Peru 2025 – dicas e links úteis

Para planejar a viagem: blog Viaje na Viagem. O Ricardo Freire dá um roteiro detalhado e dicas valiosas sobre quando ir, quantos dias ficar, o que fazer, onde se hospedar, que circuitos de Machu Picchu escolher etc.

Para pesquisar e contratar hospedagem: Booking.com. Há vários sites de reservas, mas nem todos são idôneos. Nunca tive problemas com o booking.com. Vale a pena também verificar se o hotel tem site próprio e se nele oferece um preço melhor ou alguma outra vantagem, como café da manhã incluído na diária. Hospedagens contratadas nessa viagem:

Em Lima, reservei um apartamento no AirBnB.

Para pesquisar e contratar passeios: Viator, mas vale a pena pegar o nome da empresa de turismo na página do passeio e pesquisar pra ver se tem site próprio e se o preço é melhor. Contratei os seguintes:

Para pesquisar passeios e atrações turísticas, verificar as avaliações dos viajantes e contratar diretamente ou pela página da empresa de turismo: TripAdvisor. Foi lá que descobri a degustação de vinhos; no TripAdvisor, não era possível contratar só para uma pessoa, mas mandei um email para a agência e consegui.

O boleto turístico é imprescindível para conhecer os museus de Cusco e as ruínas do Vale Sagrado. O site oficial explica os tipos de boleto. O recomendável é comprar o geral, que dá acesso a todos os sítios arqueológicos durante dez dias. A compra deve ser feita ao se visitar a primeira atração, ou na Cosictuc (no centro de Cusco). Agentes de viagens vendem o boleto com ágio, não vale a pena.

Os ingressos para Machu Picchu devem ser comprados no site oficial com a máxima antecedência possível. De manhã, fiz o Circuito 1-B (panorâmico); à tarde, fiz o Circuito 2-A (pela cidadela); na prática, o controle existe para acessar a rota 1 (sem discriminar entre A ou B; a A inclui o Puente Inca, que estava interditado quando fui) ou a rota 2 (sem discriminar entre A ou B).

Se não conseguir comprar os ingressos no site, é possível concorrer a um sorteio na véspera no prédio do Ministério da Cultura em Aguas Calientes.

Não é necessário contratar guia para entrar no sítio arqueológico. Sabe-se muito pouco sobre Machu Picchu. O guia poderá apresentar hipóteses, mas nada é comprovado. Recomendo fazer o passeio sem guia para ter tempo e liberdade de tirar fotos e contemplar as ruínas. Você pode ler antes da viagem sobre os incas, ou valer-se de passeios guiados pelas outras ruínas (em Lima, Cusco e no Vale Sagrado), e chegará em Machu Picchu com informação mais que suficiente para desfrutar do passeio.

O deslocamento até Aguas Calientes (que atualmente prefere ser chamada de “Machu Picchu Pueblo”) é feito de trem (alta temporada) ou de ônibus+trem (baixa temporada). As empresas são a Inca Rail e a PeruRail. Comprei as passagens online no site da PeruRail, sem necessidade de trocar os vouchers eletrônicos na bilheteria (aparentemente, no caso da Inca Rail a troca é necessária). Viajei de classe econômica. O trem é bem confortável e o transbordo para o micro-ônibus é tranquilo, feito com a orientação e acompanhamento de uma funcionária da companhia.

De Aguas Calientes a Machu Picchu, o trajeto é feito em micro-ônibus. Comprei no site da única operadora, a Consettur, mas é possível fazer a compra no local, na véspera. Já tendo a passagem, é importante chegar ao ponto de embarque pelo menos 40 minutos antes do horário marcado para entrar em Machu Picchu.

Restaurante em Aguas Calientes: há dezenas, escolhi o Pueblo Viejo e depois descobri que é o número 1 no TripAdvisor.

Um guia comentou que o Banco de la Nación não cobra comissão para saques em pesos efetuados no caixa automático. não cheguei a testar. O BCP cobra 36 soles (independentemente do valor do saque).

Se você vir um prato com coxinhas de galeto bem moreninhas, atenção: é cui (porquinho-da-índia).

Compilado da viagem à Oceania

Como sempre acho melhor ter meus textos sob meu controle, trago para cá os textos que fiz no instagram durante a viagem a Nova Zelândia e Austrália, de 25/02/2023 a 18/04/2023.

Os textos não farão muito sentido sem as fotos, mas esta entrada é para registro próprio, no velho estilo “diarinho”. Em todo caso, incluí links para o instagram e, se você tiver alguma pergunta, terei prazer em responder nos comentários.

Auckland, postado em 04/03/2023

Olá, diretamente da Nova Zelândia! Vim pro outro lado do mundo pra aprimorar o inglês e, claro, pra conhecer outros países.

Estou em Auckland, considerada a menos neozelandesa das cidades, justamente pela quantidade de turistas e estudantes de outros países, especialmente asiáticos.

Ainda assim, chamam a atenção duas coisas tipicamente neozelandesas: a política inclusiva e a natureza exuberante (vejam o tamanho dessas árvores em plena cidade).

A região tem uma série de vulcões extintos e visitei o Mount Eden, que proporciona uma vista linda da cidade.

