Como planejo minhas viagens

A forma como organizo minhas viagens tem mudado ao longo do tempo, e pretendo que mude ainda mais, porque quero fazer viagens mais espontâneas, aproveitando promoções de passagens pelo Brasil e pelos países vizinhos.

Por outro lado, quando a viagem é para um destino caro (como a Europa), meu planejamento é detalhado e vai continuar assim, para que a viagem caiba no orçamento e para aproveitar o destino ao máximo.

Para rascunhar destinos

Dou uma busca no google, mas sempre acabo voltando a esses blogs para ler sobre viagens sonhadas ou em etapa de planejamento:

Desde 2020, uso o notion para salvar posts interessantes; até 2022, usei também o evernote, que abandonei por várias razões, mas tem uma curva de aprendizado mais simples que o notion.

Tem muito material em português (em texto e vídeo) ensinando a usar o evernote e o notion. No caso do notion, o melhor sem dúvida é começar com um template e ir modificando conforme a necessidade. Há templates (gratuitos e pagos) para quase tudo que você imaginar, inclusive planejamento de viagens.

Em 2024, comecei a usar um template sensacional: WanderNote: Ultimate Travel Planner. O template é bem detalhado e há tópicos que não uso (e apago pra não ocuparem minha atenção à toa). Tenho várias viagens em diferentes estágios de planejamento (algumas têm só o nome do destino, nada mais).

Uma coisa muito legal de usar o notion é que dá pra publicar o template na web (em uma página não acessível pelo google e não editável por terceiros), de modo que você pode compartilhar todas as suas atividades, os endereços de hospedagem, os dados de transporte etc., com alguém que não esteja viajando, para uso em caso de emergência.

Outro serviço que não dispenso é o Google Calendar (Agenda). Quando a viagem é mais longa (mais de uma semana), crio uma agenda só para ela e vou lançando tudo que tem data fixa conforme vou reservando – hospedagens, passagens, ingressos de teatro etc. Na descrição de cada evento, coloco o link do evento, ou endereço, ou detalhes do vôo/passeio etc. Ter tudo na agenda facilita o planejamento para evitar choques de horários e facilita quando já estou no destino, para recuperar rapidamente as informações mais importantes.

Quando tenho tempo, crio um mapa o Google Maps. Nos meses que antecedem a viagem, vou jogando tudo que quero ver, lugares bacanas para comer e por aí afora; durante a viagem, posso consultar na hora e aproveitar que já estou perto de um lugar para visitar outro, por exemplo.

Passagens aéreas

Para pesquisar preços:

  • Google Flights: crio alertas para os períodos pretendidos (ou apenas para o local pretendido, quando não tenho datas rígidas)
  • Melhores Destinos: tenho o app no celular e recebo a newsletter no email
  • Passageiro de Primeira: grupo grátis de whatsapp e newsletter

Acho bacana acompanhar o MD e o PP para ter uma ideia das promoções possíveis e das melhores janelas de compras. Para viagens internacionais, tenho notado que comprar passagens com uma antecedência de 6 meses é uma boa política; para viagens nacionais, a melhor janela está entre 1 e 3 meses.

Para comprar passagens: compro direto no site da companhia aérea, mesmo que seja mais caro que usar um intermediário.

Hospedagem

Para fazer uma pesquisa de preços de hotéis, Trivago. é uma boa, mas não confio em alguns intermediários que ele indica.

Como uso o Booking.com (que é confiável)  há muitos anos, tenho descontos pelo programa de fidelidade e dificilmente outro intermediário é vantajoso para mim. Dá pra ganhar cashback acessando o Booking via Meliuz (mas verifique se o preço da hospedagem se mantém, às vezes fica mais caro pelo link do Meliuz; isso vale para qualquer programa externo de cashback); em algumas ações promocionais, o Booking oferece cashback dentro do próprio site, para uso nos próximos meses.

Antes de reservar via Booking, vale a pena conferir se o hotel tem site e sistema de reservas próprio. Em alguns casos, reservar direto no site sai mais barato e/ou gera algum agrado, como café da manhã incluído.

Sempre vale a pena dar uma olhada no AirBnB para reservar apartamentos/flats, especialmente se você está planejando uma viagem com muita antecedência: é possível encontrar lugares excelentes por um preço muito bom. Como há cobrança de taxa de limpeza, o AirBnB costuma não valer a pena para hospedagens muito curtas, mas acima de 5 noites começa a ficar interessante. O Booking também oferece apartamentos/flats, mas geralmente há poucas opções e poucas avaliações de usuários.

