O prédio que o abriga foi inaugurado em 1937 e já vale a visita. Dentro dele, há diversas salas, cada uma dedicada a um tema: geologia (inclusive com alguns meteoritos), osteologia comparada (com textos sobre a evolução das espécies), botânica, mamíferos atuais (com esqueletos e curiosidades, como a de que o chifre do rinoceronte não é realmente feito de osso), aquário e, claro, paleontologia.
A sala de paleontologia é fascinante. Sério, você entra e não quer sair tão cedo. São vários esqueletos de dinossauros (há alguns originais e várias réplicas, o que não diminui seu encanto), com destaque para um crânio de Argentinossauro, o maior dino da América do Sul. Também há espaço para mamíferos extintos há dez mil anos, como o Tigre-Dentes-de-Sabre e a Preguiça Gigante (alguém falou em Era do Gelo?). Completando a sala, alguns fósseis e um mini-sítio paleontológico para as crianças.
A sala tem até com alguns bancos pra você apreciar a História Natural da Terra com toda a calma.
Como chegar: Metrô B, estação Ángel Gallardo. O museu fica no Parque Centenário, um grande espaço verde que vale conhecer, especialmente no fim-de-semana, quando há vários artistas de rua por lá.
<a href=”http://www.flickr.com/photos/lucianamonte/5096375485/” title=”Fachada do Museu Argentino de Ciências Naturais by Lu Monte, on Flickr”><img src=”http://farm5.static.flickr.com/4089/5096375485_52da6c46ce.jpg” width=”375″ height=”500″ alt=”Fachada do Museu Argentino de Ciências Naturais” /></a>
É impossível falar de Buenos Aires sem falar do tango. Por onde você andar, verá referências a ele: lojas de roupas para a dança, lojas de cds (!) com bancas cheias de gravações de tango, nomes de bairros, de estabelecimentos comerciais, de ruas… O tango é patrimônio cultural imaterial da Argentina e os porteños levam isso muito a sério, tanto quanto os mineiros levam a cachaça (e não, não é como o samba no Rio de Janeiro; o tango é muito mais difundido e valorizado, presente nas regiões mais nobres, ouvido o tempo todo).
A propósito o tango é patrimônio cultural imaterial também do Uruguai (a proposta foi apresentada pelos presidentes de ambos os países em 2009, e aceita pela UNESCO). A discussão sobre qual dos países é o berço do tango é antiga. Seu maior expoente, Carlos Gardel, pode ser considerado o uruguaio mais argentino de todos os tempos (embora haja uma teoria que lhe atribua nacionalidade francesa). Gardel foi o responsável por tornar o tango mundialmente conhecido nas primeiras décadas do século XX, mas a sua origem remonta ao século XVIII e guarda influências negras, indígenas e européias. Era a música instrumental que animava os cabarés (as letras começaram a surgir só no fim do século XIX) e alegrava os imigrantes e aventureiros que, longe da família, tentavam ganhar a vida na região cisplatina; por isso, era mal visto pela alta sociedade. Apenas a partir da primeira década do século XX esse cenário começou a mudar. O curioso é que o tango teve de primeiro ser aceito em Paris, para só então voltar triunfal a Buenos Aires.
O tango se sofisticou, tornou-se uma dança elaborada, mas não perdeu a sensualidade herdada do ambiente onde nasceu. Pode ser dançado com mais simplicidade ou com passos altamente coreografados e ensaiados à exaustão, mas nunca perde seu caráter sedutor e insinuante, seu gestual que recorda uma briga-e-reconciliação de amantes. A maior parte das letras fala de desengano, decepção, desejo e paixão, embora haja canções voltadas para o cotidiano simples. Alguns passos lembram o nosso samba de gafieira (provavelmente devido aos ancestrais negros comuns), mas o ritmo é mais marcado e isso se reflete na dança.
Em Buenos Aires, há duas formas de conhecer e aproveitar melhor o tango, ambas complementares e altamente recomendáveis:
O Museu Casa Carlos Gardel
Numa rua calma e arborizada, próxima à movimentada Corrientes, você encontra casas coloridas e retratos de Carlos Gardel pintados nas fachadas. Nessa mesma rua, a Jean Jaures, fica o Museo Casa Carlos Gardel, que apresenta a vida do mais ilustre cantor de tango de todos os tempos. Gardel viveu com sua mãe, Dona Berthe Gardes, nessa casa. O museu guarda relíquias, como o clássico chapéu e alguns vinis com gravações clássicas como a de La Cumparsita. Também conta a história de músicos importantes na história do tango.
