É tão simples que chega a ser genial: divisórias diagonais na gaveta da cozinha, para separar aqueles talheres enormes que não caberiam em divisórias verticais.
Ideia e foto: The Kitchn.
É tão simples que chega a ser genial: divisórias diagonais na gaveta da cozinha, para separar aqueles talheres enormes que não caberiam em divisórias verticais.
Ideia e foto: The Kitchn.
Enjoada que estava do meu cabelo, resolvi voltar a pintá-lo depois de uns cinco anos de liberdade. De novo escolhi o vermelho, mas desta vez puxado para o “ruivo natural”, laranjinha – “só” a cor mais difícil de encontrar na roça, digo, em Brasília.
(Da vez anterior, foram uns três anos pintando o cabelo de vermelho-super-intenso.)
Acabei comprando por internet um tonalizante que não me satisfez (mas rendeu duas aplicações). Numa loja de cosméticos da cidade, achei a tintura 8R da Itely (que usa uma combinação bizarra de letras e números em vez de aderir ao código que todas as outras fabricantes usam) e levei também a 10D para tentar um tom mais claro misturando ambas.
Essas compras envolveram, também, condicionador pós-tintura, recipiente para misturar as tintas e PPT (protetor de pele para tintura). Ou seja: arranjei gastos e sarna para me coçar no ano sem compras. Embora não esteja arrependida, ainda não cheguei ao tom de ruivo que gostaria, que é à la Marcia Cross em Desperate Housewives.
Foi uma compra desnecessária? Sim, foi. Eu poderia continuar com o meu cabelo natural. Para piorar, violei a regra específica de não comprar cosméticos. Por outro lado, não é como se eu tivesse tintas sobrando em casa e, além delas, resolvesse comprar outras pra aumentar o estoque. Então, pelo menos não foi uma compra redundante, nem adquiri algo que ficará juntando poeira em casa.
A grande aquisição do mês foi o teclado para o meu tablet. Esperei uma boa promoção e ele finalmente ficou completo e funciona como um excelente netbook, quando preciso.
Aaaaah, também comprei uma capa e uns cabos pro transformer. Essa é a pior parte de comprar uma nova traquitana: outras aquisições sempre se fazem necessárias para completá-la.
A reforma no apartamento continuou, com os correspondentes gastos de mão-de-obra e material.
Leia os outros relatos mensais no fim do texto de abertura deste projeto: Um Ano Sem Comprar – Um Ano Sabático.
Para evitar que um convidado pegue a taça de outro por engano, use pulseiras elásticas: cada pacote é baratinho, contém diversas formas e cores e você ainda dá um tom descontraído à festa.
Foto: Real Simple.
A contracapa informa que este é o livro “mais radical” de John Grisham. Certamente, não é “radical” na gíria para “excelente”, porque há diversos livros melhores do mesmo autor. Também não é “radical” no sentido de dedicar-se às raízes do Direito porque, de todos os livros de Grisham, este é o menos jurídico – o foco dele está na política. Em todo caso, é um livro muito bom.
O tema jurídico é o processo indenizatório milionário que corre contra uma empresa acusada de lançar lixo tóxico nos arredores de uma cidadezinha do Mississipi, contaminando a água e o solo e levando câncer à população local – causando, inclusive, a morte de vários habitantes. Lembra a trama de Erin Brockovich, só que aqui, do lado da população desamparada, temos uma casal de jovens advogados inteligentes, dedicados, esforçados e quase falidos.
Após meses de um árduo julgamento, o tribunal local dá ganho de causa às vítimas e condena a corporação Krane Chemical a pagar 41 milhões de dólares de indenização. É nesse ponto que o livro começa – porque, como se sabe, você pode ganhar e não levar… e a corporação vai jogar sujo para não perder dinheiro. Em sede de apelação, o caso será julgado pela Suprema Corte do estado do Mississipi. Juridicamente, as chances estão contra a Krane – mas… e politicamente?
A Suprema Corte do Mississipi é composta de nove juízes eleitos para um mandato (o cargo não é vitalício). Basta, talvez, um juiz para mudar o destino do processo. As eleições para a magistratura se aproximam, e a Krane começa a mexer os pauzinhos financeiros para colocar no tribunal um juiz honesto, dedicado, mas absolutamente contrário ao sistema de indenizações milionárias que afeta os julgamentos norte-americanos.
A parte do livro dedicada ao processo eleitoral é longa demais. O leitor quer chegar logo ao resultado e à conclusão do processo. Os que estão acostumados com os livros de Grisham têm uma boa ideia do que esperar…
John Grisham carrega no conteúdo dramático de O Recurso, além de dar uma boa ideia das mazelas de ter um Poder Judiciário eleito. Se aqui no Brasil já temos tantos dissabores com o Legislativo e o Executivo, imagine o que aconteceria se a magistratura também fosse escolhida pelo sistema eleitoral?