LuluzinhaCamp em Brasília no próximo dia 21!

Mulheres do Distrito Federal, uni-vos!
Mulheres do Distrito Federal, uni-vos!

Dia 21 de novembro acontece mais um LuluzinhaCamp em Brasília! Eu e a Srta. Bia convidamos você, mulher interneteira que habita o Distrito Federal, a comparecer e participar de uma tarde muito bacana no Balaio Café (201 Norte, Bloco B, piso superior).

Dá só uma olhadinha no que vai rolar:

Ação Solidária: desta vez, destacaremos o Papai Noel dos Correios. A idéia é reunir pessoas para ratear os custos de algumas bicicletas (o número exato dependerá das doações).

Oficinas: sobre a Amazônia com a Aninha, de maquiagem com a Lúbina Letícia, representante Mary Kay e de malabares com a Susa.

Discussões: tem blogagem coletiva à vista, sobre violência contra a mulher – ótimo tema a ser discutido e, infelizmente, mais atual do que nunca. Como bom “camp”, a pauta do LuluzinhaCamp de Brasília é livre e sempre surgem vários assuntos durante o encontro.

Bazar de Trocas: traga bijouterias e acessórios em geral, cds, dvds ou livros para trocar com as outras moças! Você traz alguns badulaques que enjoou (até o limite de cinco) e volta pra casa com novidades.

Amiga Oculta: participa quem trouxer um presentinho de 10 a 15 reais. A gente sorteia os nomes entre as participantes no vapt-vupt.

Brindes: sabonefeeds da Srta. Bia (claro que não podem faltar), peças da Primosia, um kit da Natura oferecido pela Janaína e um da Mary Kay ofertado pela Lúbina Letícia. Além disso, outros brindes estão viajando agorinha pra Brasília. Veja a lista.

Lembramos que o principal, no LuluzinhaCamp, é a confraternização, a troca de ideias e o bate-papo entre interneteiras. Você participa da ação solidária, do bazar de trocas e da amiga oculta se quiser. O importante é comparecer!

Você encontra mais informações no blog oficial do LuluzinhaCamp.

Espero você lá, a partir do meio-dia!

Ningyos, os bonecos japoneses

O Japão é permeado por ritos e tradições em todos os aspectos cotidianos – não seria diferente quando o assunto é brinquedo. A exposição O mundo mágico dos ningyos apresenta bonecos de tradição milenar, riquíssima em simbolismos.

Os ningyos (a palavra quer dizer “forma humana” em japonês) inspiram admiração e são guardadas pelos seus donos como relíquias de família. Na verdade, não são bonecos com os quais as crianças possam brincar, dadas a sua fragilidade e a carga de significados que carregam.

A mostra enfatiza três tipos de ningyos:

Hina Ningyo
Hina Ningyo simbolizando sacerdotisa xintoísta, a fim de proteger a menina e inspirar-lhe o casamento ou a vida religiosa.

Hina-Nyngions: ofertadas no Dia das Meninas (3 de março), relacionam-se com o casamento ou a vida religiosa.

Musha Ningyos: bonecos guerreiros para o Dia dos Meninos (5 de maio), representam os samurais e devem inspirar-lhes honra e coragem.

Gosho Ningyos: bonecos-bebês ofertados a recém-nascidos para conferir-lhes proteção, sendo deixados perto das crianças para absorver energias negativas.

Também estão expostas algumas gravuras (ukiyo-e) do século XIX, cujo traço limpo e forte inspirou o atual mangá.

Embora a exposição seja voltada para crianças (os bonecos, inclusive, são posicionados em altura menor que a usual, para facilitar-lhes a visão), duvido que algum adulto deixe de se encantar com os detalhes dos adornos, os penteados e os ricos tecidos que vestem os bonecos.

A exposição é pequena – em menos de meia hora, você vê e revê (ótimo para não cansar as crianças). Está em cartaz no CCBB de Brasília até 10 de janeiro de 2010, de terça a domingo, das 9h às 21h (entrada franca).

