Risoto de Gorgonzola com Passas

Risoto é uma das coisas mais simples e práticas de se fazer. Você aproveita o que tiver na geladeira e em menos de meia hora tem um prato delicioso. Veja o passo-a-passo desse risoto de gorgonzola com uvas passas.

Ingredientes

Risoto de Gorgonzola com Passas - ingredientes
Ingredientes principais do risoto
  • 1 colher (sopa) de azeite
  • 1 xícara (chá) de arroz para risoto (arbóreo ou carnaroli)
  • 1/2 xícara de vinho branco seco
  • 4 xícaras (chá) de água
  • 100 gramas de queijo gorgonzola
  • 50 gramas de uvas passas brancas sem sementes
  • sal
  • 1 colher (sopa) de manteiga
  • pimenta-do-reino branca moída (opcional)
  • uvas verdes sem sementes para decorar (opcional)

Você também precisará de

Preparo

Cubra as uvas passas com água morna para hidratá-las e esfarele o gorgonzola com um garfo.

Coloque as quatro xícaras de água numa panela e leve ao fogo para ferver.

Em outra panela, esquente o azeite e refogue o arroz. Acrescente o vinho branco e mexa até que mais da metade dele tenha evaporado.

Coloque a água quente aos poucos, mexendo sempre. Primeiro derrame uma ou duas conchas e espere até que a maior parte tenha evaporado; depois, mais um pouco de água e assim por diante. O arroz vai ficando mais e mais cremoso.

Quando toda a água já estiver no arroz, junte o queijo gorgonzola e mexa até incorporá-lo. Prove o sal – essa é a hora de colocar um pouco, se achar necessário. Uma boa pitada cai bem, mas cuidado com o exagero, o gorgonzola já é salgado. Se quiser, acrescente duas ou três pitadas de pimenta-do-reino branca moída.

Depois de ajustar o tempero, escorra as uvas passas, jogue-as na panela e continue mexendo até o risoto estar no ponto.

Desligue o fogo, acrescente a manteiga, misture bem e sirva imediatamente.

Dicas e Complementos

Risoto de Gorgonzola com Passas
Risoto de Gorgonzola com Passas

Não lave o arroz antes de usá-lo para não perder o amido, que é fundamental para a cremosidade do prato.

O arroz deve ficar al dente, ou seja, deve apresentar uma leve resistência ao ser mordido.

O cozimento leva 20 ou 22 minutos – se estiver na dúvida sobre o ponto, controle-o pelo tempo.

Não deixe o arroz secar em momento algum, muito menos na etapa final. O risoto deve ser servido bem cremoso, nunca ressecado.

  • Tempo de preparo: 30 minutos
  • Grau de dificuldade: fácil
  • Rendimento: 2 porções

Picanha Virada Recheada com Provolone

Uma receita nada light… mas muito gostosa! Afinal, a vida não pode se resumir a contar calorias.

Ingredientes

  • uma peça de picanha de 800 a 900 gramas
  • cerca de 300 gramas de queijo provolone
  • sal grosso

Você também precisará de

Preparo

Faça uma incisão no lado mais grosso da picanha e vá passando a faca por dentro dela até chegar à ponta. Cuidado para não cortar as bordas! Quando tiver aprofundado o corte o suficiente para alcançar a ponta fina da carne, puxe-a com cuidado com a mão,  virando a peça do avesso.

Recheie a picanha com queijo provolone e passe sal grosso na superfície.

Leve ao forno médio por cerca de uma hora.

Dicas e Complementos

Picanha Virada Recheada com Provolone
Deu vontade? Aproveite o fim-de-semana e experimente!

Quando se vira a picanha, a camada de gordura fica do lado de dentro da carne. Ela derrete e mantém a peça úmida e suculenta, com um sabor incrível.

Para esta receita, é melhor trabalhar com peças pequenas. Facilita a “virada”.

Um vinho tinto cai muito bem para acompanhar. Melhor ainda se for da uva Taná, que combina com churrascos e comidas gordurosas perfeitamente.

A receita é bem simples. Só não a classifico como “fácil” porque é preciso paciência para cortar a carne com calma e algum jeitinho para virá-la. Quanto à quantidade… serve três pessoas normais ou duas esfomeadas, como foi o caso no dia em que provei essa delícia.

  • Tempo de preparo: 1 hora e meia
  • Grau de dificuldade: moderada
  • Rendimento: 3 porções

Atualização: para ver outro jeito de virar e rechear a picanha, dê uma olhada nesse post do Comideria.

500 Anos de Sabor

No colégio, História era minha matéria favorita. No dia-a-dia, o interesse por comida (e por comer, obviamente) é constante. Claro que um livro juntando essas duas delícias chamaria minha atenção. Apesar disso, Brasil 1500/2000: 500 Anos de Sabor mofou na minha estante por anos (talvez desde 2000, de fato). Eu não sabia o que estava perdendo.

