Montevidéu – como chegar e onde ficar

Veja todos os textos sobre Buenos Aires e Montevidéu.

Sim, claro que você pode chegar de avião, e também pode usar as milhas/pontos acumulados. Tudo que eu disse sobre Buenos Aires vale para Montevidéu – inclusive que os pacotes vendidos pelas agências de viagens não compensam se você está viajando só. Aliás, pode assumir isso como regra geral: em caso de viagem solo para o exterior, pacotes não compensam financeiramente. Para viagens dentro do Brasil, há casos em que compensam, mas ainda assim vale pesquisar.

(Honestamente, não sei como as agências de viagens sobrevivem em tempos de internet.)

Acontece que saí de Buenos Aires pra chegar a Montevidéu, e aí o melhor jeito de viajar não é de avião, mas de navio (ou buque).

No Buque, de Buenos Aires a Montevidéu.
Quem quis, viajou sem ninguém ao lado.

São duas as empresas que fazem esse trajeto: Buquebus e Seacat. A Seacat não tem barcos diretos pra Montevidéu – é necessário desembarcar em Colônia do Sacramento (fundada pelos portugueses, é a mais antiga cidade uruguaia) e tomar um ônibus até Montevidéu. A viagem fica mais cansativa, mas há mais opções de horários e as tarifas são menores.

A Buquebus tem dois trajetos: pode passar por Colônia (a passagem de ida e volta sai por uns 160 reais) ou ir direto a Montevidéu, com ida e volta por 350 reais.  Sim, a diferença de preço é grande, mas pra mim foi compensada pela menor duração da viagem. Veja o que fica melhor pra você. E compre a passagem com a maior antecedência possível, para garantir as melhores tarifas.

O terminal de embarque lembra em tudo um aeroporto. Você chega uma hora antes da partida, despacha as malas (mas vi gente embarcando com malas grandes), entrega o papel xexelento que recebeu ao entrar na Argentina (o papel da imigração, que eu só não joguei fora porque meu santo é forte), recebe outro para entrar no Uruguai (bem mais apresentável) e vai para a sala de embarque. Os lugares no barco não são marcados e é comum os passageiros fazerem uma fila de malas junto ao portão de embarque. Nem me preocupei com isso: era uma segunda-feira, havia poucas pessoas embarcando e o buque é, digamos, enorme.

Freeshop e primeira classe.
Freeshop e primeira classe (acima).

Quando entrei no barco, pensei “isso sim, é jeito de viajar”. Sério, conforto pouco é bobagem. Poltronas grandes, lanchonete com dezenas de opções (você paga, e eles não aceitam cartões, só “efectivo” – dólares ou pesos), um freeshop pra passar o tempo e, maravilha das maravilhas, wi-fi durante todo o percurso. Também tem sinal de celular e, embora tenha visto alguns passageiros fazendo uso, não ouvi nenhum deles – os hermanos são educados e falam baixo ao telefone (tenho horror só de pensar como será quando liberarem os celulares nas rotas aéreas brasileiras). Há um mezanino para a primeira classe, mas francamente, o conforto na classe turística é tanto e a viagem é tão curta que não se justifica pagar mais caro.

E a paisagem… a paisagem é belíssima, especialmente se você chegar a Montevidéu por volta das seis da tarde (fora do horário de verão), quando tem o bônus de assistir ao pôr-do-sol no Rio da Prata. Rio esse que, aliás, passa muito bem por mar, com direito a água a perder de vista e  uns sacolejos logo que o barco sai do porto (nada que justifique tomar dramin ou carregar um saquinho a tiracolo). Minha única queixa, de fato, é não ter um deque para apreciar melhor o passeio. As escotilhas são de plástico, como as de avião, e por isso as fotos não fazem jus ao cenário.

Pôr-do-sol no Rio da Prata.
Pôr-do-sol no Rio da Prata.

Para aproveitar melhor a viagem, sente-se do lado esquerdo do buque e, claro, na janelinha. Ah, sobre o freeshop: ele abre meia hora depois do barco deixar o porto e fecha meia hora antes de atracar em Montevidéu (funciona em águas internacionais). É pequeno, mas bem servido em cosméticos e guloseimas. Aceita cartões e os preços são similares aos de Ezeiza (mas em Ezeiza encontrei ótimas promoções que não vi por lá).