A ocupação de espaços públicos é incentivada pela prefeitura, tudo é muito limpo e bem cuidado, as calçadas são amplas, a faixa de pedestres é respeitada, os cruzamentos têm semáforos para pedestres.

O custo de vida é alto, mas as pessoas são bem remuneradas. O salário mínimo é de 21.20 dólares a hora, e em abril irá para 22.70. A maioria das loja abrem até as 17h no máximo (algumas fecham às 15h ou 16h), várias não abrem aos fins-de-semana.

Por outro lado, tenho visto muitas pessoas em situação de rua (concentram-se na região mais turística), e vários pequenos negócios quebraram durante a pandemia.

Uma semana já foi, tenho mais duas.

https://www.instagram.com/p/CpYKBTSPGFW/

Auckland, postado em 11/03/2023

O Museu Memorial da Guerra de Auckland, ou simplesmente Auckland Museum, fica dentro do belo parque chamado Auckland Domain, que por si só vale uma viaira.

O andar térreo é dedicado à arte e a cultura maori e também apresenta outras tribos do pacífico sul, com traços culturais e linguísticos bastante semelhantes.

O primeiro andar trata de história natural, apresentando fósseis e animais empalhados, além da geologia local. Há uma simulação de abalo sísmico causado por erupção vulcânica bem interessante. Da pra ver o moa, ave extinta de mais de 3 metros e mais de 200 quilos, e os kiwis, que felizmente ainda existem.

O último andar é o memorial propriamente dito. Apresentam-se as guerras entre os maori e os colonos ingleses (1845-1872), que quebraram o tratado de 1840 que garantia aos maori o domínio das suas próprias terras. Em seguida, o museu conta a participação dos neozelandeses nas duas Guerras Mundiais e em outros conflitos. A história das guerras ajuda a entender a formação da identidade neozelandesa.

https://www.instagram.com/p/CpqXWMTBUiQ/

Auckland, postado em 13/03/2023

Sábado foi um dia de aventuras!

O passeio começou com uma parada em um santuário de kiwis, em Otorohanga. Não fiz fotos porque kiwis são aves noturnas, a luz do celular (mesmo sem flash os afugenta).

Depois, visitei as Waitomo Caves, habitadas por glowworms que fazem o teto e as paredes parecerem uma noite estrelada. De novo, a claridade incomoda os animais, mas o cartaz dá uma ideia razoável. O Google diz que é um pirilampo, mas não é, não.

A parada seguinte foi nos Hamilton Gardens, que abriga algumas dezenas de pequenos jardins temáticos, relacionados a países ou movimentos artísticos. Bem bacana, daria pra passar uma tarde inteira lá. Em 50 minutos, deu pra ver a maioria dos jardins, mas quase correndo.

Então, o gran finale: a vista a Hobitton. O que era pra ser um set temporário acabou se tornando permanente, e vinte anos após as filmagens de “O Senhor dos Anéis” ainda é possível caminhar pela pequena vila de Bilbo e Frodo. O passeio de duas horas é recheado de curiosidades e termina com uma visita ao Green Dragon para uma cervejinha.

https://www.instagram.com/p/Cpv9J5lvPQW/

Auckland, postado em 16/03/2023

Todos os dias me impressiono com o tamanho das arvores de Auckland. Há inúmeros parques espalhados pela cidade, mas às vezes as árvores gigantes estão em uma calçada qualquer ou na beira da praia.

https://www.instagram.com/p/Cp14Ew7LA65/

Auckland, postado em 17/03/2023

O centro de Auckland é uma mistura de prédios antigos e moderno, às vezes em verdadeira fusão, como na primeira foto: o comprador do prédio antigo e do terreno foi obrigado a manter a fachada original e construiu seu edifício imediatamente atrás dela, colado mesmo.
#viagem #auckland

Arte de rua e o letreiro no fish market, que achei bem legal.

https://www.instagram.com/p/Cp6cSrjPyC7/ e https://www.instagram.com/p/Cp6ezVJvOSI/

Auckland, postado em 21/03/2023

As paisagens mais exuberantes da Nova Zelândia (aquelas do Senhor dos Anéis, exceto por Hobitton) estão na ilha sul. Auckland, porém, não decepciona, e mesmo sem sair da cidade a combinação de matas, colinas, mar e céu enche os olhos.

https://www.instagram.com/p/CqEWU7tBKUK/

Auckland, postado em 22/03/2023

Fotos de Auckland que não couberam nos posta anteriores:

  • Meat pie, que eles consideram uma comida típica da cidade (massa folhada e recheio de carne com molho cremoso, mas há várias variações, inclusive recheios doces)
  • Mount e One Tree Hill, vulcões inativos há séculos.
  • A praça pela qual eu passava para chegar à escola e que já me deixava contente logo cedo pelo verde.
  • Western Park, em Ponsonby, bairro badaladinho.
  • Árvore enorme no Albert Park.
  • Arte de rua (essa eu via da sala de aula).
  • Preparativos para a parada do St. Patrick’s Day.

https://www.instagram.com/p/CqGzjIBPet1/

Melbourne, postado em 23/03/2023

Melbourne se inspirou em Londres, Paris e Milão e se tornou sofisticada e glamourosa no séc XIX, quando ficou riquíssima graças à corrida do ouro. Edifícios e ideias dessa época se misturam a projetos contemporâneos e tornam a cidade atraente, interessantíssima e muito segura. Não foi sempre assim: nos anos 80, o centro era dominado pro gangues e tráfico de drogas. O poder público agiu e reverteu a situação nos anos 90 com iniciativas para ocupar as ruas, fomentando o movimento de pedestres e o comércio.

