Se eu te dissesse a quantidade de livros sobre vampiros que já li ou que aguardam na estante de casa, você se surpreenderia – e todos adquiridos pré-Crepúsculo, que essa coisa de vampiro do bem não me convence.
Entre os da estante, estão três do brasileiro André Vianco: Os Sete, O Vampiro-Rei Vol. 1 e O Vampiro-Rei Vol. 2 (e nesse momento ouço a voz do Bento Carneiro, o “vampiro brasileiro”). Comecei por Os Sete, meio (ok, muito) receosa. E não é que a história é bacana?
Uma grande caixa de prata guarda há quase 500 anos sete cadáveres. Gravada na caixa, uma mensagem de alerta: “Nobres homens de bem, jamais ouseis profanar este túmulo maldito. Aqui estão sepultados demônios viciados no mal e aqui devem permanecer eternamente. Que o Santo Deus e o Santo Papa vos protejam”. Ainda se lêem sete palavras: Lobo, Tempestade, Inverno, Gentil, Espelho, Acordador e Sétimo. Sete nomes. Os Sete.
Claro que a mensagem é ignorada, claro que o túmulo de prata é aberto e aí começa a aventura por terras riograndenses (com uma passagem por São Paulo). Cada cadáver é um vampiro, cada vampiro guarda um poder especial. A partir daí, os amigos que descobriram o “tesouro”, os estudiosos e o Exército Brasileiro juntam forças para derrotar os demônios.
Não faltam cenas insólitas, apropriadas para um livro de fantasia. A mocinha e o herói também estão lá. O mistério é desvendado gradualmente, sempre preservando-se alguma emoção para as páginas seguintes. Perseguição, luta e suspense fecham o pacote desse romance que, se não é sensacional, é bastante honrado, com um bom ritmo e uma escrita fluente (embora merecesse uma pequena revisão). Fiquei curiosa pela continuação, Sétimo, mas só depois de zerar os livros acumulados.
Ficha
- Título: Os Sete
- Autor: André Vianco
- Editora: Novo Século
- Páginas: 380
- Cotação:
- Encontre Os Sete.
André Vianco, novo autor? Bom, enfim, li A Casa e não gostei do estilo do homem. Lendo esses fragmentos que você reproduziu d’O Sétimo, e contando seu enredo, me faz pensar que também não gostarei deste. Muito “pastelão” pro meu gosto
@Marconi, o Desafio Literário permitia uma boa margem de escolha no tema “novos autores” e o fato é que o André Vianco não é conhecido do grande público. Esse foi o meu critério, somado ao fato de eu ter três livros dele parados em casa.
Lu, você cumpriu o critério do DL. E sua justificativa de escolha é pertinente. Quer dizer que autores que começaram na década de 90 não são novos? Claro que são. As pessoas andam contando o tempo de forma muito acelerada hoje em dia. Quanto a temática vampiresca, confesso não gostar muito. Mas é uma boa ver a sua descoberta da obra de André Vianco.
Beijocas