Nossa Senhora do Café

Nossa Senhora do Café
Nossa Senhora do Café.

É sério: dia 9 de agosto é dia de Nossa Senhora do Café.

A devoção foi inspirada em um artigo de 1964 intitulado Minha Nossa Senhora do Café, dedicado a Nossa Senhora Aparecida, e reescrito sob outro enfoque em 2001. Nesse ano, fez-se no rio de Janeiro o primeiro desenho da imagem da santa, que foi enviado para a cidade de Espírito Santo do Pinhal (SP) em setembro de 2001. O setor cafeeiro da cidade passava, então, por dificuldades. Escolheu-se o dia 9 de agosto para celebrá-la, data da fundação da Cooperativa de Café da cidade. No ano seguinte, a cooperativa construiu para a santa uma capela cujo desenho é a réplica de um armazém de café do século XVIII.

Em 2004, a imagem foi modificada para essa aí ao lado e divulgada ao público.

A santa do café tem até livro e oração:

Nossa Senhora do Café
brasileiro:
Abençoadas por Tuas Mãos,
as mãos que colhem
e as bocas que bebem
a bebida dos grãos,
assim sejam transformadas
por inteiro,
no gesto
de juntar todas as mãos,
no gosto
de tomar café com pão.
Amém.

Na Colômbia também se fala na Virgen del Cafe, especialmente celebrada depois que uma geada destruiu plantações de café no Brasil em 1994 e favoreceu o preço do produto colombiano…

O Vampiro-Rei – Volume 2

O Vampiro-Rei - volume 2 - capa.Gosto de livros de fantasia. Mesmo. De verdade. Mas olha, aguentar o volume 2 de O Vampiro-Rei não foi moleza. A experiência de ler O Vampiro-Rei – volume 1 já não tinha sido das melhores. Prossegui para o volume 2 com poucas esperanças e, mesmo assim, consegui me decepcionar.

A coisa toda é fantástica demais até para o meu gosto. No volume 2, não há só vampiros: tem bruxa, supervampiro, dragão e até elementos do folclore brasileiro (não vou dizer quais para não tirar o seu prazer em descobrir; digo… ah, deixa pra lá).

As cenas de batalha são inúmeras, imensas e tediosas. A vontade que dá é de correr os olhos para chegar logo ao desfecho de cada uma e descobrir que “ah tá, eles venceram”.

Somado a tudo isso, a revisão desse volume é tão descuidada quanto a do primeiro. Para completar, há diversas construções que, embora não sejam erradas, denotam falta de cuidado. Frases como “Dessa vez foi a vez” não são bacanas, sabe?

Com esse livro, encerro minha aventura pela obra de André Vianco – já não era sem tempo.

Ficha

  • Título: O Vampiro-Rei – Volume 2
  • Autor: André Vianco
  • Editora: Novo Século
  • Páginas: 502!
  • Cotação: 1 estrela pelo esforço – o dele, não o meu.
  • Encontre O Vampiro-Rei – Volume 2.
Este texto faz parte do Desafio Literário 2011, cujo tema em julho são novos autores. Conheça o Desafio Literário.

O Vampiro-Rei – Volume 1

O Vampiro-Rei - Volume 1Depois de Os Sete, chegou a vez de O Vampiro-Rei, em dois volumes. Comecei Os Sete receosa mas, como tive uma experiência legal, fui para o primeiro volume de O Vampiro-Rei com boas expectativas. Pena que o livro não correspondeu.

Enquanto Os Sete é uma aventura sem maiores pretensões, O Vampiro-Rei quer ser um épico (que, descobri depois, começa um livro antes, de nome Bento), gênero que não me atrai. Tudo tem início com a Noite Maldita, que libertou terríveis vampiros. Os humanos caíram em um estado de sono profundo e passaram a servir de alimento para as criaturas noturnas. Os que eventualmente acordavam deparavam-se com um mundo devastado, rodeado pelo caos, em que a noite existe apenas para ter temida. Lembrei-me bastante de Eu Sou a Lenda.