Que inveja…

https://www.instagram.com/p/CqJukigPHJZ/

Melbourne, postado em 25/03/2023

Melbourne é alternativa, diversa, hipster… e artística. A arte de rua é forte por aqui, com códigos e regras próprios (escritos e não escritos). Perder-se pelas ruas traz surpresas, mas vale a pena fazer um walking tour para saber mais sobre as vielas (lanes), galerias (arcades) e artistas da cidade. Fiz um com a @imfreemelbourne e recomendo.

https://www.instagram.com/p/CqNO3_TrsC7/

Melbourne, postado em 01/04/2023

O jardim botânico de Melbourne fica pertinho do centro, é lindo e tem entrada franca. Muitos locais fazem piquenique por lá. A última árvore do carrossel foi plantada em 1895! Bem em frente fica o Shrine of Remembrance, em memória dos soldados australianos mortos em guerras. Entrada franca também, com uma vista bem bonita da cidade.

https://www.instagram.com/p/CqgwK1UPeUX/

Melbourne, postado em 02/04/2023

Fui premiada com chuva no dia do passeio pela Great Ocean Road, mas mesmo sem sol as paisagens são muito bonitas. Ainda tivemos a sorte de ver dois cangurus (bem distantes, é verdade) e um koala fazendo o que koalas fazem melhor: dormir.

Não podia deixar de visitar Brighton Beach, com as famosas casinhas à beira-mar. Nesse dia o sol apareceu, mas fazia 14 graus, não se engane.

https://www.instagram.com/p/Cqh1ymrr2Xv/

Melbourne, postado em 04/04/2023

Passeios culturais grátis em Melbourne:

  • National Gallery of Victoria (são duas: uma para obras internacionais e outra para artistas australianos)
  • Australian Centre for the Moving Image (ACMI)
  • State Library e Museu de Melbourne, que custa 15 dólares, mas é de graça se você é estudante (a carteirinha digital do curso de inglês que fiz lá foi aceita).

Nas NGVs e no Melbourne Museum, tem visita guiada grátis. No ACMI, você ganha um cartão que permite salvar as informações das diversas peças em exibição e rever depois na internet.

Eu amo uma cidade, sabe.

https://www.instagram.com/p/CqnUDZMPRKR/

Melbourne, postado em 05/04/2023

Últimas fotos de Melbourne!

  • Scots’ Church, onde tive o prazer de conhecer o organista e maestro Douglas Lawrence.
  • Escultura em homenagem à Great Petition, um abaixo-assinado apresentado ao Parlamento em 1891 com mais de 30.000 assinaturas a favor do voto feminino. Apenas em 1908 o direito foi reconhecido e, para as indígenas, só em 1962. (A Nova Zelândia foi o primeiro país do mundo a garantir o voto feminino, em 1893, e sem discriminações).
  • Catedral de São Patrício, a maior da cidade.
  • Prahran Market, maravilhoso, uma espécie de Mercado Municipal de São Paulo, mas sem os golpes.
  • St. Kilda Beach.
  • Brighton Beach.
  • Yarra River, trecho próximo à minha hospedagem (se alguém quiser o contato, era um air bnb excelente e recomendo.

Estou em Sydney há 3 dias, fotos em breve!

https://www.instagram.com/p/Cqq_7FaPYa0/

Sydney, postado em 07/04/2023

Primeiras fotos de Sydney!

  • A Opera de Sydney é um espetáculo e farei um post só pra ela depois.
  • Darling Harbor, no dia em que cheguei (cedinho e frio).
  • Sede da prefeitura, de dia e à noite.
  • “We are not amused”, disse a rainha.
  • Galeria de Arte, prédio original e o mais recente, construído há poucos anos. Entrada franca.
  • Biblioteca Pública. Entrada franca.
  • Pavlova, sobremesa inventada na Austrália (mas os neozelandeses dizem que eles é que inventaram) em homenagem à bailarina russa.

https://www.instagram.com/p/Cqudp8Zrc4v/

Sydney, postado em 13/04/2023

As praias de Sydney são lindíssimas! Além disso, é realmente agradável estar em uma praia sem ambulante gritando, trocentas músicas tocando no volume máximo e gente bêbada sendo inconveniente (álcool e cigarro/vape são proibidos). Todo mundo se diverte.

As três primeiras fotos são de Bondi Beach, em seguida Manly Beach e as três últimas são de Watson’s Bay, que tem poucos trechos de praia (e não tão bonitos), mas tem sítios históricos e uma bela vista da cidade.

https://www.instagram.com/p/Cq_sv4NPQgN/

Sydney, postado em 14/04/2023

A arte de rua em Sydney não é tão vibrante quanto em Melbourne, mas tem seus bons momentos. A maioria das fotos foi feita em Newtown, bairro descolado um pouco afastado do centro; as três últimas são de Bondi Beach.

https://www.instagram.com/p/CrAeJzJLvlX/

Sydney, postado em 15/04/2023

Impossível não ficar fascinada pela Ópera de Sydney.

