Se Eu Fosse Você

Ficha técnica

Brasil, 2006. Comédia Romântica. Direção: Daniel Filho. Com Glória Pires, Tony Ramos, Thiago Lacerda, Danielle Winits, Lavinia Vlasak, Patrícia Pillar, Dênis Carvalho, Ary Fontoura, Jorge Fernando, Glória Menezes.

Cláudio (Tony Ramos) é um publicitário bem sucedido, dono de sua própria agência, que é casado com Helena (Glória Pires), uma professora de música que cuida de um coral infantil. Acostumados com a rotina do dia-a-dia e do casamento de tantos anos, eles volta e meia têm uma discussão. Um dia eles têm uma briga maior do que o normal, que faz com que algo inexplicável aconteça: eles trocam de corpos. Apavorados, Cláudio e Helena tentam aparentar normalidade até que consigam revertar a situação. Porém para tanto eles terão que assumir por completo a vida do outro.

Mais informações: Adoro Cinema.

Comentários

3 estrelas

Numa manhã de quinta-feira, duas opções: chegar duas horas mais cedo ao trabalho ou assistir a Se eu fosse você.

A história é banal – a velha guerra dos sexos, temperada com a famosa teoria homens-são-de-marte-e-mulheres-são-de-vênus (veja livro). O final é previsível. A moral da história, conhecida. Apesar de tudo isso, o filme rende boas gargalhadas, graças à dupla Tony Ramos & Glória Pires, ambos fantásticos.

Típica sessão-da-tarde. Veja, se estiver à toa como eu estava, ou aguarde o lançamento em dvd.

Só mais dez minutinhos? Sei.

Aí, a pessoinha tem insônia e só consegue dormir quase quatro da madrugada, depois de ver o mesmo filme três vezes seguidas. Só faltava decorar as legendas em tailandês.

Acorda às oito e meia, feliz da vida porque não perdeu a manhã dormindo, como tem acontecido nas últimas semanas. Levanta-se, toma banho, toma café-da-manhã e decide que vai passar a manhã no shopping, atrás das liquidações-de-ano-novo.

Antes, porém, resolve deitar só um pouquinho, porque ainda está com uma preguiça danada. Põe um cedê da Marisa Monte e relaxa.

Obviamente, pega no sono.

Acorda meio-dia e quarenta. Quase atrasada para o trabalho. Toda amassada. Com a manhã perdida. Pior de tudo: sem ter feito compras.

O corpo até está refeito, mas o mau humor reina na alma.

O Exorcismo de Emily Rose

Ficha técnica

The Exorcism of Emily Rose. Estados Unidos, 2005. Terror. 119 minutos. Direção: Scott Derrickson. Com Laura Linney, Tom Wilkinson, Campbell Scott, Jennifer Carpenter.
Emily Rose (Jennifer Carpenter) é uma jovem que deixou sua casa em uma região rural para cursar a faculdade. Um dia, sozinha em seu quarto no alojamento, ela tem uma alucinação assustadora, perdendo a consciência logo em seguida. Como seus surtos ficam cada vez mais frequentes, Emily, que é católica praticante, aceita ser submetida a uma sessão de exorcismo. Quem realiza a sessão é o sacerdote de sua paróquia, o padre Richard Moore (Tom Wilkinson). Porém Emily morre durante o exorcismo, o que faz com que o padre seja acusado de assassinato. Erin Bruner (Laura Linney), uma advogada famosa, aceita pegar a defesa do padre Moore em troca da garantia de sociedade em uma banca de advocacia. À medida que o processo transcorre o cinismo e o ateísmo de Erin são desafiados pela fé do padre Moore e também pelos eventos inexplicáveis em torno do caso.

Mais informações: Adoro Cinema.

Comentários

3 estrelas

Quem vai ao cinema e, como eu, não lê nem a sinopse antes, poderá se surpreender. O Exorcismo de Emily Rose está mais para “filme de tribunal” (deveriam incorporar de uma vez essa expressão na lista de gêneros do cinema) do que para filme de terror – o que acabou contribuindo para que eu gostasse bastante da história.

Apesar disso, os sustos existem e são bons, não decepcionando quem gosta de passar medo no cinema. A trilha sonora contribui decisivamente para criar momentos de tensão, ao lado da maquiagem, impactante especialmente na primeira imagem exibida de Emily no tribunal.

O argumento é muito interessante e provoca reflexões sobre os papéis que cabem à ciência e à religião. Esses questionamentos, no entanto, não quebram o ritmo da fita. Você pode passar batido por eles e simplesmente curtir o filme.

A atuação de Jennifer Carpenter é um tanto caricata do início, mas depois encaixa-se bem na trama. Por outro lado, o padre exorcista é interpretado fantasticamente por Tom Wilkinson, e Laura Linney também está ótima no papel da cética advogada.

O Exorcismo de Emily Rose é baseado na história de Anneliese Michel, jovem alemã que morreu em 1976.

Filme despretencioso, de baixo orçamento, com um resultado muito bom.

Para saber mais sobre a história que deu origem ao filme, leia a crítica no site Universo Católico.

Outros filmes que valem a pena, vistos no fim de 2005

Os Produtores: mas apenas se você gosta de musicais e aprecia uma historinha que foge do “politicamente correto”.3 estrelas

Quem somos nós?: em cartaz apenas no circuito cult, Quem Somos Nós? é um documentário que tenta explicar o ser humano por meio da física quântica. Esse sim, é um filme capaz de provocar profundos questionamentos a respeito das nossas crenças e das premissas sobre as quais construímos nossas vidas.5 estrelas

Não me abandone jamais

A indicação foi feita pela Mônica Waldvogel, no programa Saia Justa. A Sra. Monte, que tem uma memória muito melhor que a minha, guardou o nome do livro, pesquisou e me deu de presente de Papai Noel. Já foi devidamente devorado.

Não me abandone jamais é de Kazuo Ishiguro. Um livro tocante e profundamente melancólico. Chocante em alguns momentos, pela naturalidade com que aborda situações tão dramáticas, a escrita de Ishiguro é fluida e envolvente.

Não dá pra comentar muito mais sobre o livro sem revelar alguns detalhes. Pessoalmente, prefiro ir ao cinema ou iniciar uma leitura sem ter a menor idéia do que vem pela frente. É por isso que não vou discorrer sobre Não me abandone jamais e aconselho que você não procure resenhas os sinopses. Vá a uma livraria, compre e, se possível, nem leia a orelha. Deixe-se absorver pela história. Assuste-se e emocione-se, como eu.

Ishiguro nasceu em Nagasaki, em 1954, e mudou-se com os pais para a Inglaterra em 1960. É dele o premiado Os resíduos do dia, que foi transformado em filme cujo título, em português, é Vestígios do dia.