Eu sei, eu sei, estou atrasadíssima. De abril pra cá, minha vida virou uma confusão só. Em julho, comecei a reorganizá-la, e agora estamos quaaaaaase de volta à nossa programação normal.
Interrompi as postagens, mas continuo firme e forte no Ano Sem Compras!
Mas preciso contar uma coisa.
No ano passado, estava prevista uma reforma, uma mudança de endereço e seus consequentes gastos, inclusive os gastos com mobília. No fim das contas, a tal mudança só saiu em junho deste ano (e sim, essa é uma das principais causas dos poucos textos pelos meus blogs nos últimos meses). A reforma do apartamento começou em março e durou três meses e meio. Você leu certo: reforma. Um desastre, um caos, uma tortura, um pesadelo. E muitos gastos.
Se eu puder dar um só conselho pra você, ei-lo: nunca faça reforma. (Usar protetor solar? Bah, este é um conselho secundário em vista do de nunca fazer reforma).
Só que você vai fazer, eu sei. A gente tem aquela ideia de “ah, mas eu quero deixar a casa com a minha cara”. Você vai fazer, mas vai se lembrar de mim durante o processo e desejará ter me ouvido. Isso não é uma praga. Pergunte por aí e veja quantas pessoas que já fizeram reformas guardam péssimas lembranças do período. É um gasto de tempo, de grana, de energia… e, claro, as coisas não ficam exatamente como você esperava, e você descobre que não devia ter feito isso ou aquilo, mas agora é tarde e…
Bom, voltando ao tema. Claro que gastei horrores durante a reforma. Muito mais do que em qualquer outro momento da minha vida, e muito mais do que eu pretendia. Mas como, se estou no ano sem compras? Acontece que, como falei lá em cima, essa mudança deveria ter acontecido no ano passado. Eu já estava preparada para os gastos (ou, pelo menos, achei que estava). E não havia a menor possibilidade de postergá-la para o ano que vem. Então, sim, essa foi a grande exceção ao meu ano sem compras. Fora material, mão-de-obra, marcenaria (armários e afins) e vidros (boxes e espelhos), houve a compra de alguns itens para a casa:
- ar condicionado
- fogão
- lava-e-seca
- mesa
- colchão
- cortinas
Agora que já parei de comprar (mas não de pagar, ha ha ha), estou sentindo um imenso alívio. Fiquei realmente estressada durante a fase de pesquisas, compras, lojas que não entregavam, decisões que eu tinha que rever, problemas na instalação etc. etc. etc. Ainda não está tudo 100% resolvido, mas pelo menos não tenho que comprar mais nada até… sei lá, até a próxima vida, de preferência.
Comprar virou um processo estressante para mim. Provavelmente pela falta do hábito já que, embora tenha começado o ano sem compras em 2012, desde outubro de 2010 tenho comprado pouco. Ter que lidar com vendedores é estressante. Ter de pesquisar preços é estressante. Ter de gastar dinheiro é estressante. Ter que gastar o meu tempo em lojas, ligações e problemas que poderiam não existir é muito estressante. Eu só conseguia pensar “putz, poderia estar fazendo tanta coisa mais proveitosa nesse momento”.
E agora, claro, ter de pagar as infinitas prestações é estressante, porque nunca tive dívidas, não estou acostumada com a sensação e realmente não entendo como alguém pode viver pulando de dívida em dívida por anos, por toda uma vida. Não vejo a hora de tudo isso acabar. Tem data certa: dezembro, porque não quis passar nenhuma conta para o ano que vem.
Pronto, já desabafei e posso retomar o relato mês a mês do ano sem compras em bases normais. 🙂
Leia os relatos mensais no fim do texto de abertura deste projeto: Um Ano Sem Comprar – Um Ano Sabático.