“O Exorcista”, de William Peter Blatty. Leitura de setembro/outubro do #quemteviuquemteleu.
No início, uma escavação arqueológica no Iraque desenterra a figura de um demônio misterioso. Corta para os Estados Unidos, onde Regan, uma menina que acaba de fazer 12 anos, começa a apresentar sintomas incomuns. Após descartar enfermidades psiquiátricas, a mãe, ateia, recorre ao Padre Karras, da congregação na mesma rua, certa de que sua filha precisa de um exorcismo. Karras, por sua vez, tem problemas pessoais e questiona a própria fé.
Os elementos são ótimos, mas a execução é fraca. Metáforas vazias, digressões monótonas, personagens mal desenvolvidos, situações potencialmente interessantes que acabam mal aproveitadas. A escavação é mais ignorada no livro que no próprio filme, e eu esperava um maior desenvolvimento, já que tempo não seria um problema no livro. Padre Merrin fica só no potencial mesmo. Dá a impressão de que o autor não teve paciência para aperfeiçoar a própria ideia, queria apenas terminar logo a narrativa.
Sem dúvida é um caso de o-filme-é-melhor-que-o-livro. Vi a versão do diretor no cinema e recomendo o filme pra quem curte histórias de terror.
Estrelinhas no caderno: para o livro, para o filme (versão do diretor).