O formato de velas (ou conchas, dizem alguns) impressiona e é um feito de matemática e engenharia. As cerâmicas que revestem a construção (mais de um milhão delas) refletem a luz de diferentes modos. O arquiteto, Jørn Utzon, foi o segundo a ver sua obra listada pela UNESCO em vida (o primeiro foi o Niemeyer).

A construção demorou mais de 20 anos, o governo destituiu Utzon no processo e isso resultou em várias coisas mal feitas e muito dinheiro desperdiçado. Apenas após uma reforma de 10 anos (que acabou em 2022) a sala de concertos principal ganhou a qualidade acústica que sempre mereceu.

Além de fotografar o edifício de vários ângulos e de fazer a visita guiada, ontem tive o privilégio de assistir a um concerto nessa sala recém-reformada. Uma experiência emocionante.

https://www.instagram.com/p/CrE2CmkP9ig/

Sydney, postado em 17/04/2023

A Sydney Harbour Bridge é outro cartão postal inconfundível. Afinal, lá o ano sempre chega primeiro e os australianos fazem questão de fazer belas queimas de fogos para comemorar.

A ideia da ponte surgiu em 1890, mas a construção teve início em 1924 e se estendeu até 1932. A ponte gerava 1.400 empregos diretos e inúmeros indiretos, e diz-se que salvou a cidade da Grande Depressão justamente por criar tantos postos de trabalho durante aqueles anos sombrios. Seu apelido na época era “Pulmão de Ferro”.

A segurança para os operários era quase zero, e mesmo assim ninguém morreu (dizem) durante o processo. Houve alguns acidentes, inclusive um operário que caiu de uma altura de 50 metros e sobreviveu com apenas duas costelas quebradas. Ele foi recompensado com um relógio de ouro.

A famosa “escalada” da ponte custa mais de 300 dólares, é curta e desconfortável, mas tem gosto pra tudo, né? Eu preferi subir em uma das torres por 25 dólares. A vista é quase a mesma e inclui, claro, a Opera de Sydney.

https://www.instagram.com/p/CrIt2DVvkF5/

Sydney, postado em 26/04/2023

Passeios grátis bem legais em Sydney:

  • The Royal Botanic Garden.
  • Queen Victoria Building (QVB), de preferência depois que as lojas fecham, pra ver um “shopping” diferente, chique e com carpete.
  • State Library, que tem uma galeria com artistas locais de vários períodos e exposições temporárias, como a “Pride Revolution”, sobre a luta por reconhecimento e proteção do grupo LGBTQIA+ ao longo das últimas décadas.
  • Australian Museum, voltado para história natural e antropologia.
  • Justice e Police Museum, um tiquinho macabro mas muito interessante, sobre crimes. Vale lembrar que Sydney foi fundada pelos criminosos deportados da Inglaterra.
  • Museum of Sydney. A parte museológica é bem pequena, há exposições temporárias de arte.
  • Os belos parques e praças. Na foto, o Anzac Memorial, no Hyde Park.

https://www.instagram.com/p/Crg7WpYLwlJ/

Austrália, postado em 26/04/2023

Notinhas gastronômicas da Austrália:

  • Meus primeiros dumplings, no Tora Dumplings, em Melbourne.
  • A torta de carne (meat pie) é considerada uma especialidade australiana.
  • Há controvérsias (com a Nova Zelândia), mas os australianos afirmam que inventaram a pavlova.
  • Hot Cross Buns, que eles não inventaram, mas seguiram a tradição inglesa (como em outros quitutes).
  • Fish & Chips.
  • Espetinho de canguru (yep, come-se canguru, é uma carne silvestre, o bicho não tem predadores, reproduz adoidado e destrói plantações, por isso a caça é liberada).
  • Barramundi, peixe local.
  • Fish Market em Sydney, com bugs (um parente da lagosta) e Sydney oysters (as da bandeja preta; mais escuras do que estamos acostumados).

https://www.instagram.com/p/Crg8urOL9Rd/

Sydney, postado em 06/05/2023

Tanto a Nova Zelândia quando a Austrália fazem da inclusão e da diversidade bandeiras. Melbourne nem precisa de palavras para deixar claro seu apreço por essas causas, mas foi em Sydney que tive a maior surpresa.

Estava indo do ônibus pra Bondi Beach e de repente as ruas foram ficando mais e mais coloridas. Pensei que talvez fosse época da Pride Parade, mas o Google disse que não (tinha sido no fim de fevereiro). Uma pesquisa extra revelou que eu estava na Oxford Street, centro da cultura LGBTIA+ em Sydney. Na volta, desci a pé para conhecer a área. Era um sábado e pude aproveitar duas feiras de artesanato, além de ver pessoas de várias idades e identidades de gênero aproveitando o dia de folga, num clima leve, despreocupado. O bairro é Waverley e a subprefeitura tem um arco-íris pintado na entrada (penúltima foto). Novamente achei incrível ver o poder público apoiando abertamente a diversidade.