Quando planejo uma viagem para algum lugar muito turístico gosto de reservar o mais cedo possível e, desde a pandemia, escolho hospedagens que permitem cancelamento grátis até alguns dias (ou semanas) antes da data reservada. No caso da viagem à Itália (setembro de 2025), comecei a fazer as reservas em dezembro, bem antes de comprar as passagens aéreas. Escrevo esse post em maio, 4 meses antes da viagem e, agora que tenho as passagens, estou revendo as hospedagens: precisei alternar a ordem de visitação de duas cidades (cancelei as reservas e fiz outras, em ambas consegui preços menores) e encontrei hospedagem mais barata em outra (sem cancelamento grátis, mas a essa altura do campeonato achei que valia a pena arriscar).

Passeios

Para descobrir o que fazer em um destino ou para saber mais detalhes sobre os passeios, inclusive com avaliações de viajantes, o TripAdvisor é excelente. Também uso bastante o TripAdvisor durante a viagem para descobrir onde comer.

Para reservar passeios com guia, o TripAdvisor e o Viator são ótimos. Ambos cobram comissão do prestador de serviço, portanto vale a mesma dica que dei ao falar do Booking verifique se a agência de turismo tem site próprio e faz venda direta, o preço pode ser mais em conta.

Em alguns casos, o passeio anunciado no TripAdvisor ou no Viator exige pelo menos 2 pessoas para a reserva. Se você está viajando só, pode tentar entrar em contato diretamente a agência para pedir um encaixe (às vezes funciona).

O TripAdvisor dá cashback via Meliuz e o Viator tem um programa próprio de cashback.

Já tive problema com um transporte aeroporto-hotel que contratei pelo Viator, e ele me reembolsou.

O Civitatis é outro intermediário, mas nunca usei para passeios pagos, apenas para free walking tours: passeios a pé com um guia por rotas turísticas pré-estabelecidas, com duração entre uma e três horas; o pagamento é feito ao final, dando-se uma “gorjeta” ao guia (o valor sugerido varia entre 5 e 20 dólares).

Ao contratar um passeio por meio de um intermediário, verifique as avaliações dos viajantes e certifique-se (tanto quanto possível) da qualidade e confiabilidade do prestador de serviço.

Esse é um panorama geral sobre como organizo minhas viagens. Dá trabalho? Depende do ponto de vista: para mim, seria muito estressante deixar tudo para cima da hora. Prefiro fazer aos poucos, com tempo. Assim, já começo a viajar meses antes de chegar ao destino.

Como você planeja suas viagens? Tem outras dicas?

Peru 2025 – dicas e links úteis

Para planejar a viagem: blog Viaje na Viagem. O Ricardo Freire dá um roteiro detalhado e dicas valiosas sobre quando ir, quantos dias ficar, o que fazer, onde se hospedar, que circuitos de Machu Picchu escolher etc.

Para pesquisar e contratar hospedagem: Booking.com. Há vários sites de reservas, mas nem todos são idôneos. Nunca tive problemas com o booking.com. Vale a pena também verificar se o hotel tem site próprio e se nele oferece um preço melhor ou alguma outra vantagem, como café da manhã incluído na diária. Hospedagens contratadas nessa viagem:

Em Lima, reservei um apartamento no AirBnB.

Para pesquisar e contratar passeios: Viator, mas vale a pena pegar o nome da empresa de turismo na página do passeio e pesquisar pra ver se tem site próprio e se o preço é melhor. Contratei os seguintes:

Para pesquisar passeios e atrações turísticas, verificar as avaliações dos viajantes e contratar diretamente ou pela página da empresa de turismo: TripAdvisor. Foi lá que descobri a degustação de vinhos; no TripAdvisor, não era possível contratar só para uma pessoa, mas mandei um email para a agência e consegui.

O boleto turístico é imprescindível para conhecer os museus de Cusco e as ruínas do Vale Sagrado. O site oficial explica os tipos de boleto. O recomendável é comprar o geral, que dá acesso a todos os sítios arqueológicos durante dez dias. A compra deve ser feita ao se visitar a primeira atração, ou na Cosictuc (no centro de Cusco). Agentes de viagens vendem o boleto com ágio, não vale a pena.