Os Normais 2 – A Noite Mais Maluca de Todas

Ficha Técnica

  • País: Brasil
  • Ano: 2009
  • Gênero: Comédia
  • Duração: 1 hora e 15 minutos
  • Direção: José Alvarenga Jr.
  • Roteiro: Alexandre Machado e Fernanda Young
  • Elenco: Luiz Fernando Guimarães, Fernanda Torres, Drica Moraes, Danielle Winits, Daniele Suzuki, Cláudia Raia, Mayana Neiva, Alinne Moraes e Daniel Dantas.
  • Sinopse: Rui e Vani estão completando 13 anos de namoro. Para evitar que o relacionamento deles entre em crise, o casal decide realizar uma grande fantasia. A intenção é apimentar o relacionamento, realizando um ménage à trois. Em busca da parceira ideal, eles sondam uma prima de Vani, uma bicampeã de kickboxing, uma bissexual, uma francesa e uma garota de programa.

Comentários

Os Normais 2 Com a relação esfriando cada vez mais, o ménage à trois parece ser o caminho para recuperar a paixão dos tempos de namoro – mas, como se trata de Rui e Vani, as coisas não correm tranquilamente, para a alegria da plateia.

No geral, o filme vai bem. Algumas situações são forçadas demais, é verdade. Os roteiristas exageraram no pastelão. As piadas mais engraçadas são, justamente, as menos escrachadas (por exemplo, o impagável gráfico da Vani demonstrando como o tempo de relacionamento interfere – para pior – na quantidade de sexo). Embora seja um filme curto, uma cena ou outra ainda poderia ter dançado na edição final, tornando-o mais consistente.

No mais, assim como o primeiro filme, Os Normais 2 é um episódio do seriado em versão estendida, quase como um episódio duplo. As tarjas pretas estão lá, os diálogos ágeis também, Drica Moraes também. Danielle Winits quase passa batido num papel que explora mais sua (boa) interpretação que seus seios. Fernanda Torres e Luis Fernando Guimarães continuam com uma excelente química.

Se você, como eu, é fã do seriado, vai se divertir com o filme. Se espera algo além de um bom episódio, espere passar na tv.

Cotação: 3 estrelas

Serviço

Imagem: divulgação.

O que vi (e o que achei) do XI FICBrasília

As férias da semana passada permitiram-me assistir a 7 dos 14 filmes do XI FICBrasília exibidos no CCBB. A seguir, um resuminho de cada um deles, minhas impressões e os horário de reapresentação.

Apology of an Economic Hitman, de Stelios Koul (Grécia, 2008, documentário, 90 minutos). A história impressionante de como os Estados Unidos tornaram-se um império global valendo-se, em primeiro lugar, do seu poderio econômico.

John Perkins, autor do livro em que se baseia o documentário, foi um “assassino econômico”. Seu trabalho consistia em aliciar presidentes de países do Terceiro Mundo; a alternativa era a morte. O processo era tão cruel quanto simples: fornecer enormes empréstimos aos países necessitados, sufocando-os com dívidas insaldáveis para, então, conduzi-los de forma a beneficiar os EUA, não só econômica mas politicamente, por meio, por exemplo, da compra de votos na ONU.

O filme relata a atuação dos assassinos econômicos no Equador, na Venezuela, no Panamá e no Iraque, desenvolve o conceito de corporocracia e demonstra como as grandes empresas privadas, o governo e pentágono andam de mãos dadas há décadas. Dias 13 (17h) e 15 (21h). 5 estrelas

Arranca-me a Vida, de Roberto Sneider (México, 2009, drama, 110 minutos). A história de Catalina, uma adolescente sonhadora que se torna uma mulher forte e inconformada por viver à sombra do marido. Baseado no livro homônimo de Ángeles Mastretta.

Em 1931, Catalina, uma menina de 15 anos conhece o general de araque Andrés Ascencio, com quem se casa. Ascencio cultiva o sonho de tornar-se presidente do México, não importa por cima de quantos cadáveres tenha de passar. Cati precisa lidar com o marido cruel, autoritário e infiel. Ela não se dobra, contudo. Na verdade, torna-se cada vez mais decidida a tomar para si o rumo da sua vida. A história é narrada por Catalina, o que é decisivo no tom feminista do filme. A música, o figurino e a cenografia de época são um espetáculo à parte. Dias 8 (19h) e 10 (21h). 5 estrelas

Francia, de Adrián Caetano (Argentina, 2009, comédia, 77 minutos). A história de Mariana, uma menina de 12 anos filha de pais separados e com problemas na escola.

