Receitas com Morangos

MorangosJulho é tempo de morango!

Quase todo mundo gosta dessa maravilha que, na verdade, não é fruta, e sim o estame da flor do morangueiro. Seu sabor azedinho torna o morango ideal para o preparo de sobremesas saborosas e nada enjoativas. Aliás, o segredo ao preparar um doce a base de morangos é, justamente, moderar no açúcar, para não encobrir o sabor delicado da fruta (ora, que seja).

Além de saboroso, o morango também é muito saudável. É rico em vitamina C e ainda contém vitaminas A e do complexo B. Também é fonte de cálcio, fósforo, ferro e fibras. Morangos fazem a felicidade dos que vivem de dieta: 100 gramas (aproximadamente 10 unidades) têm apenas 40 calorias. Claro que isso sempre pode ser resolvido, bastando adicionar leite condensado, creme de leite ou chantilly. 😉

A propósito, morangos com chantilly são uma combinação tão tradicional quanto erótica, bem como morangos com champanhe. A cor avermelhada da fruta, sua forma assemelhada à do coração e seu aroma inebriante contribuem para que desempenhe papel importante nos ritos da sedução. Quem nunca assistiu a 9 1/2 Semanas de Amor?

É possível encontrar morangos gostosos a um preço razoável até o fim de setembro. Prefira os que são vendidos em quitandas aos de supermercados, normalmente menos selecionados e mais velhos. Morangos frescos e de boa procedência podem durar duas semanas ou mais. Para isso, guarde-os na geladeira e lave-os apenas no momento de consumi-los. A água acelera o processo de deterioração dos morangos (essa dica também vale para folhas e diversas frutas).

Já que ainda temos pela frente alguns meses desse fruto delicioso, farei uma série de 8 receitas aproveitando-o:

Todas fáceis e gostosas. A primeira vai ao ar amanhã. Atualizarei este artigo com os links para as receitas conforme as for publicando.

Por hora, aproveite aqueles moranguinhos que estão esquecidos na geladeira e bata com leite e açúcar ou adoçante. Nada melhor que uma vitamina para um lanche rápido, gostoso e nutritivo.

As 10 Melhores Séries de Todos os Tempos

O Anderssauro me convidou para a melhor tag do mundo – ao menos para mim. Enquanto eu ainda preparava o texto, a Josluza também me fez o convite. A missão: escolher as 10 melhores séries de todos os tempos, em minha humilde opinião, claro.

Sou absolutamente viciada em seriados (meu perfil no orangotag não me deixa mentir). Se tivesse que escolher um único tipo de programação para assistir até o fim dos meus dias, escolheria os seriados sem pensar duas vezes. Eleger apenas 10 deles foi um desafio e tanto.

Desenhos animados e reality shows não fazem parte do meu conceito de seriado e, portanto, não entraram nessa lista.

Ao escolher cenas inesquecíveis, propositadamente desconsiderei finais de séries porque já são, em regra, impactantes. Aliás, alguns seriados são, rigorosamente, feitos de cenas que marcam, seja pelo drama, seja pela comédia. Minha escolha é parcial e pode não refletir minha própria opinião daqui a um mês ou dois.

Importante: pode haver spoilers nas Cenas Inesquecíveis.

A Lista

  1. House M.D.
  2. Star Trek: The Original Series (Jornada nas Estrelas: Série Clássica)
  3. Friends
  4. Sex And The City
  5. E.R. (Plantão Médico)
  6. Gilmore Girls (Tal Mãe, Tal Filha)
  7. Seinfeld
  8. Will & Grace
  9. Highway to Heaven (O Homem Que Veio do Céu)
  10. Heroes

Menções honrosas

Law & Order, Law & Order: Special Victims Unit e Monk: adoro as três, mas acompanho-as há a apenas três meses – pouco tempo para substituir minhas paixões.

Barrados no Baile, Dawson’s Creek, Anos Incríveis, Everwood e The O.C.: sim, eu me amarro num drama adolescente. Se a última temporada de The O.C. não tivesse existido, talvez a série entrasse na lista das 10 Mais.

Star Trek: The Next Generation, Star Trek: Deep Space Nine, Six Feet Under e The West Wing: o problema é que nunca consegui acompanhá-las sistematicamente. Sem contar que agüentar a versão dublada de Six Feet Under é dose pra leão.

Justice: série excelente que teve uma única temporada.

Acabou?