Os ingressos para Machu Picchu devem ser comprados no site oficial com a máxima antecedência possível. De manhã, fiz o Circuito 1-B (panorâmico); à tarde, fiz o Circuito 2-A (pela cidadela); na prática, o controle existe para acessar a rota 1 (sem discriminar entre A ou B; a A inclui o Puente Inca, que estava interditado quando fui) ou a rota 2 (sem discriminar entre A ou B).

Se não conseguir comprar os ingressos no site, é possível concorrer a um sorteio na véspera no prédio do Ministério da Cultura em Aguas Calientes.

Não é necessário contratar guia para entrar no sítio arqueológico. Sabe-se muito pouco sobre Machu Picchu. O guia poderá apresentar hipóteses, mas nada é comprovado. Recomendo fazer o passeio sem guia para ter tempo e liberdade de tirar fotos e contemplar as ruínas. Você pode ler antes da viagem sobre os incas, ou valer-se de passeios guiados pelas outras ruínas (em Lima, Cusco e no Vale Sagrado), e chegará em Machu Picchu com informação mais que suficiente para desfrutar do passeio.

O deslocamento até Aguas Calientes (que atualmente prefere ser chamada de “Machu Picchu Pueblo”) é feito de trem (alta temporada) ou de ônibus+trem (baixa temporada). As empresas são a Inca Rail e a PeruRail. Comprei as passagens online no site da PeruRail, sem necessidade de trocar os vouchers eletrônicos na bilheteria (aparentemente, no caso da Inca Rail a troca é necessária). Viajei de classe econômica. O trem é bem confortável e o transbordo para o micro-ônibus é tranquilo, feito com a orientação e acompanhamento de uma funcionária da companhia.

De Aguas Calientes a Machu Picchu, o trajeto é feito em micro-ônibus. Comprei no site da única operadora, a Consettur, mas é possível fazer a compra no local, na véspera. Já tendo a passagem, é importante chegar ao ponto de embarque pelo menos 40 minutos antes do horário marcado para entrar em Machu Picchu.

Restaurante em Aguas Calientes: há dezenas, escolhi o Pueblo Viejo e depois descobri que é o número 1 no TripAdvisor.

Um guia comentou que o Banco de la Nación não cobra comissão para saques em pesos efetuados no caixa automático. não cheguei a testar. O BCP cobra 36 soles (independentemente do valor do saque).

Se você vir um prato com coxinhas de galeto bem moreninhas, atenção: é cui (porquinho-da-índia).

Compilado da viagem à Oceania

Como sempre acho melhor ter meus textos sob meu controle, trago para cá os textos que fiz no instagram durante a viagem a Nova Zelândia e Austrália, de 25/02/2023 a 18/04/2023.

Os textos não farão muito sentido sem as fotos, mas esta entrada é para registro próprio, no velho estilo “diarinho”. Em todo caso, incluí links para o instagram e, se você tiver alguma pergunta, terei prazer em responder nos comentários.

Auckland, postado em 04/03/2023

Olá, diretamente da Nova Zelândia! Vim pro outro lado do mundo pra aprimorar o inglês e, claro, pra conhecer outros países.

Estou em Auckland, considerada a menos neozelandesa das cidades, justamente pela quantidade de turistas e estudantes de outros países, especialmente asiáticos.

Ainda assim, chamam a atenção duas coisas tipicamente neozelandesas: a política inclusiva e a natureza exuberante (vejam o tamanho dessas árvores em plena cidade).

A região tem uma série de vulcões extintos e visitei o Mount Eden, que proporciona uma vista linda da cidade.

A ocupação de espaços públicos é incentivada pela prefeitura, tudo é muito limpo e bem cuidado, as calçadas são amplas, a faixa de pedestres é respeitada, os cruzamentos têm semáforos para pedestres.

O custo de vida é alto, mas as pessoas são bem remuneradas. O salário mínimo é de 21.20 dólares a hora, e em abril irá para 22.70. A maioria das loja abrem até as 17h no máximo (algumas fecham às 15h ou 16h), várias não abrem aos fins-de-semana.

Por outro lado, tenho visto muitas pessoas em situação de rua (concentram-se na região mais turística), e vários pequenos negócios quebraram durante a pandemia.

Uma semana já foi, tenho mais duas.

https://www.instagram.com/p/CpYKBTSPGFW/

Auckland, postado em 11/03/2023

O Museu Memorial da Guerra de Auckland, ou simplesmente Auckland Museum, fica dentro do belo parque chamado Auckland Domain, que por si só vale uma viaira.