Descendo a rua Jean Jaures, chega-se à Pasaje Carlos Gardel, uma viela curtinha com fachadas pintadas em homenagem a Gardel e à era de ouro do tango.
Algo que ainda não mencionei nos artigos é que todos os museus são pagos, mas todos são muito baratos,entre 3 e 10 pesos (menos de 5 reais). Creio que só no Museu Evita paguei mais (cerca de 15 pesos).
Os Shows de Tango
No plural, porque há vários, ao gosto do freguês. O mais famoso é, provavelmente, o Señor Tango, embora os nativos digam que ele está teatralizado demais, fugindo às raízes do bom e velho tango.
Não por isso, escolhi outro show na minha primeira visita a Buenos Aires: o Sabor a Tango. Sua grande atração é uma aula de tango para iniciantes no início da noite. Por cerca de uma hora, dois professores (que também são dançarinos no espetáculo) ensinam os passos básicos e quase me convenceram de que, com um pouquinho mais de prática, poderei bailar o tango “perfectamente”.
Depois da aula, segue-se o jantar composto de entrada, prato principal e sobremesa (há algumas opções para cada prato), regado a muito vinho. Quando todos acabam de comer (o vinho corre por toda a noite -ou melhor, ao lado de cada mesa repousa uma garrafa), o show tem início. É proibido filmar ou fotografar, mas garanto que é um lindo espetáculo, com um conjunto musical, um cantor de voz potente e alguns pares de dançarinos que fazem cair o queixo com sua habilidade.
O passeio também inclui transporte de ida e volta. Por tudo isso, paguei cerca de 120 reais (não lembro mesmo o valor exato, mas não fugiu muito disso). Comprei na agência de turismo do Hostel Suites Florida e é por isso que a aconselho mesmo a quem não se hospedar lá: hotéis granfinos da Recoleta vendem o mesmo programa por quase o dobro.
Na Calle Florida, você pode assistir todas as noites a exibições de tango (durante o dia, há dançarinos no Caminito). Essas exibições são meio fracas, contudo. A cada cinco minutos de dança, o apresentador faz uns dez de discurso, cumprimenta os visitantes de vários países e, claro, passa o chapéu. Não dá pra considerá-las um verdadeiro show de tango. Desses grupos, o mais bacana foi o que vi na frente da Galería Pacífico por volta das oito da noite: dois casais, um deles idoso, ambos bailando lindamente, em estilos ligeiramente diferentes (pena que não tirei fotos).
Se tem uma coisa que não curto é aquele maldito city tour de hotel: todo mundo trancado dentro de um ônibus com ar condicionado glacial, janelas que não abrem e uma comissária de bordo narrando o caminho (que você mal consegue ver) em dois os três idiomas mal falados. Você não tira fotos, não passeia e morre de tédio por horas.
Maaaaas… em algumas cidades, existe um tipo de city tourmuito bacana: ônibus de dois andares (sendo aberto o de cima – ótimo pra ver e fotografar!), narração gravada em vários idiomas (nada de perder tempo ouvindo o que não interessa) e, a melhor parte, paradas! Você pode descer, passear à vontade e embarcar em outro ônibus turístico quando quiser prosseguir o passeio. Curitiba tem esse serviço há vários anos; Brasília começou recentemente; e, pra minha felicidade, Buenos Aires tem ônibus turístico desde maio de 2009.
Você encontra todas as informações no site Buenos Aires Bus. Em resumo, é o seguinte: no ponto inicial (Calle Florida com Diagonal Norte) você compra o bilhete, que pode ser para apenas um dia (70 pesos, cerca de 35 reais) ou por dois dias consecutivos (90 pesos). O site está com preços muito defasados – se quiser ver a tabela real consulte a compra online. Aliás, quando fui não consegui comprar pela internet mas, se você conseguir pode ser uma boa, porque a fila é grande, especialmente nos feriados e fins-de-semana.