O livro é um verdadeiro passeio pela história gastronômica do Brasil. Da Colônia até os dias atuais, passando pelas contribuições dos índios, dos negros e das várias correntes migratórias, 500 Anos de Sabor é uma leitura fascinante, nada diet e capaz de agradar até quem não curte esquentar a barriga no fogão ou ler sobre batalhas, datas e figuras históricas. Afinal, todo mundo gosta de uma boa mesa (aliás, eis aí um bom jeito de motivar o estudo da História).

Conta-se, por exemplo, que a onipresente mandioca veio dos índios (ao passo que sua bebida preferida, o cauim, não caiu nas graças dos europeus – felizmente); que a mesa portuguesa só ganhou sabor de verdade com os temperos trazidos pelos negros em honra aos seus orixás; que entradas e bandeiras enriqueceram a culinária nacional com pratos rápidos e de fácil conservação, como a paçoca de carne-seca; que as Grandes Guerras, assolando a Europa, fizeram os olhos e o paladar brasileiros voltarem-se para os vizinhos norte-americanos.

A discussão sobre a origem da feijoada também está presente, claro:

Feijoada
Quem resiste?

Como toda paixão, a feijoada costuma gerar acaloradas polêmicas. Teria mesmo nascido na senzala? Não teria muito mais a ver com receitas portuguesas mesmo, das regiões da Estremadura, do Alto Douro e Trás-os-Montes, que misturam feijão de vários tipos, menos o feijão preto, a linguiças, orelhas e pés de porco, e que se recomenda comer com arroz, especialmente na terça-feira de carnaval? Não seria uma receita muito mais moderna, surgida ali pelo final do século passado [XIX], a partir de informações culinárias de outros países, já então mais frequentes no Brasil, inspiradas por outros cozidos, como o cassoulet francês, que também leva feijão – branco – no seu preparo?

(…)

O que se pode fazer com segurança, para chegar mais perto da verdade, é relembrar um pouco os hábitos alimentares da senzala brasileira, nos dois primeiros séculos de colonização. (…)

Quando a escassez de comida não era tanta, suas refeições básicas juntavam a onipresente farinha de mandioca à carne ou peixe, além dos vegetais que estivessem à mão. E quando podiam, os escravos procuravam manter sua alimentação de origem, que não prescindia do feijão preto, trazido por eles da África, mais muita pimenta-malagueta como tempero. Dos senhores de engenho recebiam às vezes restos de carnes, mais a permissão para entrar nos pomares, servindo-se das frutas disponíveis, entre elas a laranja. E a aguardente costumava ser distribuída até com fartura, menos por generosidade e mais para estimular a alegria, aumentando assim, quem sabe, o empenho na lida dos canaviais.

Feijão preto, restos de carnes, farinha de mandioca, pimenta, laranja, até a bebida – não é difícil reconhecer na união desses elementos um parentesco bem próximo com a nossa feijoada contemporânea. (…) Não deve ser mera coincidência.

Às margens do texto, poesia, prosa, ditos populares e canções ilustram a fusão entre culinária e cultura.

500 Anos de Sabor foi patrocinado pelo Pão de Açúcar em 2000 e não é mais vendido; quase nem escrevo sobre ele.  O Neto Cury (que me lembrou dos sebos), a Cynthia Semíramis (que falou sobre a preservação da memória do livro) e a Júlia Reis (que nem sabia que o livro tinha a ver com a praia dela) disseram que isso não é razão suficiente pra não falar dele. Estão certos. O texto é bacana, as receitas (mais de duzentas) vão da maniçoba à charlotte russe e, veja só, dá pra comprá-lo na Estante Virtual, meu sebo favorito.

Ficha Técnica

  • Título: 500 Anos de Sabor – Brasil 1500-2000
  • Autora: Eda Romio
  • Ano de edição: 2000
  • Editora: ER comunicações
  • Páginas: 248
  • Encontre na Estante Virtual.

A Conversa Chegou à Cozinha de quem?

Já está passando da hora de dizer quem ganhou os livros A Conversa Chegou à Cozinha e O Mundo É O Que Você Come. Afinal, a promoção encerrou-se no dia 20 de março.

Foram poucas, mas belas participações. Renderam-me viagens no tempo e água na boca.

Agora, sem mais delongas…

A Conversa Chegou À Cozinha da Gabi Bianco!

O texto da Gabi foi o mais inspirador pra mim. Não só porque sou uma descendente de italianos apaixonada por massas, mas porque macarrão ao molho de tomate é um dos pratos favoritos da minha mãe.

A todos os participantes, muito obrigada! Espero que tenham gostado de fazer os textos como gostei de os ler.

Gabi, o pessoal da editora vai entrar em contato contigo e mandar os livros para a sua casa logo, logo. 🙂