Há, contudo, uma esperança: uma profecia narra quatro milagres que aconteceriam quanto os trinta escolhidos – os bentos – acordassem. Liderados por Lucas, os bentos iniciais formam um grupo pequeno, mas quase invencível. Munidos de espadas de prata e com a ajuda de um grupo de despertos sempre crescente, seu plano inicial é destruir os vampiros e retomar o controle das grandes cidades brasileiras.

A história caminha bem em alguns trechos. É interessante descobrir esse novo Brasil pouco a pouco – como em Os Sete, André Vianco guarda sempre alguns mistérios e esse é o grande trunfo do livro. A curiosidade faz o leitor continuar página após página. Por outro lado, há enormes sequências tediosas, batalhas longas demais, passagens que mereceriam poucos parágrafos em vez de páginas inteiras. A leitura torna-se, em boa parte do tempo, cansativa. E, se Os Sete careceu de uma pequena revisão, em O Vampiro-Rei os erros de português/digitação são ainda mais frequentes.

Já comecei a leitura do volume 2 e devo dizer que, embora continue curiosa pelo desfecho – ainda há várias lacunas a serem preenchidas -, o tédio parece estar ainda mais presente nessa segunda parte da história…

Ficha

  • Título: O Vampiro-Rei – Volume 1
  • Autor: André Vianco
  • Editora: Novo Século
  • Páginas: 401
  • Cotação: 2 estrelas
  • Encontre O Vampiro-Rei – Volume 1.
Este texto faz parte do Desafio Literário 2011, cujo tema em julho são novos autores. Conheça o Desafio Literário.

Os Sete

Os Sete - capaSe eu te dissesse a quantidade de livros sobre vampiros que já li ou que aguardam na estante de casa, você se surpreenderia – e todos adquiridos pré-Crepúsculo, que essa coisa de vampiro do bem não me convence.

Entre os da estante, estão três do brasileiro André Vianco: Os Sete, O Vampiro-Rei Vol. 1 e O Vampiro-Rei Vol. 2 (e nesse momento ouço a voz do Bento Carneiro, o “vampiro brasileiro”). Comecei por Os Sete, meio (ok, muito) receosa. E não é que a história é bacana?

Uma grande caixa de prata guarda há quase 500 anos sete cadáveres. Gravada na caixa, uma mensagem de alerta: “Nobres homens de bem, jamais ouseis profanar este túmulo maldito. Aqui estão sepultados demônios viciados no mal e aqui devem permanecer eternamente. Que o Santo Deus e o Santo Papa vos protejam”. Ainda se lêem sete palavras: Lobo, Tempestade, Inverno, Gentil, Espelho, Acordador e Sétimo. Sete nomes. Os Sete.

Claro que a mensagem é ignorada, claro que o túmulo de prata é aberto e aí começa a aventura por terras riograndenses (com uma passagem por São Paulo). Cada cadáver é um vampiro, cada vampiro guarda um poder especial. A partir daí, os amigos que descobriram o “tesouro”, os estudiosos e o Exército Brasileiro juntam forças para derrotar os demônios.

Não faltam cenas insólitas, apropriadas para um livro de fantasia. A mocinha e o herói também estão lá. O mistério é desvendado gradualmente, sempre preservando-se alguma emoção para as páginas seguintes. Perseguição, luta e suspense fecham o pacote desse romance que, se não é sensacional, é bastante honrado, com um bom ritmo e uma escrita fluente (embora merecesse uma pequena revisão). Fiquei curiosa pela continuação, Sétimo, mas só depois de zerar os livros acumulados.

Ficha

  • Título: Os Sete
  • Autor: André Vianco
  • Editora: Novo Século
  • Páginas: 380
  • Cotação: 3 estrelas
  • Encontre Os Sete.
Este texto faz parte do Desafio Literário 2011, cujo tema em julho são novos autores. Conheça o Desafio Literário.