Vivendo no Limite

Vivendo no Limite - capaFrank Pierce é um paramédico acostumado a salvar vidas no violento Hell’s Kitchen (Cozinha do Inferno), bairro de Nova Iorque – mas sua própria vida está indo pelo ralo.

Em toda esquina, vê o fantasma de uma garota de 18 anos que atendeu e não conseguiu salvar. Seu casamento está acabando. Seus nervos estão em frangalhos e só a bebida lhe dá alguma paz. O ambiente de trabalho está além do que poderia ser definido como estressante e não é incomum que seus colegas surtem.

As ruas de Nova Iorque são vistas sob a perspectiva de Frank. O paramédico sobe prédios decadentes para salvar quem nem sempre quer (ou deve ser salvo). Cumpre seu dever, mas não há consolo nisso. Ao contrário, Frank fica cada vez mais doente. Ele sequer tenta melhorar (embora peça demissão quase todos os dias), busca apenas sobreviver – e fazer seus pacientes, aos quais se apega demais, ganharem um tempo extra sobre a Terra.

O livro é bem escrito, cru, algo frenético e um tanto deprimente. Virou filme, com Nicholas Cage no papel principal. Não suporto Cage, mas até acho que ele deve ter dado um bom Frank Pierce, com aquela cara de ausente que lhe é peculiar.

O autor foi paramédico em Nova Iorque, portanto escreveu o romance com conhecimento de causa.

Ficha

  • Título Original: Bringing out the dead
  • Autor: Joe Connely
  • Editora: Companhia das Letras
  • Páginas: 342
  • Cotação: 3 estrelas
  • Encontre Vivendo no Limite.