Num outro dia passeei por Newtown, uma área hipster que faz parte da região chamada Inner West, cuja subprefeitura também apoia a diversidade de gênero (última foto).

https://www.instagram.com/p/Cr5X-95OeQj/

Sydney, postado em 06/05/2023

Essa é pra encerrar os posts de viagem. Um cachorro falante na frente do Queen Victoria Building, cangurus em meio a vinhas (as uvas já tinham sido colhidas, ou estariam cobertas com redes para evitar que comessem todas) e, claro, a Ópera de Sydney.

https://www.instagram.com/p/Cr5YloUOO0i/

Free Walking Tour em São Paulo

Edifício Itália
Edifício Itália

É um clichê: a gente deixa de fazer turismo na cidade em que mora. Tenho tentado reverter isso, especialmente considerando que há tanto o que ver e fazer em São Paulo.

Sempre que viajo, busco free walking tours, que são simplesmente roteiros a pé guiados por um local (nem sempre um guia turístico no sentido formal) e gratuitos, ou melhor, remunerados mediante gorjeta – o turista fica livre para dar quanto quiser, inclusive nada. Descobri os free walking tours em 2015, no Chile, e desde então já fiz vários. Chegou, então, a hora de fazer um em São Paulo!

Na internet você encontra todas as informações relevantes sobre o São Paulo Free Walking Tour: ponto de encontro, horários, roteiros disponíveis e detalhes dos percursos. Escolhi o percurso pelo centro histórico (Old Town), embora já conhecesse algo dele (muito menos do que eu imaginava, como descobri durante o passeio), porque a área é um tanto perigosa para um turista sozinho e, estando em grupo, seria possível tirar umas fotos.

Edifício Matarazzo (Prefeitura)
Edifício Matarazzo (Prefeitura)

O passeio começa na Praça da República com us 15 minutos de História do Brasil (irrelevante pra gente, que aprendeu na escola, mas interessante para os estrangeiros, que compõem a grande massa do público). De lá, segue para o início da Rua da Consolação, fala sobre as opções de diversão no centro e no Baixo Augusta, passa pela Biblioteca Mário de Andrade e pelo Theatro Municipal, vai até o Vale do Anhangabaú, atravessa o Viaduto do Chá e conta a história do Edifício Matarazzo (sede da prefeitura). Na região seguinte, que já reuniu os bancos mais importantes da cidade, o passeio destaca a Bolsa de Valores e o Centro Cultural Banco do Brasil. Após uma pausa para lanche e banheiro, o grupo segue para a Catedral da Sé (com visita interna), passa pelo Centro Cultural Caixa e caminha até o Pátio do Colégio, onde São Paulo foi fundada. Em seguida, passa pelo prédio do Banespa (agora Farol Santander) e pelo Edifício Martinelli. A caminhada termina perto do Mosteiro de São Bento.

Vale do Anhangabaú
Vale do Anhangabaú

Durante o passeio, a guia – a minha foi a Natalí – destaca opções de entretenimento, lanches, restaurantes e visitas culturais. Além disso, logo no começo cada turista recebe um mapinha e alguns cupons de desconto. Pena que vencem rápido (fiz o tour dia 22/09 e os cupons vencem dia 30/09), mas para quem está de folga mesmo o tempo é suficiente para aproveitar dois ou três descontos. Um dos cupons dá uma capirinha (no bar Ramona), outro dá desconto em sandálias Havaianas, ou seja, foram (bem) pensados para o turista estrangeiro.

CCBB São Paulo
CCBB São Paulo

Para mim, o tour foi cheio de novidades:

  • Eu não sabia que é preciso pagar para ir ao Terraço Itália – são 30 reais só para subir até o mirante, no 41º andar. Das 15h às 19h, a entrada dá direito a um drink (à escolha da casa, não sua).
  • O Edifício Itália não é o mais alto de São Paulo, é o terceiro (mas é o mais alto com visitação). O segundo mais alto é o Edifício Martinelli (que receberá um centro cultural em breve). O mais alto é um horrendo chamado Mirante do Vale, que recebeu cinco andares sem paredes só para ganhar o título.
  • O Edifício Copan permite subir até o topo nos dias úteis, às 10h30m ou às 15h30m, pela Portaria F. Recomenda-se chegar meia hora antes.
  • Eu nunca tinha ido ao Vale do Anhamgabaú e achei lindo.
  • A Prefeitura de São Paulo tem uma minifloresta na cobertura e a visitação é aberta ao público, de segunda a sábado, às 10h30, 14h30 e 16h30, grátis. Recomenda-se chegar meia hora antes.
  • O prédio do Banespa virou Farol Santander e, além do mirante, agora tem um centro cultural e até uma pista de skate no 21ºandar (ingresso pago).
  • A Catedral da Sé tem o maior órgão de tubos do Brasil e da América Latina. São 12 mil tubos! Nunca foi tocado com mais de 10% da sua capacidade, pois isso poderia abalar a estrutura da Catedral e estouraria os vitrais.
  • O Mosteiro de São Bento tem uma padaria no seu interior, com produção própria. Os monges também fabricam cerveja.
  • O bauru nasceu na cidade de São Paulo e o lugar onde nasceu, o bar Ponto Chic, ainda funciona e o serve.
Catedral da Sé
Catedral da Sé