É oficial: nunca antes na história deste país um texto tão longo foi publicado num blog. Bom, pelo menos para o DF a afirmativa é verdadeira. O artigo original ficou com a bagatela de 6.607 palavras, em 678 sentenças. Dada essa enormidade, dividi-o em 10 partes. Para ler sobre uma das 10 séries que elegi, basta clicar no link respectivo, na lista acima.

Eu deveria convidar blogueiros pra dar seguimento a essa tag. Como, porém, ela já rodou a blogosfera, prefiro não indicar ninguém – se você ainda não está participando e quer entrar na roda, sinta-se convidado(a).

Depois dessa trabalheira toda, quem merece um dia de folga sou eu. 😉

House M.D.

Este artigo é a primeira parte da tag As 10 Melhores Séries de Todos os Tempos.

House M.D.Fazia uma eternidade (desde 1991, para ser exata) que eu não viciava numa série com tamanha rapidez e intensidade. House me fisgou no primeiro episódio. Tanto que a principal razão para mudar de serviço de tv a cabo foi o fato de não contar com o Universal Channel (que exibe House e outras séries bacanas) na minha antiga prestadora.

House é uma série médica que aprofunda os relacionamentos entre os personagens. A diferença para outras do estilo é que o protagonista é um anti-herói rabugento, arrogante, viciado, quase insuportável – mas genial. O que você prefere? Um médico bonzinho que não assume responsabilidades e riscos, ou um teimoso e tremendamente irritante, mas que salvará sua vida?Diagnóstico diferencial, gente!

O technobabble costuma ser bem pesado, mais que em outras séries médicas. O interessante, porém, não é a resolução dos casos médicos, mas como os personagens interagem ao resolvê-los. Greg House conta com três empregados nessa tarefa. Lida, ainda, com a diretora do hospital, com o (único) amigo e, regularmente, com advogados e pacientes revoltados.

House assume, quase com um mantra, que todo mundo mente; assim, não vê necessidade de entrar em contato com os pacientes que, certamente, contarão mentiras que dificultarão o diagnóstico. Na verdade, evita relacionamentos como o diabo foge da cruz. Não perde tempo em repelir uma boa intenção com uma palavra seca. Conquista inimigos por onde passa. Ainda assim, conta com admiração quase irrestrita no campo profissional e, veja só, algumas pessoas com quem ele trabalha até gostam dele.

Personagem Favorito

O mau-humorado Dr. Gregory House (Hugh Laurie).

Cenas Inesquecíveis

Alguns episódios antes da separação.Em Need to Know (segunda temporada), House dispensa Stacy, seu único amor, de uma vez por todas:

House: Como você acha que isso vai acabar? Seremos felizes por quanto tempo? Algumas semanas, alguns meses. E então, eu direi algo insensível, ou começarei a ignorar você. No começo, tudo bem. É só House sendo House. E depois, em algum momento, você precisará de algo mais. Precisará de alguém que possa te dar o que eu não posso. Você sabe que eu estou certo. Eu já passei por isso antes.
Stacy: Não tem que ser assim.
House: Tem, sim. Não quero passar por isso de novo. Sinto muito, Stacy.

Em seguida, está sozinho, no telhado do hospital. O Grilo Falant- digo, o dr. Wilson chega:

Wilson: O que você disse a ela?
House: Eu disse a ela que ela ficará melhor sem mim.
Wilson: Huh. Provavelmente, é verdade.
(Pausa para House tomar suas bolinhas.)
Wilson: Você é um idiota. Você não acredita que ela ficará melhor sem você.
House: Certo. Eu a dispensei por capricho.
Wilson: Você não faz idéia de por que a dispensou.
House (dando-lhe as costas): Não faça isso.
Wilson: Não há nenhum grande sacrifício aqui! Você a dispensou porque você tem que ser infeliz.
House (voltando-se para Wilson): Esse tipo de psico-lixo ajuda seus pacientes durante as longas noites? Ou é só para você? Confrontar, ajudar as pessoas a sentirem suas próprias dores, te dá prazer?
Wilson: Você não gosta de si mesmo. Mas você admira a si mesmo. É tudo que você tem, então você se agarra a isso. Você tem tanto medo de que, se mudar, perderá o que o torna especial. Ser infeliz não o faz melhor que ninguém, House. Apenas o faz infeliz.