Chegando ao terminal de desembarque, tenha paciência: a barreira sanitária é rigorosa e, por isso, a fila é lenta. Não porte alimentos in natura, ou terá de deixá-los no terminal. Vi um passageiro ser incomodado por transportar quatro ou cinco garrafas de uísque, mas não assisti ao desfecho.

Pronto, você está em solo uruguaio. Pegue um táxi na frente do terminal de desembarque e siga para o hotel.

Aliás, falando em hotel…

Tenho uma confissão a fazer. Os textos do Uruguai não serão tão detalhados quanto os da Argentina (ou os outros de viagens que qualquer hora vou escrever) porque foi muito menos uma viagem de turismo e muito mais um reencontro de duas amigas que se adoram e maldizem a distância pelo menos uma vez por semana: eu e a Nospheratt. Tive a honra de ficar hospedada na casa dela. Divertimo-nos muito, conversamos mais que o homem da cobra e dormimos de madrugada todos os dias pra (tentar) colocar o papo em dia. O resultado é que turistei pouco por Montevidéu.

Obviamente, portanto, não posso contribuir com conhecimento de causa no quesito “hospedagem”, mas aconselho o Íbis (Rede Accor). A diária custa cerca de 120 reais e a localização é excelente: na Rambla (orla), de frente para o Rio da Prata, a poucos minutos do centro e do Shopping Punta Carretas.

Tem mais dicas de onde se hospedar em Montevidéu? Compartilhe no formulário de comentários!

Buenos Aires – gastronomia

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Adoro turismo gastronômico, mas confesso que não aproveitei Buenos Aires tanto quanto poderia nesse aspecto. Saía para bater perna antes das 10 da manhã, voltava para o hotel exausta às 7 da noite e, geralmente, não tinha ânimo para ir aos restaurantes. Para complicar, vários lugares pedem reserva e eu não queria engessar meu dia.

Teto do Café Tortoni
Café Tortoni.

Vai daí que meu turismo gastronômico ficou centrado nos cafés e padarias, e devo dizer que a capital argentina está muito bem servida neste ponto. As empanadas deles são as nossas coxinhas. Encontrei empanadas assadas em todo canto e empanadas folhadas na confeitaria London City (Avenida de Mayo, 599), deliciosas. Em tempo: sob nenhuma circunstância peça empanadas nos kioskos 24 horas espalhados pela cidade – as chances de se deparar com algo pior que salgado de praia da semana passada são grandes.

Buenos Aires tem um circuito de cafés notáveis, ou cafes notables, que se destacam pela importância cultural ou histórica para a cidade. O London City é um deles. O Café Tortoni (Avenida de Mayo, 825) é o mais famoso do roteiro e está sempre cheio à noite, quando exibe um show de tango. Se não quiser perder a viagem ou esperar na fila, prefira conhecê-lo de manhã. A decoração é belíssima e só por ela já vale visitar.

Outro que está no roteiro é o Richmond (Florida, 468). Nele descobri que o nosso hambúrguer é conhecido por lá como “milanesa” – e eis aí uma excelente opção de almoço, já que é (muito bem) servida no prato.

Sendo fã do filme Evita, foi atrás da Confitería Ideal, em que foi filmada uma das minhas cenas favoritas: a canção “Oh What a Circus”. Achei o lugar, entrei, sentei… tomei uma coca zero e saí correndo. Embora faça parte do circuito de cafes notables e tenha um site com belas fotos, o lugar exala decadência, desleixo e abandono (nem vou dizer o que ele exala em sentido literal).

As padarias são uma ótima alternativa para lanches rápidos. Na Calle Defensa, esperando a Feira de San Telmo pegar fogo, encontrei a La Continental; a La Quintana foi um achado do dia de compras pelos outlets e fica na esquina da Scalabrini Ortiz com a Corrientes, a dois passos da estação Malabia da linha B do metrô.