No geral, o passeio foi interessante e divertido. O grupo era bem grande – mais de 40 pessoas – mas isso não foi um problema (aliás, além do meu grupo saiu outro um pouco antes – a procura é grande, pelo visto). O mapa é uma mão na roda para quem não conhece a cidade e o verso traz as linhas de metrô (numa letrinha muito miúda, é verdade). Além da guia, fomos acompanhados pela Mari, que cuidava da “retaguarda”, tirava dúvidas e aumentava a sensação de segurança. Outro ponto positivo é que o passeio começa e termina em estações de metrô (República – linhas vermelha e amarela – e São Bento – linha azul). Também achei ótimo que não volte para o ponto de partida, assim fica mais dinâmico. As guias se colocaram à disposição dos turistas no fim do passeio para tirar dúvidas, explicar itinerários e dar indicações (tudo isso também pode ser feito durante o tour, mas achei legal elas se colocarem explicitamente à disposição no final).

Pátio do Colégio
Pátio do Colégio

Agora, os pontos fracos:

  • O principal problema é que o tour só acontece em inglês. Um dos organizadores comentou que estão pensando em formar grupos em português aos fins-de-semana, no futuro.
  • A gorjeta sugerida é alta para o padrão de renda do brasileiro: de 25 a 30 reais. Dito isso, relembro que a gorjeta é opcional e que o passeio é voltado a estrangeiros. O valor sugerido equivale a mais ou menos a 5 dólares ou 5 euros, e pelo mundo afora é usual que a sugestão seja nessa faixa.
  • O tour dura longas três horas e meia. Nunca vi um que fosse tão extenso! No fim, torna-se cansativo (embora não seja tedioso). Esse tempo todo não é necessário. O horário de saída é às 11h30m, mas assim que você chega há uma fila enorme de turistas esperando para preencher um formulário (meio longo) num tablet. O passeio teve início às 11h50m, ou seja, são 20 minutos perdidos. A pausa para lanche e banheiro durou uns 25 minutos. Algumas paradas poderiam ser mais curtas. Ou seja, o tour poderia ter duas horas e meia de duração com tranquilidade. Um passeio mais curto eliminaria a necessidade de intervalo para comida e banheiro. O tablet poderia ser passado durante o tour ou, melhor ainda, poderia nem existir (um pré-cadastro no site atenderia a fins demográficos e de pesquisa de opinião, ou uma simples lista para anotar emails poderia ser passada durante o passeio).
  • O trajeto é feito sob o pior sol possível – ainda pior para a maioria dos estrangeiros. O início às 10h ajudaria a resolver a questão (e eliminaria de vez a necessidade de pausa para o lanche).
Mosteiro de São Bento
Mosteiro de São Bento

No fim das contas, o saldo é bem positivo e recomendo muito o São Paulo Free Walking Tour, tanto para os turistas quanto para os nativos. Os outros dois percursos são pela Vila Madalena e pela Avenida Paulista e pretendo fazer em breve.

Onde está Wal... Lu?
Onde está Wal… Lu?

Porto Alegre

Das capitais da Região Sul, faltava conhecer Porto Alegre. Por ser uma cidade pouco turística, sempre deixava pra depois, até que a conjunção de passagens baratas com o feriado de páscoa fez a viagem acontecer.

Realmente, Porto Alegre não tem muitos atrativos turísticos, e ainda dei o azar de ir pra lá pouco antes da Bienal de Arte do Mercosul: os museus estavam fechados, preparando as mostras da Bienal. Sério, POA, não dava pra fechar depois do feriado? Ou pra deixar parte dos museus abertos? Enfim, não pude conhecer o acervo do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), nem deu pra visitar o Santander Cultural.

MARGS em primeiro plano, prédio dos Correios ao fundo.
MARGS em primeiro plano, prédio dos Correios ao fundo.

Todos os museus do centro histórico têm entrada franca.

Também não rolou conhecer a Fundação Iberê Camargo que, incrivelmente, só funciona aos sábados e domingos, das 14h às 19h, nem a Usina do Gasômetro, fechada para reformas (passando na frente, fiquei com a impressão de que está abandonada, isso sim).

Achei meio estranha a falta de hospitalidade do portoalegrense, que guarda sorrisos como quem guarda ouro. Talvez o reflexo de ser uma cidade pouco turística. O mais engraçado foi quando parei numa lanchonete pra pedir informações para o atendente: “Por favor, a Rua José Inácio é essa?”. Olhando-me como se eu fosse uma ignorante completa, o atendente respondeu: “José Inácio não, Vigário José Inácio. E você já passou, é a debaixo”. Quase pedi desculpas.

Por-do-sol visto do hotel.
Por-do-sol visto do hotel.

Quanto tempo ficar

Fiquei quatro dias em Porto Alegre, mas três dias teriam sido suficientes. Se estiver com muita pressa, em dois dias dá pra ver os principais pontos turísticos. Por isso, POA serve bem como pit stop pra Serra Gaúcha.

Parque da Redenção visto do hotel.
Parque da Redenção visto do hotel.