No episódio Clueless (segunda temporada), A dra. Cameron aposta com House que o casamento do paciente do dia é excelente. Durante a trama, descobre-se que não é bem assim e House, pra variar, ganha a aposta. Cameron vai à sala dele entregar o dinheiro e fala:

Cameron: Você está contente. Você acredita que provou que todo casamento é um erro.
House: Eu pareço contente?
Cameron: A ignorância é uma bênção.

O embate entre médico e pacienteEpisódio One day, one room (terceira temporada), um dos melhores da série: uma paciente vítima de estupro insiste em ser tratada por House, que tenta recusar o caso de todas as formas, que simplesmente não o interessa. São vários os embates. Eis o que dá o título do episódio:

Eve, a paciente: Sua história – ela é verdadeira?
House: É verdadeira para alguém.
Eve: Mas não pra você.
House: Coisas assim acontecem. Aconteceram com outras pessoas. Que diferença faz se aconteceu comigo?
Eve: Elas não estão neste quarto.
House: Você vai basear sua vida inteira em quem está preso num quarto com você?
Eve: Eu vou basear este momento em quem está preso num quarto comigo! É isso que a vida é: uma séries de quartoes, e as pessoas com quem ficamos presas nesses quartos definem o que nossas vidas são.

A mais bela fotografia de House M.D., até o momento.Neste mesmo episódio, One day, one room, tem-se a mais bela fotografia da série até o momento, além de um profundo debate sobre o aborto.

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Star Trek: The Original Series (Jornada nas Estrelas: Série Clássica)

Este artigo é a segunda parte da tag As 10 Melhores Séries de Todos os Tempos.

“O espaço, a fronteira final. (…) Audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve.”

Jornada nas Estrelas: Série ClássicaLembra que falei que desde 1991 uma série não mexia tanto comigo quanto House? Pois então. Conheci Star Trek naquele ano, quando a falecida TV Manchete reprisou as duas primeiras temporadas da série clássica, além da primeira temporada de Jornada nas Estrelas: A Nova Geração (Star Trek: The Next Generation). Eu tinha uns 12 anos e, enquanto minhas amigas sonhavam com o Tom Cruise ou com o Brad Pitt, eu suspirava pelo Spock (certo, pode rir).

Spock, Kirk e Mccoy.O destaque da série é o relacionamento entre Kirk, Spock e McCoy, que já rendeu tratados. As filhas de ST:TOS, por melhores que sejam, não conseguiram reproduzir essa sinergia entre seus protagonistas. A Nova Geração foi, inclusive, alvo de duras críticas por privilegiar a exploração do espaço em detrimento da exploração das personagens, corrigindo-se ao longo das suas sete temporadas. A fórmula do trio original, porém, jamais foi igualada.

Outra constante era a luta pela destruição de preconceitos e estereótipos. A série apresentou o primeiro beijo inter-racial da televisão norte-americana, além de incluir um japonês, um russo e uma negra em seu elenco principal – isso pouco após a Segunda Guerra Mundial, em plena Guerra Fria e poucos anos após o fim dos ônibus com assentos separados para brancos e negros no estado do Alabama.

Star Trek rendeu-me boas amizades e ótimos momentos de diversão, numa era pré-internet, em que os encontros aconteciam ao vivo e a comunicação à distância valia-se das velhas cartas.

Personagem Favorito

Sr. Spock (Leonard Nimoy), o meio-vulcano que prima pela lógica e controla suas emoções.

Cenas Inesquecíveis

Kirk tem de deixar seu amor morrer em A Cidade À Beira Da Eternidade. Em The City on the Edge of Forever (A Cidade à Beira da Eternidade, primeira temporada), considerado por muitos fãs o melhor episódio da série, Kirk precisa deixar que sua amada, Edith Keeler, morra para que o curso da História seja restabelecido. McCoy, que ainda não sabe disso, tenta salvá-la de um atropelamento; Kirk o impede, retendo-o e, ao mesmo tempo, abraçando o amigo em busca de consolo.

Spock dá um sorriso enorme ao saber que seu amigo está vivo.Em Amok Time (Tempo de Loucura, segunda temporada), Spock pensa ter matado seu capitão e amigo, James Kirk. Pra variar, o dr. McCoy interveio a tempo e salvou a vida de Jim. A cena em que o primeiro oficial descobre que Kirk está vivo é impagável: Spock agarra Jim pelos ombros, gira com ele e abre um sorriso de orelha pontuda a orelha pontuda – ou seja, faz tudo que um vulcano jamais faria, externando sua alegria por ver o amigo vivo.

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