Pois bem. Sugiro que compre o passe válido por dois dias. A diferença é pequena e você verá que tem muita coisa interessante pra visitar.
De posse desse bilhete, você pode entrar e descer do ônibus quantas vezes quiser, nas doze paradas. O itinerário e os horários estão num mapa que você ganhará ao embarcar e que é muito útil, pois registra os principais pontos de interesse do trajeto. Pode não descer nenhuma vez, também. Você faz o seu passeio do jeito que bem entender.
Dicas importantes:
Sente-se no segundo andar (descoberto) para aproveitar melhor o passeio.
Use protetor solar! Você não quer torrar ao sol.
Leve um casaco se pretender passear de ônibus após as cinco da tarde.
A seguir, alguns comentários sobre cada parada. Mesmo que você resolva não pegar o ônibus turístico, dê uma olhada nas sugestões listadas como Não deixe de conhecer: são pontos que visitei e recomendo.
O local é famoso pelos protestos. O mais conhecido é o das Mães da Praça de Maio, que acontece todas as quintas-feiras, mas é praticamente impossível não se deparar com faixas reivindicando alguma coisa espalhadas pela praça. Quando a visitei, os veteranos da Guerra das Malvinas protestavam.
Não vale a pena descer nessa parada, pois ela está encostadíssima (uns quinhentos metros) ao ponto inicial do ônibus turístico. Desça a Diagonal Norte e passeie à vontade na Plaza de Mayo. Seguindo esse mesmo raciocínio, se você chegar ao ponto inicial, digamos, às 10 horas e só conseguir bilhete para o meio-dia, não perca tempo: aproveite para conhecer a Plaza de Mayo e volte ao marco zero quinze minutos antes da hora do embarque (foi exatamente o que eu fiz).
A Casa Rosada por dentro: aos fins-de-semana, há visita guiada gratuita de meia em meia hora.
2. Congreso Nacional
Veja só por que acho válido comprar o bilhete para os dois dias: nem assim consegui ver tudo. Não desci na Plaza del Congreso e só tirei foto do Congresso Nacional de dentro do ônibus.
Buenos Aires é assim mesmo: enorme, cheia de pontos interessantes. Não dá pra conhecer tudo numa só viagem. Elegi prioridades e o Congresso não estava entre elas.
3. Montserrat
Monserrat está entre San Telmo e a Plaza de Mayo. No segundo dia de city tour, foi de lá que comecei meu passeio, já que o ponto inicial tinha uma fila quilométrica. Não é trapaça: se você já tem o bilhete, pode começar o percurso do ponto em que desejar.
A Librería de Avila, também na Alsina, nem que seja pelo lado de fora.
4. San Telmo
San Telmo é um dos bairros mais antigos da cidade (descobertas recentes indicam que é o mais antigo), e meu favorito. Pitoresco, cheio de antiquários, galerias e achados, é uma região para você se perder por algumas horas. Há vários cafés, bares e restaurantes gostosos, pode comer por lá mesmo.
Fica perto da Calle Florida, o suficiente para ir a pé (uns dois quilômetros de caminhada, mais ou menos). É um ótimo lugar pra comprar presentes e lembranças de viagem, especialmente aos domingos, quando acontece a Feira de San Telmo. Além das bancas de antiguidades, a feira tem badulaques diversos, artesanato e belos trabalhos em rodocrosita (a pedra nacional da Argentina).
Originalmente, a Feira concentrava-se na Plaza Dorrego; hoje, derrama-se por toda a Calle Defensa, até Monserrat.
La Boca é distante e, embora as taxas de criminalidade de Buenos Aires sejam baixas, não é recomendável visitar a região à noite. O bairro destaca-se por ser a sede do time de futebol Boca Juniors e pelo charmoso Caminito.
Sobre o Caminito, é importante dizer que sim, vale a visita, mas resista à tentação de fazer compras por lá: as lembrancinhas são muito mais caras que em outros lugares, como San Telmo. Só compre se vir algo imperdível e, de preferência, único, como uma obra de arte – o Caminito tem ateliês com trabalhos belíssimos.
Também evite comer por lá, pois os preços são altos (por uma comida que não tem nada de especial) e o atendimento não é dos melhores, dada a quantidade de turistas.