O bônus é que o aeroporto é perto da cidade e tem, inclusive, um transporte público bacana que o liga ao centro (aeromóvel + metrô, ou melhor, trem de superfície, com ponto final no Mercado Público). Todo o percurso não dura meia hora. Não usei porque cheguei tarde da noite (a região do Mercado é perigosa depois que escurece) e na volta estava chovendo, o que me fez optar pelo táxi.

Onde Ficar

Fiquei no Intercity Cidade Baixa. Hotel de rede, não há muito o que falar a respeito. Foi inaugurado há pouco tempo e fica muito bem localizado, a cerca de 15 minutos (a pé) das atrações do centro histórico, e a uns 5 minutos do Parque da Redenção.

Ao fundo e à esquerda, vermelho, o estádio Beira-Rio
Ao fundo e à esquerda, vermelho, o estádio Beira-Rio

A Cidade Baixa é conhecida pela vida noturna e reúne opções para todos os gostos. O hotel fica a poucos minutos da boemia, longe o suficiente pra proporcionar noites de sono tranquilas. O café-da-manhã é bom (com opções low carb). O último andar fornece uma vista muito bonita da cidade. O armário do quarto em que fiquei é pequeno para duas pessoas – pra mim, que viajei com mochila, foi mais que suficiente.

O que fazer

Antes de descobrir os free walinkg tours, minha maneira preferida de conhecer uma cidade era com ônibus turísticos hop on/hop off (ou seja, com paradas em pontos turísticos, nas quais você pode descer e subir sem pagar nova passagem). Porto Alegre tem um muito bom, a Linha Turismo, que leva aos principais pontos de interesse enquanto conta um pouco da história da cidade. Desci no Parque Moinhos de Vento (apelidado de Parcão) e no Mercado Público de Porto Alegre.

O Parcão é bonito e bem cuidado, mas a atração principal – o moinho de vento – está fechada pra reforma. Mesmo assim, vale passear pelo parque, contemplar os patos e, sobrando tempo, dar uma volta pelo bairro Moinhos de Vento, o mais chique da capital.

Pato de topete :P
Pato de topete 😛

Descendo no Mercado Público, dá pra conhecer todo o centro histórico (gastei menos de duas horas), no qual se destacam belos prédios nos estilos eclético e art déco. Lembra bastante o centro de Buenos Aires, seja pela arquitetura, seja pela sensação de decadência, já que muitos prédios estão a merecer uma revitalização da fachada.

Mercado Público
Mercado Público

No centro, merecem destaque a Rua dos Andradas, a Praça da Alfândega e seus edifícios imponentes – MARGS, Santander Cultural, prédio dos Correios) e, claro, o Mercado Público. Na Rua dos Andradas, recomendo duas paradas: o Centro Cultural Érico Veríssimo e a Casa de Cultura Mário Quintana.

O Centro Cultural Érico Veríssimo fica em um prédio tombado construído nos anos 20. O sexto andar é o mais interessante, guardando rascunhos e anotações do autor para seus livros, inclusive um mapa de Antares (Incidente em Antares) e outro de El Sacramento (O Senhor Embaixador). O terceiro andar também trata das obras principais do escritor. O prédio tem, ainda, um (pequeno e desinteressante) museu sobre a energia elétrica.

Mapa de Antares, feito por Érico Veríssimo (1971)
Mapa de Antares, feito por Érico Veríssimo (1971)

Seguindo a mesma rua, chega-se à Casa de Cultura Mario Quintana, que funciona no antigo Hotel Majestic, no qual o poeta viveu por anos. O quarto que costumava usar está preservado e há também um pequeno memorial dedicado a Elis Regina. O centro cultural conta com fonoteca, bibliotecas e um jardim muito agradável. No último andar, há um café decadente, com serviço ruim e preços absurdos (um cappuccino e uma coca zero me custaram incríveis 27 reais). Suba se quiser apreciar a vista (que nem é essas coisas), mas dê meia volta sem consumir nada.

Casa de Cultura Mario Quintana
Casa de Cultura Mario Quintana

A Linha Turismo passa também pela Praça da Matriz (ladeada pela Catedral, pelo Theatro São Pedro e pelo Palácio da Justiça; sem parada), pela Usina do Gasômetro, pela Fundação Iberê Camargo e pelo Estádio Beira-Rio. O ingresso custa 30 reais. No centro de informações de onde ela parte dá pra pegar um mapa bacana da cidade.

Outro passeio interessante é a bordo do Cisne Branco, pelas ilhas do Guaíba. Dura cerca de uma hora e, proporciona uma bela vista da orla de POA e, curiosidade, uma das ilhas pelas quais o barco passa é a Ilha das Flores, do famoso curta-metragem do fim dos anos 80. O documentário é mencionado no passeio, mas nada se fala sobre a realidade dos catadores ou do lixão, e não consegui descobrir se ele ainda existe (desde 2014 os lixões estão proibidos no Brasil e os já existentes deviam ter sido fechados). O ingresso custa 35 reais no cartão ou 30 reais em dinheiro.

