Sin City – A Cidade do Pecado

Ficha técnica

Sin City. Estados Unidos, 2005. Aventura. 126 minutos. Direção: Frank Miller, Quentin Tarantino e Robert Rodriguez. Com Bruce Willis, Mickey Rourke, Jessica Alba, Clive Owen, Nick Stahl, Powers Boothe, Rutger Hauer, Elijah Wood, Benicio Del Toro.

Sin City é uma cidade que seduz as pessoas. Nela vivem policiais trapaceiros, mulheres sedutoras e vigilantes desesperados, com alguns estando em busca de vingança e outros em busca de redenção. Um deles é Marv (Mickey Rourke), um lutador de rua durão que sempre levou sua vida a seu modo. Após levar para casa a bela Goldie (Jaime King), ela aparece morta em sua cama. Isto faz com que Marv decida percorrer a cidade em uma jornada pessoal, em busca de vingança. Além dele há Dwight (Clive Owen), um detetive particular que tenta a todo custo deixar seus problemas para trás. Após o assassinato de um policial, Dwight se apresenta para proteger suas amigas, as damas da noite. Há também John Hartigan (Bruce Willis), o último policial honesto da cidade, que restando apenas uma hora para se aposentar se envolve na tentativa de salvar uma jovem de 11 anos das mãos do filho de um senador.

Mais informações: Adoro Cinema.

Comentários

2,5 estrelas

Não conheço os quadrinhos que deram origem ao filme. Na hora de analisá-lo, esse desconhecimento é bom e ruim ao mesmo tempo. Bom, porque posso apreciar o filme sem fazer comparações para pior ou melhor. Ruim, porque não sei até que ponto a versão cinematográfica é fiel aos quadrinhos de Frank Miller.

Sin City, indiscutivelmente, é uma produção que merece ser vista. De preferência, na telona. O filme perderá boa parte do impacto se assistido pela televisão. É preciso acompanhar o jogo de câmeras, as poucas colorizações, as tomadas alucinantes, o sangue branco, tudo isso no cinema, em grande estilo.

Embora algumas cenas lembrem bastante Matrix – o marco revolucionário quando se fala em filmes de ação – Sin City tem linguagem visual própria. Personagens que voam pelos ares, tiros que não matam e sangue esguichando fazem parte dela. Quase dá pra ver os “POW”, “BANG” e “CRASH” escritos na tela, como no seriado Batman dos anos 60. É o ritmo frenético que consegue manter o espectador ligado por mais de duas horas.

E é só isso, mesmo.

As histórias são superficiais e os personagens são rasos, sem qualquer densidade psicológica. Não por culpa dos atores, todos excelentes. É que, simplesmente, não há entrelinhas. Tudo está escancarado nas fortes imagens projetadas. Há algum suspense, é verdade, e umas reviravoltas, mas nada que seja intrigante ou profundo. A violência é o ponto de partida e de chegada, sem qualquer desvio, no melhor estilo Pulp Fiction.

Violência por violência, apesar de toda a tecnologia empregada em Sin City, ainda prefiro Clube da Luta.

Notinhas

  • Quem gosta de Calvin e Haroldo e conhece o detetive que habita as fantasias desse menino levado vai morrer de rir com a primeira cena do policial interpretado por Bruce Willis.
  • O discurso do Senador Roark, lá pelo fim do filme, deve ter sido baseado na postura do José Dirceu.

Constantine

Ficha técnica

Constantine. EUA, 2005. Aventura. 121 min. Direção: Francis Lawrence. Com Keanu Reeves, Rachel Weisz e Djimon Houson.

Um experiente ocultista e uma policial cética investigam o assassinato da irmã gêmea dela.

Mais informações: Adoro Cinema.

Comentários

5 estrelas

Constantine é excelente – vale ir ao cinema para vê-lo, especialmente porque em DVD algumas cenas perderão o impacto. Efeitos visuais ótimos, trama muito interessante (corroborando uma – sim, porque sou inconstante até nisso – das minhas teorias sobre essa história toda de Céu e Inferno), Keanu Reeves em interpretação convincente (fácil, fácil, a gente se esquece de que ele é o Neo), um ou outro momento divertido para aliviar a tensão. Quem não deve ter gostado do filme é a Sousa Cruz.

Adaptação para o cinema dos quadrinhos Hellblazer.

Doze Homens e Outro Segredo

Ficha técnica

Ocean’s Twelve. EUA, 2004. Aventura. 92 min. Direção: Steven Soderbergh. Com George Clooney, Brad Pitt, Julia Roberts, Matt Damon e Catherine Zeta-Jones.

Desta vez, Daniel Ocean (Clooney) recruta sua equipe para ir à Europa conseguir dinheiro para saldar uma dívida. Do mesmo diretor de Onze Homens e um Segredo (2001).

Mais informações: Adoro Cinema.

Comentários

5 estrelas

Quem gostou do primeiro filme vai adorar a seqüência. Na verdade, acredito que Doze Homens e Outro Segredo esteja bem melhor que seu antecessor. A aventura está bem mais ágil. As piadas são freqüentes, mas nada que sequer se aproxime do pastelão. Uma das melhores debocha de Daniel Ocean e, ao mesmo tempo, do ator George Clooney. Outra está nos créditos finais, bem rapidinha mesmo.

A atenção do espectador é exigida do começo ao fim, numa história com bastante movimento e algumas reviravoltas.

Os atores estão ótimos. Infelizmente, como aconteceu no primeiro filme, não é possível desenvolver todos os personagens, concentrando-se a ação em três ou quatro.

Um terceiro filme com a gangue mais carismática do cinema não seria má idéia.

Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban

Ficha técnica

Harry Potter and the Prisioner of Azkaban. EUA, 2004. Aventura. 136 min. Direção: Alfonso Cuarón. Com Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Gary Oldman e David Thewlis.

Na terceira aventura baseada na obra homônima de J.K. Rowling, o estudante de magia Harry Potter está em perigo, depois que um bruxo, supostamente envolvido com a morte de seus pais, escapa da prisão de Azkaban.

Mais informações: Adoro Cinema.

Comentários

3 estrelas

Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban é um bom filme, bem conduzido e com um visual muito bonito. A adaptação foi bem feita. Ok, muita coisa foi cortada. Mas ninguém falou em transcrição fiel, certo? Seria impossível fazer isso. O essencial do livro está lá, de uma forma cativante, prendendo a atenção do começo ao fim – mais de duas horas de filme, que nem senti passar. Isso é o que importa.

Notinha: para a minha felicidade, não havia nenhuma criança no cinema.