Puerto Madero é um projeto de revitalização que deu certo. A região passou de decadente a chique, com uma gastronomia excelente. É um trecho pequeno às margens do Rio da Prata, com uma bonita vista de dia ou de noite.
Um dos restaurantes de lá. Ir a Buenos Aires e não jantar em Puerto Madero é como ir ao Rio e não passear em Ipanema. Eu escolhi o Bahia Madero e recomendo, mas há outras excelentes opções.
8. Plaza San Martín
Fica no bairro do Retiro, no fim da Calle Florida e imediatamente antes da Recoleta. É uma área nobre de Buenos Aires. Foi outro lugar por onde não tive tempo de andar. O bairro guarda a Torre dos Ingleses, renomeada como Torre Monumental após a Guerra das Malvinas, por motivos óbvios.
9. Palermo – Rosedal
Ok, você vai precisar de uma viagem inteira só pra conhecer Palermo. O bairro é enorme, dividido em vários setores (Palermo Viejo, Palermo Soho e Palermo Hollywood são os mais conhecidos) e lotado de atrações. Boa parte da gastronomia e das baladas de Buenos Aires está em Palermo, inclusive aqueles típicos lugares “para ver e ser visto”.
Olha, dá pra ficar um mês só em Palermo sem enjoar.
O Jardim Japonês: lindo, poético, relaxante – tudo o que se espera de um Jardim Japonês.
O MALBA – Museu de Arte Latino-americano de Buenos Aires. Lá está a tela Abaporu, pintada por Tarsila do Amaral (eu queria muito ter ido, mas as filas estavam sempre enormes – viajar no feriado tem essas desvantagens).
O Cemitério da Recoleta. E o Cemitério da Recoleta. Ah, não se esqueça do Cemitério da Recoleta. Se der tempo, passe no hypadotúmulo de Evita Perón, mas preste mesmo atenção às esculturas belíssimas espalhadas pelo cemitério. Chegue antes das 16:00, para não correr o risco de ficar do lado fora(o cemitério fecha às 17h, mas dependendo do movimento a entrada é bloqueada antes disso).
A feira de artesanato que funciona na Praça Intendente Alvear (em frente ao cemitério) nos fins-de-semana.
A Librería El Ateneo – ou, para ser precisa, sua filial mais ilustre. Funciona em um antigo teatro restaurado. A iluminação realça os lindos detalhes do lugar.
12. Plaza Lavalle
Próxima ao famoso Teatro Colón, eternamente fechado para reformas, e ao Obelisco.
Não deixe de conhecer
El Gato Negro, um café cheio de especiarias, cores e aromas pra deixar doido qualquer gourmet. Fica na Calle Corrientes, 1669.
A loja Rigoletto Curioso, do outro lado da rua, dentro de uma galeria (Corrientes, 1660): pôsteres, miniaturas, fotografias, revistas e trocentas coisas para fazer a festa de colecionadores.
Finalmente chegamos ao marco inicial do nosso city tour. Gostou?
Existem quatro pontos turísticos que ficaram de fora dessa rota: o Museu Casa Carlos Gardel, o Museu de Ciências Naturais, o Temaikèn e, claro, um show de tango. Trato deles nos próximos artigos.
Algumas dicas úteis para quem visitará pela primeira vez a terra dos nossos hermanos.
Informações e Deslocamento
Falando devagar, os argentinos nos entendem (e a recíproca é verdadeira); melhor nem se arriscar no portunhol.
Assim que chegar ao aeroporto, dirija-se ao guichê de informações e peça um mapa da cidade – é gratuito e muito útil, especialmente para tirar o melhor proveito do metrô.
A cidade de Buenos Aires é dividida em quadras com 100 metros cada; se você está no nº 300 da Corrientes e quer ir ao nº 1.000, sabe que andará 700 metros (ou 7 quadras), o que facilita bastante a vida.
O metrô (subte) é velho, esquisito, mas muito eficiente e barato (1,10 peso – menos de 60 centavos de real), cobrindo os principais pontos turísticos da cidade – aproveite!
O ônibus (bus) aceita cartão magnético ou moedas, e somente moedas (não há cobrador para voltar troco) – justamente por isso, não o utilizei nenhuma vez.
Táxi é barato, mas à noite eles ficam mais raros; se estiver em um restaurante ou balada e quiser voltar ao hotel, peça para alguém do estabelecimento chamar um táxi pra você.