Dramédia de pais separados, com baixo poder aquisitivo e uma filha que não consegue encontrar seu lugar na ordem da família e da escola. A intenção do diretor era contar a história do ponto de vista da menina (conforme afirmou, em rápida palestra após a exibição), mas ele próprio parece esquecer-se disso na maior parte da película, tornando a trama irregular. Seria um filme mais divertido se menos pretensioso. Dia 14 (21h). 2 estrelas

I am Happy, de Soraya Umewaka (Japão/Brasil, 2009, documentário, 66 minutos). Filmado em regiões pobre do Rio, como o Morro do Cantagalo, o documentário traça paralelos entre pobres e ricos.

O documentário começa num ritmo maniqueísta: bandidos são coitados sem oportunidade, a polícia é má. Logo perde esse tom (felizmente), mas segue no maniqueísmo, afirmando e reafirmando que os pobres é que são felizes e que os ricos não têm felicidade verdadeira. Retrata preconceitos mas é, em si, uma produção preconceituosa. Enaltece a pobreza, suscita o conformismo, indica que não há mobilidade social no Brasil. Conheço várias famílias que, em uma ou duas gerações, progrediram social e economicamente – você não conhece?

Tem o mérito de exibir o belo e pouco conhecido  trabalho da política comunitária (GPAE) nos morros cariocas. E só. Dias 8 (15h) e 13 (19h). 2 estrelas

Karma: Crime, Passion, Reincarnation, de M.R. Shahjahan (Índia, 2008, suspense, 100 minutos). Uma moça acompanha seu futuro marido à Índia para conhecer o pai dele. Alucinações a perseguem, uma forte sensação de déjà vu a domina e ela começa a se envolver numa história de assassinato ocorrida muitos anos antes.

Um clichê atrás do outro e diálogos que lembram novela mexicana – esses são os pontos que ressaltam do filme. A história mescla suspense e terror, com um toque de cinema noir. Apesar do artificialismo, consegue reservar alguma surpresa até o último momento. Paisagens e roupas indianas compõem um bonito visual. Dias 7 (17h) e 10 (19h). 2 estrelas

O Pequeno Burguês – Filosofia de Vida, de Eduardo Mansur (Brasil, 2008, documentário, 70 minutos). A vida de Martinho da Vila, com depoimentos dos seus filhos, de Dudu Nobre e outros.

Eu esperava um filme mais musical e emocionante, como o belíssimo Vinícius. Achei o roteiro um tanto sem sal. Sem dúvida, 15 ou 20 minutos a menos o teriam tornado mais interessante. Ainda assim, vale para os fãs do sambista. Dias 8 (21h) e 15 (19h). 2 estrelas

Petition, de Zhao Liang (China, 2009, documentário, 120 minutos). A vida miserável dos chineses que seguem a Pequim para peticionar contra as autoridades de suas cidades de origem.

Zhao Ling acompanhou vários peticionantes ao longo de mais de uma década: um fazendeiro lesado pelo Estado, uma mulher que teve a casa desapropriada sem qualquer indenização, outra cujo marido morreu durante um exame de rotina e foi cremado antes que houvesse qualquer investigação, um advogado que teve sua firma fechada sem explicações, entre outros.

O que se vê é um país com leis meramente formais, em que pedir por justiça é considerado uma afronta ao governo. Representantes dos governos locais, chamados “caçadores”, são pagos para evitar que os cidadão peticionem. Ameaças, torturas, prisões arbitrárias, tudo vale para que desistam dos seus direitos. Enquanto tentam conseguir algo, são obrigados a abandonar suas casas e morar em favelas. A filha da mulher que teve o marido morto é proibida de frequentar a escola porque a mãe está peticionando contra o governo.

Fica-se diante da realidade chocante de um regime ditatorial em que apenas a miséria é repartida e deixa a certeza de que o Estado Democrático de Direito é o menos pior dos regimes. Dias 12 (16h30m) e 14 (14h30m). 4 estrelas