O atendimento nos cafés e padarias não é, como direi, paulista. Os garçons não estão sempre a postos, não atendem rapidamente e, na verdade, não parecem ter pressa pra nada. Pode ser porque os 10% venham em nota separada e sejam, realmente opcionais (no Brasil, convenhamos, são quase obrigatórios), mas esse descaso acaba caindo bem, já que você pode usar o wi-fi gratuito do estabelecimento (o único lugar em que entrei e não tinha wi-fi foi o Havanna Café) sem pressa e sem sentir qualquer obrigação de consumir.

Não pode faltar uma parada na sorveteria Freddo (se não tiver tempo, peça do hotel que eles entregam). Todos os sabores que provei eram deliciosos, mas o de doce de leite é coisa de outro mundo.

Quanto à alta gastronomia, Buenos Aires concentra em Palermo a maior parte dos seus restaurantes internacionais. A Recoleta também conta com bons representantes e, claro Puerto Madero é visita obrigatória. A região não conta com tantos restaurantes – oito ou nove, talvez -, mas todos têm comida e atendimento de primeira, além de uma linda vista para o rio da Prata. Consegui comer sem fazer reserva no Bahia Madero, mas talvez tenha dado sorte, já que era cedo para os padrões dos argentinos. Às oito da noite, quando cheguei, o restaurante estava quase vazio. Saí depois das dez, e aí a casa já estava bem movimentada.

Os preços das refeições continuam muito favoráveis aos brasileiros (até McDonalds é mais barato por lá). No Bahia Madero, pedi entrada (uns bolinhos que de “inhos” não tinham nada, de espinafre e não me lembro mais o quê), prato principal (massa e molho com filé), sobremesa (crème brûlée), água e vinho por cerca de 75 reais.  Todos os pratos estavam deliciosos e muito (exageradamente) bem servidos.

Com este texto, encerro a viagem por Buenos Aires. A seguir: Montevidéu. 🙂

Buenos Aires – compras

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Quase não fiz compras em Buenos Aires, então não tenho muitas dicas para compartilhar. Preferi explorar a cidade, os museus, os parques, em vez de gastar o tempo todo em provadores. Apenas meu primeiro dia na capital argentina foi destinado ao consumo. Então, não tenho muito pra contar, mas vou fazer um esforço. 😉

Freeshop

O freeshop é realmente o ponto alto das compras em Buenos Aires. O da partida é qualquer coisa. Já tinham me dito que é grande, mas meu, é muito grande. Deixa os freeshops de São Paulo no chinelo. O da chegada em Ezeiza também é bom, mas bem menor que o da saída.

Quanto aos preços, são todos melhores que os do freeshop de São Paulo e que os da cidade de Buenos Aires. Maquiagem da MAC, por exemplo, é vendida na Calle Florida por quase o mesmo preço do Brasil; no freeshop, os produtos são entre 60% e 70% mais baratos. Perfumes também são muito mais baratos que em Buenos Aires. Fique de olho nas promoções, que podem representar preços ainda menores ou presentes bacanas junto com determinados produtos.

Dentre as marcas de cosméticos, Lancôme e Clinique valem muito a pena; MAC e L’Oreal também são bacanas. Dior e Channel são menos caras que aqui, mas muito caras ainda assim. Quanto aos perfumes, o freeshop tem trocentas marcas famosas a preços amigos.

A sessão de bebidas é enorme e os preços são ótimos (metade dos preços daqui, às vezes 25%… tinha uma promoção fantástica de Absolut), mas não me animo a carregar garrafas em viagem. Os chocolates também são variados (ah, os kitkats!) e baratos.

O freeshop de Ezeiza também tem roupas de grife, uma estante para Samsonite, outra pra Kipling, óculos (por preços ótimos), jóias, relógios e, claro, eletrônicos. Não achei que os preços de eletrônicos compensem se comparados aos do Submarino, que permite parcelamento e oferece garantia.

Foi no freeshop, voltando para o Brasil, que fiz a maior parte das minhas compras. Tive quase três horas pra passear por lá e garanto que nem fiquei entediada.