Dispense os remis – táxis especiais, em que a corrida é prefixada -, esses são bem caros.
Todo mundo sabe dar informações com precisão (e quem não sabe já diz logo e não perde o seu tempo), contando as quadras e usando “esquerda” e “direita” em vez de “aqui” e “ali”, “sobe” e “desce”.
Eventualmente, podem tentar te responder em inglês 😉
(Quase) Todo café, padaria ou restaurante tem wi-fi grátis, basta pedir a senha.
Dia-a-dia
Os hermanostratam os brasileiros com cortesia, portanto desarme-se contra eventuais preconceitos.
Aprenda o mínimo de espanhol – basta saber algumas expressões de civilidade e conseguir passar endereços para facilitar sua vida:
hola: oi
por favor: por favor
gracias: obrigado
buenos dias, buenas noches (“notches”): bom dia, boa noite
Há vários kioskos (lojinhas de conveniência) espalhados pelo centro da cidade (e mais raros em outros bairros) que funcionam 24 horas por dias e quebram o galho com água, refrigerantes e guloseimas.
Tudo que você comprar lá e for de fabricação argentina dá direito à restituição de uma parte do valor pago em impostos (cerca de 10%) na saída do país; procure pelas placas “tax free” (ou pergunte para o vendedor), guarde os recibos e peça o reembolso no aeroporto, antes de voltar para o Brasil.
A voltagem em Buenos Aires é 220.
As tomadas são diferentes, com três pinos chatos dispostos em forma de triângulo; veja se o hotel cede os adaptadores ou compre alguns em casas de ferragem ou camelôs – dois adaptadores custam 5 pesos.
Não tente passear na Florida ao meio-dia ou no fim do expediente – trata-se do coração financeiro da cidade e os pedestres acabarão atropelando você se estiver em passo de turista, exatamente como na Avenida Paulista.
Não adianta sair do hotel cedo pra bater perna: o comércio começa a funcionar depois das nove, principalmente depois das dez da manhã; em compensação, fica aberto até tarde.
Também não vale a pena sair pra jantar muito cedo; os porteños vão se preocupar com a janta depois das nove da noite.
Se quiser muito ir a determinado restaurante, faça reserva; se sair pra comer sem reserva, é melhor ter duas ou três alternativas.
Segurança
A cidade é tranquila, com baixos índices de violência, mas é uma metrópole – preste atenção à sua volta e não dê moleza com câmera fotográfica, nem caminhe com cara de bobo à noite.
Eu fui e voltei à noite de Puerto Madero à Calle Florida (por volta das 23 horas) a pé, sem qualquer problema, mas convém andar com passo acelerado nos trechos desertos.
Por outro lado, alguns lugares ficam bem movimentados até de madrugada: Puerto Madero é um exemplo e a própria Calle Florida também.
Não troque dólares ou reais com o povo que fica no meio da rua gritando – há fortes chances de receber notas falsas; informe-se no hotel sobre a casa de câmbio mais próxima.
Procure ter dinheiro trocado para o taxista – eles também têm fama de voltarem notas falsas.
O mesmo vale no metrô, para não correr o risco de receber troco errado (faltando, claro).
Dicas válidas para qualquer viagem internacional
Informe o gerente do seu banco sobre a viagem para evitar que os cartões de crédito sejam bloqueados por uso incomum.
Leve sempre dois cartões de crédito, pelo menos; nem sempre a máquina do seu cartão preferido está funcionando.
Leve dinheiro vivo para pequenos gastos (especialmente de transporte e em feiras de artesanato); nem sempre é fácil encontrar um caixa automático e geralmente as taxas de saque são altas.
No aeroporto, antes de voltar para o Brasil, você pode trocar o dinheiro que sobrou por reais…
…mas evite fazer muito câmbio – a cada troca, você sempre perderá um pouco.
E a dica principal de qualquer viajante: quem converte, não se diverte! Aproveite a viagem dentro do seu orçamento, mas sem contabilizar cada centavo. (Se bem que, na Argentina e no Uruguai, o câmbio é muito favorável aos brasileiros.)
Ufa! Devo ter esquecido alguma coisa. Você já foi a Buenos Aires? Compartilhe suas dicas!