O andar térreo é dedicado à arte e a cultura maori e também apresenta outras tribos do pacífico sul, com traços culturais e linguísticos bastante semelhantes.

O primeiro andar trata de história natural, apresentando fósseis e animais empalhados, além da geologia local. Há uma simulação de abalo sísmico causado por erupção vulcânica bem interessante. Da pra ver o moa, ave extinta de mais de 3 metros e mais de 200 quilos, e os kiwis, que felizmente ainda existem.

O último andar é o memorial propriamente dito. Apresentam-se as guerras entre os maori e os colonos ingleses (1845-1872), que quebraram o tratado de 1840 que garantia aos maori o domínio das suas próprias terras. Em seguida, o museu conta a participação dos neozelandeses nas duas Guerras Mundiais e em outros conflitos. A história das guerras ajuda a entender a formação da identidade neozelandesa.

https://www.instagram.com/p/CpqXWMTBUiQ/

Auckland, postado em 13/03/2023

Sábado foi um dia de aventuras!

O passeio começou com uma parada em um santuário de kiwis, em Otorohanga. Não fiz fotos porque kiwis são aves noturnas, a luz do celular (mesmo sem flash os afugenta).

Depois, visitei as Waitomo Caves, habitadas por glowworms que fazem o teto e as paredes parecerem uma noite estrelada. De novo, a claridade incomoda os animais, mas o cartaz dá uma ideia razoável. O Google diz que é um pirilampo, mas não é, não.

A parada seguinte foi nos Hamilton Gardens, que abriga algumas dezenas de pequenos jardins temáticos, relacionados a países ou movimentos artísticos. Bem bacana, daria pra passar uma tarde inteira lá. Em 50 minutos, deu pra ver a maioria dos jardins, mas quase correndo.

Então, o gran finale: a vista a Hobitton. O que era pra ser um set temporário acabou se tornando permanente, e vinte anos após as filmagens de “O Senhor dos Anéis” ainda é possível caminhar pela pequena vila de Bilbo e Frodo. O passeio de duas horas é recheado de curiosidades e termina com uma visita ao Green Dragon para uma cervejinha.

https://www.instagram.com/p/Cpv9J5lvPQW/

Auckland, postado em 16/03/2023

Todos os dias me impressiono com o tamanho das arvores de Auckland. Há inúmeros parques espalhados pela cidade, mas às vezes as árvores gigantes estão em uma calçada qualquer ou na beira da praia.

https://www.instagram.com/p/Cp14Ew7LA65/

Auckland, postado em 17/03/2023

O centro de Auckland é uma mistura de prédios antigos e moderno, às vezes em verdadeira fusão, como na primeira foto: o comprador do prédio antigo e do terreno foi obrigado a manter a fachada original e construiu seu edifício imediatamente atrás dela, colado mesmo.
#viagem #auckland

Arte de rua e o letreiro no fish market, que achei bem legal.

https://www.instagram.com/p/Cp6cSrjPyC7/ e https://www.instagram.com/p/Cp6ezVJvOSI/

Auckland, postado em 21/03/2023

As paisagens mais exuberantes da Nova Zelândia (aquelas do Senhor dos Anéis, exceto por Hobitton) estão na ilha sul. Auckland, porém, não decepciona, e mesmo sem sair da cidade a combinação de matas, colinas, mar e céu enche os olhos.

https://www.instagram.com/p/CqEWU7tBKUK/

Auckland, postado em 22/03/2023

Fotos de Auckland que não couberam nos posta anteriores:

  • Meat pie, que eles consideram uma comida típica da cidade (massa folhada e recheio de carne com molho cremoso, mas há várias variações, inclusive recheios doces)
  • Mount e One Tree Hill, vulcões inativos há séculos.
  • A praça pela qual eu passava para chegar à escola e que já me deixava contente logo cedo pelo verde.
  • Western Park, em Ponsonby, bairro badaladinho.
  • Árvore enorme no Albert Park.
  • Arte de rua (essa eu via da sala de aula).
  • Preparativos para a parada do St. Patrick’s Day.

https://www.instagram.com/p/CqGzjIBPet1/

Melbourne, postado em 23/03/2023

Melbourne se inspirou em Londres, Paris e Milão e se tornou sofisticada e glamourosa no séc XIX, quando ficou riquíssima graças à corrida do ouro. Edifícios e ideias dessa época se misturam a projetos contemporâneos e tornam a cidade atraente, interessantíssima e muito segura. Não foi sempre assim: nos anos 80, o centro era dominado pro gangues e tráfico de drogas. O poder público agiu e reverteu a situação nos anos 90 com iniciativas para ocupar as ruas, fomentando o movimento de pedestres e o comércio.