Outlets

Concentram-se na Avenida Córdoba e nas ruas adjacentes. Se quiser conhecê-los, desça na estação Malabia da linha B do metrô e caminhe umas cinco quadras em direção à Córdoba (lá saberão explicar direitinho). Vi muita modinha, bastante jeans e poucas lojas com roupas clássicas. Os preços eram bacanas, mas pouca coisa me interessou a ponto de provar. Comprei só uma jaqueta curta (spencer) por 50 reais.

A Córdoba tem uma ponta de estoque da Samsonite e outra da Primicia, e foi principalmente por isso que visitei a rua. Comprei uma mala da Primicia (que, apesar de brasileira, custa muito menos na Argentina) de tamanho médio, com quatro rodinhas 360º e compartimento principal expansível por menos de 250 reais. Uma bem semelhante estava à venda no outlet da Samsonite por 450 reais (e tinha um defeito pequeno no forro interno).

Perto da Córboda está a Calle Murilo, que dizem ser o lugar para comprar couro na Argentina. Eu até tinha intenção de ir, mas o cansaço me impediu.

A dica básica, aqui, é ir aos outlets durante a semana, quando estão tranquilos. Sábado não é dia de fazer compras, a menos que queira se aborrecer com a multidão e as filas.

A Paula fez um ótimo texto detalhando a região de outlets de Buenos Aires.

Calle Florida

Galeria Pacífico.
Galerías Pacífico.

A rua tem dezenas de lojinhas de roupas – algumas boas, outras nem tanto. Os preços são mais baratos que no Brasil, sim, mas é preciso garimpar.

As grifes reúnem-se nas Galerías Pacífico (Florida com Córdoba). Uma camiseta Lacoste é mais barata na Argentina? É: se aqui custaria 300 reais, lá custa 200, até 150. Eu continuo achando absurdamente cara, não dou valor a roupas de grife, mas pra você pode valer a pena. Em média, os preços das roupas grifadas são 30% mais baratos que no Brasil. O shopping vale a visita de qualquer forma, especialmente à noite, quando ganha uma bonita iluminação.

A maior parte dos outlets e das lojas da Calle Florida são “tax-free” (você solicita um formulário, preenche e tem cerca de 10% do valor da compra restituído quando estiver de partida, no aeroporto). As lojas de marcas estrangeiras não entram nessa: o “tax-free” vale apenas para produtos fabricados na Argentina.

A Florida tem inúmeras lojas de “couro”, mas é raro uma que tenha couro legítimo. Também guarda a loja de departamentos Falabella (próxima à Corrientes, bem bacana) e outras menos famosas, mas interessantes.

Depois das sete da noite, a rua (que, aliás, é uma peatonal, uma rua fechada para carros) fica tomada por camelôs vendendo tranqueiras chinesas, echarpes de todas as cores e artesanato. Para artesanato, recomendo dar um passeio pela feira da Recoleta, que ganha em preço e variedade.

Se você está com tempo e vontade de bater perna, vale subir duas ruas perpendiculares à Florida, a Corrientes e a Santa Fé: elas têm uma miríade de lojas de roupas e sapatos com bons preços.

E só porque eu já estava do lado, visitei o Abasto Shopping, que fica pertinho do Museu Casa Carlos Gardel. Achei as lojas bem mais pé-no-chão que as da Galería Pacífico e havia, inclusive, uma loja fantástica de sapatos de couro (pena que não encontrei a ankle boot que queria). Na frente dele, do outro lado da rua, tem uma megaloja de tênis, onde comprei um Reebok Classic por 130 reais (no Brasil, custa uns 200 – ok, às vezes menos, mas só vejo o preto e o branco por aqui; o meu é bege com um efeito marmorizado cinza).

Havanna Café

Eu me joguei na Havanna próxima ao hostel. Comprei várias caixas de alfajores e havannetes, pra consumo próprio e para presente. Os preços são menos da metade dos praticados pela rede em São Paulo. É uma ótima ideia de presente e, se você esquecer de passar lá durante a viagem, pode comprar os produtos no freeshop de Ezeiza (um tiquinho mais caros).

