O Nome do Vento

Fazia tempo que eu não lia um livro de fantasia que realmente me fizesse entrar na história. “O Nome do Vento” foi um belo resgate do meu gosto pelo gênero.

O livro de Patrick Rothfuss narra a infância e os primeiros anos da adolescência de Kvothe. Em meio a perdas violentas, traumas e a luta para sobreviver a cada dia, Kvothe encontra ajuda, amigos, mentores e o amor. Enquanto busca a resposta para a maior tragédia da sua vida, aprende magia e, mais que isso, resiliência – e começa a se tornar um herói.

O autor escreve o meu estilo de fantasia: economiza descrições e foca na trama, sem esquecer de criar personagens cativantes. O único defeito é que o livro é o primeiro de uma trilogia, e fujo de séries – mas essa vou acabar lendo.

Estrelinhas no caderno: 4 estrelas

Luta de Classes

@a2filmesoficial me chamou pra pré-estreia de “Luta de Classes” ano passado, mas não rolou. Tinha ficado curiosa e foi o primeiro filme que escolhi para aproveitar o #festivalvariluxemcasa.

“Luta de Classes” narra as desventuras de francesa em um mundo novo, em que as interações interculturais são a regra, embora nem sempre sejam felizes. Os pais insistem que o filho continue a frequentar a escola pública do bairro, em meio a outros franceses que carregam adjetivos extras: “muçulmanos”, “negros”, “pobres”. A convivência nem sempre é pacífica para o filho do casal, e os pais terão que fazer escolhas difíceis.

Ousando tocar em temas difíceis, a dramédia trata dos choques sociais, religiosos e culturais com um olhar sensível, aproveitando-se do universo infantil e escolar para mostrar que somos mais fortes se somarmos nossas diferenças.

Estrelinhas no caderno: 3 estrelas

As primeiras férias, não se esquece jamais

Dica de filme: “As primeiras férias, não se esquece jamais” .  Em cartaz nos cinemas a partir de hoje, 12 de março.

Marion (Camille Chamoux) e Ben (Jonathan Cohen) se conhecem pelo Tinder e após um único encontro decidem sair de férias juntos. O destino escolhido é tão inusitado quanto a decisão: o novo casal escolhe uma cidade remota na Bulgária. A aventureira e “vida loka” Marion acha tudo engraçado; o controlador e hipocondríaco Ben tem a certeza de que vai morrer na próxima esquina.

Se fosse americano, o filme seria um pastelão sem tamanho e sem graça. A produção francesa, contudo, flerta com o besteirol sem subestimar o espectador. Mesmo as cenas vulgares têm aquele toque de “poderia acontecer” que gera cumplicidade com a plateia. Em alguns momentos (ok, na maioria deles) me identifiquei muito com o Ben, em outros me vi na pele da Marion. O filme sucumbe a um ou outro clichê do gênero, mas consegue subverter algumas expectativas e provoca risada atrás de risada.

Indicado para quem curte comédias românticas e quer algo divertido, despreocupado e nada lacrimoso.

Distribuição: @a2filmesoficial

Estrelinhas no caderno: 3 estrelas

Quem me ama, me segue!

Dica de filme: “Quem me ama, me segue!”

Esse filme francês podia ser sobre seus vizinhos: a história gira em torno de Gilbert, Simone (casados) e Étienne (amante de Simone), três amigos que se conhecem desde a juventude hippie e que tentam se reinventar na velhice. Uma dramédia simples, terna e cativante.

Daniel Auteuil, Bernard Le Coq e Catherine Frot estão excelentes: interpretam seus papéis sem exageros, de modo convincente. Auteuil rouba a cena com seu rabugento Gilbert e Frot entrega uma interpretação segura e sutil.

Em cartaz nos cinemas a partir de hoje!

Distribuição: @a2filmesoficial

Estrelinhas do caderno: 4 estrelas