Que inveja…

https://www.instagram.com/p/CqJukigPHJZ/

Melbourne, postado em 25/03/2023

Melbourne é alternativa, diversa, hipster… e artística. A arte de rua é forte por aqui, com códigos e regras próprios (escritos e não escritos). Perder-se pelas ruas traz surpresas, mas vale a pena fazer um walking tour para saber mais sobre as vielas (lanes), galerias (arcades) e artistas da cidade. Fiz um com a @imfreemelbourne e recomendo.

https://www.instagram.com/p/CqNO3_TrsC7/

Melbourne, postado em 01/04/2023

O jardim botânico de Melbourne fica pertinho do centro, é lindo e tem entrada franca. Muitos locais fazem piquenique por lá. A última árvore do carrossel foi plantada em 1895! Bem em frente fica o Shrine of Remembrance, em memória dos soldados australianos mortos em guerras. Entrada franca também, com uma vista bem bonita da cidade.

https://www.instagram.com/p/CqgwK1UPeUX/

Melbourne, postado em 02/04/2023

Fui premiada com chuva no dia do passeio pela Great Ocean Road, mas mesmo sem sol as paisagens são muito bonitas. Ainda tivemos a sorte de ver dois cangurus (bem distantes, é verdade) e um koala fazendo o que koalas fazem melhor: dormir.

Não podia deixar de visitar Brighton Beach, com as famosas casinhas à beira-mar. Nesse dia o sol apareceu, mas fazia 14 graus, não se engane.

https://www.instagram.com/p/Cqh1ymrr2Xv/

Melbourne, postado em 04/04/2023

Passeios culturais grátis em Melbourne:

  • National Gallery of Victoria (são duas: uma para obras internacionais e outra para artistas australianos)
  • Australian Centre for the Moving Image (ACMI)
  • State Library e Museu de Melbourne, que custa 15 dólares, mas é de graça se você é estudante (a carteirinha digital do curso de inglês que fiz lá foi aceita).

Nas NGVs e no Melbourne Museum, tem visita guiada grátis. No ACMI, você ganha um cartão que permite salvar as informações das diversas peças em exibição e rever depois na internet.

Eu amo uma cidade, sabe.

https://www.instagram.com/p/CqnUDZMPRKR/

Melbourne, postado em 05/04/2023

Últimas fotos de Melbourne!

  • Scots’ Church, onde tive o prazer de conhecer o organista e maestro Douglas Lawrence.
  • Escultura em homenagem à Great Petition, um abaixo-assinado apresentado ao Parlamento em 1891 com mais de 30.000 assinaturas a favor do voto feminino. Apenas em 1908 o direito foi reconhecido e, para as indígenas, só em 1962. (A Nova Zelândia foi o primeiro país do mundo a garantir o voto feminino, em 1893, e sem discriminações).
  • Catedral de São Patrício, a maior da cidade.
  • Prahran Market, maravilhoso, uma espécie de Mercado Municipal de São Paulo, mas sem os golpes.
  • St. Kilda Beach.
  • Brighton Beach.
  • Yarra River, trecho próximo à minha hospedagem (se alguém quiser o contato, era um air bnb excelente e recomendo.

Estou em Sydney há 3 dias, fotos em breve!

https://www.instagram.com/p/Cqq_7FaPYa0/

Sydney, postado em 07/04/2023

Primeiras fotos de Sydney!

  • A Opera de Sydney é um espetáculo e farei um post só pra ela depois.
  • Darling Harbor, no dia em que cheguei (cedinho e frio).
  • Sede da prefeitura, de dia e à noite.
  • “We are not amused”, disse a rainha.
  • Galeria de Arte, prédio original e o mais recente, construído há poucos anos. Entrada franca.
  • Biblioteca Pública. Entrada franca.
  • Pavlova, sobremesa inventada na Austrália (mas os neozelandeses dizem que eles é que inventaram) em homenagem à bailarina russa.

https://www.instagram.com/p/Cqudp8Zrc4v/

Sydney, postado em 13/04/2023

As praias de Sydney são lindíssimas! Além disso, é realmente agradável estar em uma praia sem ambulante gritando, trocentas músicas tocando no volume máximo e gente bêbada sendo inconveniente (álcool e cigarro/vape são proibidos). Todo mundo se diverte.