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Buenos Aires – Temaikèn

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Embora eu goste de jardins zoológicos, não tiraria um dia inteiro para conhecer mais um, especialmente em Buenos Aires, com tanta coisa para ver. Foi a insistência da Nospheratt (obrigada! :)) que me fez pensar que, ok, podia ser uma boa ideia passar um dia no Temaikèn. Para acabar com qualquer desculpa, a agência de turismo do Hostel Suites Florida oferecia um pacote com transporte e ingresso por uns 140 pesos (cerca de 70 reais). Vai daí que resolvi passar o sábado no Temaikèn… e não me arrependi.

Viveiro pelo lado de fora.
Viveiro pelo lado de fora. Dá pra ter uma ideia de como funciona.

O Temaikèn não é somente um zoológico, é um bioparque. Agrega jardim zoológico, jardim botânico, aquário e museus de história natural e de antropologia. O forte são as aves; o Temaikèn começou justamente pelo interesse de seus donos pelas aves, que passaram a mantê-las em um viveiro normal que foi crescendo, crescendo e, por fim, transformou-se numa megaestrutura. Dentro do Temaikèn há restaurantes, lanchonetes, parquinho para a criançada, mini-fazenda… e mais de 5.000 animais do mundo todo, inclusive 2.500 aves de 200 espécies diferentes, vindas de todas as partes do mundo.

O mais bacana do parque é que você não vê as aves separadas por telas de arame; a maior parte delas está em viveiros gigantes nos quais o visitante entra e pode apreciá-las sem qualquer tipo de obstáculo. Eles são separados por continente (Eurásia, América, África e Oceania) e reproduzem a fauna e a flora do bioma original. Também há espécies que transitam fora dos viveiros.

Guepardos.
Banho de gato.

Os cuidados para recriar ecossistemas não se limitam às aves. Os colobos, por exemplo, que são primatas de origem africana, só ficam expostos à temperatura ambiente quando ela é superior a 16ºC; abaixo disso, contam com um espaço climatizado para ficarem confortáveis. Os felinos têm as maiores áreas que já vi em um zôo, com árvores, pedras e acidentes de terreno.

Aliás, os felinos são um caso à parte. Para quem tem gatos, é uma graça ver como esses parentes selvagens – e enormes – possuem o gestual e as brincadeiras dos nossos bichinhos domésticos. Os guepardos ficam separadas do público apenas por um painel de vidro de poucos centímetros. São ativos e brincalhões, fazendo a alegria dos visitantes a qualquer hora do dia. Os tigres estavam dormindo escondidos quando passei pelo espaço deles, ao meio-dia; mas às cinco da tarde estavam elétricos, brincando de emboscada o tempo todo.

Os aquários são outra parte imperdível do Temaikèn, com destaque para o de tubarões. O teto da entrada é de vidro e faz parte do aquário – você vê tubarões passando sobre a sua cabeça.

O cinema 360º tem uma pegada religiosa, mas vale a pena pelas belas filmagens e por alguns detalhes que tornam a experiência mais realista.

Sim, dá pra ver o hipopótamo mesmo dentro d'água.
Sim, dá pra ver o hipopótamo mesmo dentro d'água.

Comprar o passeio numa agência, como eu fiz, sai caro, mas é mais cômodo. A entrada para o Temaikèn custa uns 50 pesos, muito mais barato do que paguei, mas aí você tem de se virar com transporte. Não é um bicho de sete cabeças, mas é necessário pegar o a linha D do metrô até a Plaza Italia (em Palermo) e de lá pegar um ônibus para o Temaikèn, que fica na cidade de Escobar, a uns 50 quilômetros de Buenos Aires. Eu preferi pagar mais caro pela comodidade.

É passeio para o dia inteiro mesmo – o Temaikèn abre às 10 da manhã e fecha às 18 horas (19h no verão), e posso garantir que vale a pena chegar cedo e sair tarde. Eu sei, se a viagem é curta fica difícil tirar um dia inteiro só para o parque, mas vale anotar a sugestão e, se não usá-la na primeira viagem, guardá-la para a próxima.

Dica: se quiser comprar lembranças na loja do Temaikèn, faça-o cedo. Após as 17 horas, o lugar fica tão lotado que só com paciência chinesa dá pra comprar algo. A loja tem as lembranças de praxe – canecas, postais, camisetas e afins – e outras coisas fofíssimas, como suricatas de pelúcia.

Veja mais fotos do Temaikèn.