, é 20 reais cada postal, ou o livro todo?… Ah, o livro todo?… Tem certeza?… Certo…

Nem esperei o vendedor desligar. Ao sinal de “positivo” dele, deixei a nota de 20 e agarrei a sacola com o livreto. Perto da porta, ouço mais uma frase:

– Mas Ana, você tem certeza de que custa 20 reais o livro todo, né?

Saí rapidinho da loja. Vai que a Ana mudasse de idéia.

E antes que digam que Momento Mastercard é aquele que não tem preço, aviso que 20 reais é igual a de graça nesse caso.

De Volta!

E cheia de coisas a contar e pendências a resolver antes da volta ao trabalho, depois do feriado.

Primeiro, tem a minha clássica implicância com o ato de viajar. Odeio. Arrependo-me assim que deixo meu lar, doce lar e a reclamação perdura quando chego ao hotel. Odeio a fila para o check in da empresa aérea, atraso de vôo, voltinhas sobre Guarulhos, altorização de pouso cancelada, engarrafamento às onze da noite, fila para o check in do hotel, cartão-chave que não funciona, quarto de hotel que não gosto (pelamordedeus, alguém sugira algo melhor que o Fórmula 1 pelo mesmo preço). 6 horas entre sair do trabalho e abrir a mala no destino. Logo, logo, será mais vantajoso ir de carro.

Depois, essa rabugice passa e, no fim das contas, não quero mais ir embora. É isso, detesto o deslocamento, sou movida pela inércia – fico onde estou e não quero sair nunca mais. Especialmente se estou em São Paulo, cidade que amo e, ah vá, quero morar lá um dia. Ou ter grana o suficiente para passar uns dias por lá a cada 3 meses. É, essa segunda opção é bem melhor.

Se o Dia de Folga fosse um diário, transcreveria meu roteiro por aquela cidade apaixonante. Como não é, vou fazendo uma ou outra anotação durante a semana.

Alê, obrigadíssima pelos papos, botecos, cafés e caronas. Adorei tudo, adorei tua turma. Vê se avisa quando estiver neste quadradinho azul-avermelhado do Centro-Oeste!

Agora dá licença, que tenho 493 emails não lidos trazendo terror ao meu coração.