Passeio pelo Guaíba
Passeio pelo Guaíba

Finalmente, o Parque da Redenção (oficialmente Parque Farroupilha) é passeio imperdível. O parque de diversões, os pedalinhos e o trenzinho me levaram diretamente aos anos 80. O paisagismo da área central é muito bonito e é complementado por um belo e merecido monumento à Força Expedicionária Brasileira, com uma placa listando os soldados gaúchos mortos na Segunda Guerra Mundial. Queria conhecer o famoso Brique da Redenção, mas só funciona aos domingos. Na sexta-feira santa, havia apenas dez ou doze barraquinhas – numa delas comprei o tradicional ímã de geladeira pra minha coleção.

Parque da Redenção
Parque da Redenção

De volta aos anos 80.
De volta aos anos 80.
Parque da Redenção
Yabba-Dabba Doo!

Homenagem à FEB no Parque da Redenção
Homenagem à FEB

Porto Alegre tem um free walking tour, mas só sai aos sábados às 11 da manhã. Uma pena que seja tão limitado. Justamente no sábado em que passei na cidade choveu e, obviamente, não houve o passeio.

Outros pontos de interesse: Travessa dos Venezianos e Rua Gonçalo de Carvalho, considerada a mais bonita do mundo (ok, há um certo exagero nisso).

Travessa dos Venezianos
Travessa dos Venezianos
Rua Gonçalo de Carvalho
Rua Gonçalo de Carvalho

Onde Comer

La Basque Rooftop: fui pela vista, que é linda (muito mais bonita que a do café do Hotel Majestique), mas fiquei pelo cardápio. O sorvetes são enormes. O sundae é um dos menores e foi minha escolha. Lindo e delicioso. Fica no último andar do prédio da Lebes, loja de departamentos quase em frente ao Mercado Público. Olha só a vista:

Paço Municipal
Paço Municipal

Café à Brasileira: um achado no centro histórico, na Rua Uruguai. Tinha que matar umas duas horas e o café é grande o suficiente pra não ficar lotado a ponto de garçons quererem expulsar os clientes. Pedi um cappuccino que veio perfeito e um espresso romano (com raspas de limão), com um aroma sensacional. O cardápio é extenso, com opções de café-da-manhã, lanches, almoço e sobremesas. Passei o tempo com o kindle. Vale dizer que o café não tem internet.

Charlie Pub: descoberta deliciosa da amiga portoalegrense – uma casa especializada em brownies! Serve sorvetes, cafés e bebidas (tem drinks lindos), mas não há nada salgado no cardápio, o que não foi problema pra gente. Fica na Cidade Baixa.

Torta de brownie com recheio de doce de leite e cobertura de ganache de chocolate.
Torta de brownie com recheio de doce de leite e cobertura de ganache de chocolate.

Fiz questão de ir ao restaurante Koh Pee Pee, conhecido como o melhor tailandês do Brasil. Reservei por email e achei bem estranho quando a confirmação da reserva trouxe, também, o tempo máximo de permanência. Nunca tinha visto isso. Escolhi um menu semifechado de entrada, prato principal e sobremesa justamente pra não correr o risco de “estourar” o tempo (esses combinados costumam estar engatilhados na cozinha, saem rápido), mas extrapolei mesmo assim. Não por culpa minha, mas por demora no serviço, mesmo. Enfim, não me encheram a paciência por isso. O ambiente é bonito e climatizado (levei uma jaqueta que foi bem útil). A caipirinha de lichia que pedi estava ótima. A entrada (rolinho primavera com camarão, porco e legumes) estava muito boa, sequinha, mas confesso que não vi camarões. O prato principal foi pad kapao moo (porco picado com pasta de alho, pimenta, raiz de coentro e manjericão tailandês), acompanhado de arroz thai jasmim. Estava gostoso nas primeiras garfadas, mas depois me pareceu muito salgado e com um gosto forte de caldo de carne industrializado. Os demais temperos nem apareciam (a pimenta aparecia um pouco, claro, afinal era um restaurante tailandês). A sobremesa (banana empanada com calda de açúcar de palmeira e sorvete de creme) estava ótima, mas eu preferia menos sorvete – pô, todo mundo conhece sorvete de creme – e dois pedaços de banana, em vez de um (e pequeno). A banana vem empanada numa massinha leve com coco ralado e é uma delícia.

Resumo da ópera: só recomendo o Koh Pee Pee se você tiver mesmo muita curiosidade de visitar o famoso restaurante.

O tradicional Barranco estava nos planos, no último dia de viagem, mas foi por água abaixo por causa da chuva (perdão pelo trocadalho). Não deu tempo de ir na Lancheria do Parque (na frente do Parque da Redenção), famosa pelo “a la minuta”, prato típico da cidade composto de arroz, bife, ovo e batata frita.

Meios de Transporte

Andei a pé quase todo o tempo e me perdi horrores, primeiro porque seguir mapas não é comigo, segundo porque parece que é moda arrancar as placas com os nomes das ruas em Porto Alegre.

Além dos pés e da Linha Turismo, usei o táxi (via Easy Táxi). Para o aeroporto, custou meros 23 reais. Do aeroporto ao hotel, R$ 38,50 (bandeira 2).

Porto Alegre não tem metrô, exceto pela linha de superfície que liga o aeroporto ao centro histórico.

Custos da Viagem

  • Hotel: R$ 749,70
  • Comida e bebida: R$ 300,04 (quase metade no restaurante tailandês)
  • Transporte: R$ 90,50
  • Passeios: R$ 60,00