Se Eu Fosse Você

Ficha técnica

Brasil, 2006. Comédia Romântica. Direção: Daniel Filho. Com Glória Pires, Tony Ramos, Thiago Lacerda, Danielle Winits, Lavinia Vlasak, Patrícia Pillar, Dênis Carvalho, Ary Fontoura, Jorge Fernando, Glória Menezes.

Cláudio (Tony Ramos) é um publicitário bem sucedido, dono de sua própria agência, que é casado com Helena (Glória Pires), uma professora de música que cuida de um coral infantil. Acostumados com a rotina do dia-a-dia e do casamento de tantos anos, eles volta e meia têm uma discussão. Um dia eles têm uma briga maior do que o normal, que faz com que algo inexplicável aconteça: eles trocam de corpos. Apavorados, Cláudio e Helena tentam aparentar normalidade até que consigam revertar a situação. Porém para tanto eles terão que assumir por completo a vida do outro.

Mais informações: Adoro Cinema.

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3 estrelas

Numa manhã de quinta-feira, duas opções: chegar duas horas mais cedo ao trabalho ou assistir a Se eu fosse você.

A história é banal – a velha guerra dos sexos, temperada com a famosa teoria homens-são-de-marte-e-mulheres-são-de-vênus (veja livro). O final é previsível. A moral da história, conhecida. Apesar de tudo isso, o filme rende boas gargalhadas, graças à dupla Tony Ramos & Glória Pires, ambos fantásticos.

Típica sessão-da-tarde. Veja, se estiver à toa como eu estava, ou aguarde o lançamento em dvd.

Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos

Nenhuma mulher é perigosa se você sabe como tratá-la (Taxista)

É muito mais fácil aprender mecânica que psicologia masculina.
A uma moto, pode-se chegar a conhecer a fundo; a um homem, jamais. (Pepa Marcos)

Ficha técnica

Mujeres al Borde de un Ataque de Nervios. Espanha, 1988. Comédia. 89 minutos. Direção: Pedro Almodóvar. Com Carmen Maura, Antonio Banderas, Julieta Serrano, Rossy de Palma, María Barranco, Kiti Manver, Fernando Guillén.

Em Madri Pepa Marcos (Carmen Maura), uma atriz que está grávida mas ninguém sabe, é abandonada por Ivan (Fernando Guillén), seu amante, e se desespera tentando encontrá-lo, pois deseja que ele lhe explique por qual motivo a deixou. Enquanto tenta falar com ele recebe a visita Candela (María Barranco), uma amiga que se apaixonou por um desconhecido e agora que descobriu que ele é um terrorista xiita teme ser presa. Mais tarde chega ao apartamento Carlos (Antonio Banderas), o filho de Ivan. Ele está acompanhado de Marisa (Rossy de Palma), sua noiva, pois os dois estão procurando um imóvel para alugar. Marisa sem saber bebe um gaspacho cheio de soníferos, que Pepa tinha preparado para Ivan, mas uma confusão realmente acontece quando fica claro que Ivan vai para Estocolmo com Paulina Morales (Kiti Manver) e Lucia (Julieta Serrano), a mulher de Ivan, planeja matá-lo. Apesar de ter sido preterida, Pepa quer fazer de tudo para salvar a vida de Ivan.

Mais informações: Adoro Cinema.

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4 estrelas

O resumo(??) acima dá uma boa idéia do que é esse filme de Almodóvar – uma teia de encrencas que aumenta a cada cena. São mulheres um tanto neuróticas, sim. E adivinha quem causa suas neuroses? Os homens, claro. É fácil identificar-se com uma ou outra situação, ainda que nem sempre, na vida real, tomem-se atitudes extremadas como as das personagens. Tomadas simples, cenários comuns. Chama a atenção o colorido exagerado, talvez decorrente do visual predominante nos anos 80. Aliás, há outros exageros típicos da década presentes nas cenas, como os brincos de Candela.

Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos é um bom filme, bom texto e boas risadas, que fazem valer a locação, embora não seja o melhor filme do consagrado diretor espanhol.

Adorável Julia

Ficha técnica

Being Julia. Inglaterra, 2004. Comédia. 105 minutos. Direção: István Szabó. Com Annette Bening, Jeremy Irons, Bruce Greenwood, Miriam Margolyes.

Refilmagem de filme homônimo de 1962, baseado em peça teatral de W. Somerset Maugham. Julia Lambert (Annette Bening) é uma atriz que trabalha no teatro de Londres em 1938. Após ser humilhada por seu jovem amante e traída pelo marido, ela dá a volta por cima usando os palcos para tramar sua vingança. O filme rendeu a Annette Bening a indicação ao Oscar de melhor atriz.

Mais informações: Adoro Cinema.

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4 estrelas

Comédia, sim. Só que inglesa, com aquele senso de humor refinado e cruel que os moradores daquele país cinzento fazem questão de desenvolver tão bem.

Sob certos aspectos, Adorável Julia poderia até ser classificado como drama. Na verdade, é uma farsa, um jogo – o que faz todo sentido com o tema do filme e a vida da protagonista, atriz de teatro. Entre idas e vindas, tem-se um casamento pouco convencional, especialmente para o padrão dos anos 30; um romance entre uma mulher de meia idade e um rapazola, com todos os clichês pertinentes ao caso; a velha e preconceituosa analogia entre atrizes e prostitutas, tão comum ao longo dos tempos.

O que poderia ser uma trama repleta de clichês e completamente previsível torna-se, ao contrário, tremendamente interessante, prendendo a atenção da platéia, levando-a ao riso facilmente e despertando a admiração do público tanto pelo trabalho de Annette Bening (mais que merecida a sua indicação ao Oscar) quanto pela personagem que interpreta, Julia Lambert. Julia encarna um pouco do que há de melhor e de pior na alma feminina: a o amor, a abnegação, a insegurança quanto à própria aparência, a vingança com requinte de crueldade, a perversidade feminina, a capacidade de dar a volta por cima. Nós, mulheres, rimos muito com o filme, mas é um riso ambíguo, misto de respeito e vergonha por entendermos tão bem as atitudes de Julia.

O conselheiro de Julia, interpretado por Bruce Greenwood e responsável por alguns dos melhores textos do filme, funciona como uma espécie de “grilo falante” e, ao mesmo tempo, de ponto de apoio.

Destaque para a beleza da atriz, que lembra muito a Nicole Kidman (mais velha, evidentemente).

Garfield

Ficha técnica

Garfield – The Movie. EUA, 2004. Comédia. 99 min. Direção: Peter Hewitt. Com Breckin Meyer, Jennifer Love Hewitt e Stephen Tobolowsky.

Baseado no personagem criado por Jim Davis mostra o preguiçoso Garfield disputando território com o cão Odie, recém-adotado por Jon. Bill Murray faz a voz do gato na versão americana e Antônio Calloni nas cópias dubladas.

Mais informações: Adoro Cinema.

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2,5 estrelas

Não é nenhum Shrek 2. Nem chega perto. Shrek é, teoricamente, um filme para crianças, mas cheio de piadinhas e referências que só adultos entendem. Você não irá encontrá-las em Garfield – um filme para crianças, com roteiro infantil do começo ao fim.

Vale a pena se você é fã do gato mais preguiçoso do mundo, como eu (lembram-se do meu layout antigo?). O gato não é de verdade, mas parece. Já os seus amigos e inimigos do reino animal são todos verdadeiros, com direito a Debra Messing (a Grace, do seriado Will & Grace) dublando uma gata siamesa.

O John é bobo, como nas tirinhas. Só perde para o Odie.

Dá pra rir um pouco mas, definitivamente, o filme não é grande coisa.