As três primeiras fotos são de Bondi Beach, em seguida Manly Beach e as três últimas são de Watson’s Bay, que tem poucos trechos de praia (e não tão bonitos), mas tem sítios históricos e uma bela vista da cidade.

https://www.instagram.com/p/Cq_sv4NPQgN/

Sydney, postado em 14/04/2023

A arte de rua em Sydney não é tão vibrante quanto em Melbourne, mas tem seus bons momentos. A maioria das fotos foi feita em Newtown, bairro descolado um pouco afastado do centro; as três últimas são de Bondi Beach.

https://www.instagram.com/p/CrAeJzJLvlX/

Sydney, postado em 15/04/2023

Impossível não ficar fascinada pela Ópera de Sydney.

O formato de velas (ou conchas, dizem alguns) impressiona e é um feito de matemática e engenharia. As cerâmicas que revestem a construção (mais de um milhão delas) refletem a luz de diferentes modos. O arquiteto, Jørn Utzon, foi o segundo a ver sua obra listada pela UNESCO em vida (o primeiro foi o Niemeyer).

A construção demorou mais de 20 anos, o governo destituiu Utzon no processo e isso resultou em várias coisas mal feitas e muito dinheiro desperdiçado. Apenas após uma reforma de 10 anos (que acabou em 2022) a sala de concertos principal ganhou a qualidade acústica que sempre mereceu.

Além de fotografar o edifício de vários ângulos e de fazer a visita guiada, ontem tive o privilégio de assistir a um concerto nessa sala recém-reformada. Uma experiência emocionante.

https://www.instagram.com/p/CrE2CmkP9ig/

Sydney, postado em 17/04/2023

A Sydney Harbour Bridge é outro cartão postal inconfundível. Afinal, lá o ano sempre chega primeiro e os australianos fazem questão de fazer belas queimas de fogos para comemorar.

A ideia da ponte surgiu em 1890, mas a construção teve início em 1924 e se estendeu até 1932. A ponte gerava 1.400 empregos diretos e inúmeros indiretos, e diz-se que salvou a cidade da Grande Depressão justamente por criar tantos postos de trabalho durante aqueles anos sombrios. Seu apelido na época era “Pulmão de Ferro”.

A segurança para os operários era quase zero, e mesmo assim ninguém morreu (dizem) durante o processo. Houve alguns acidentes, inclusive um operário que caiu de uma altura de 50 metros e sobreviveu com apenas duas costelas quebradas. Ele foi recompensado com um relógio de ouro.

A famosa “escalada” da ponte custa mais de 300 dólares, é curta e desconfortável, mas tem gosto pra tudo, né? Eu preferi subir em uma das torres por 25 dólares. A vista é quase a mesma e inclui, claro, a Opera de Sydney.

https://www.instagram.com/p/CrIt2DVvkF5/

Sydney, postado em 26/04/2023

Passeios grátis bem legais em Sydney:

  • The Royal Botanic Garden.
  • Queen Victoria Building (QVB), de preferência depois que as lojas fecham, pra ver um “shopping” diferente, chique e com carpete.
  • State Library, que tem uma galeria com artistas locais de vários períodos e exposições temporárias, como a “Pride Revolution”, sobre a luta por reconhecimento e proteção do grupo LGBTQIA+ ao longo das últimas décadas.
  • Australian Museum, voltado para história natural e antropologia.
  • Justice e Police Museum, um tiquinho macabro mas muito interessante, sobre crimes. Vale lembrar que Sydney foi fundada pelos criminosos deportados da Inglaterra.
  • Museum of Sydney. A parte museológica é bem pequena, há exposições temporárias de arte.
  • Os belos parques e praças. Na foto, o Anzac Memorial, no Hyde Park.

https://www.instagram.com/p/Crg7WpYLwlJ/

Austrália, postado em 26/04/2023

Notinhas gastronômicas da Austrália:

  • Meus primeiros dumplings, no Tora Dumplings, em Melbourne.
  • A torta de carne (meat pie) é considerada uma especialidade australiana.
  • Há controvérsias (com a Nova Zelândia), mas os australianos afirmam que inventaram a pavlova.
  • Hot Cross Buns, que eles não inventaram, mas seguiram a tradição inglesa (como em outros quitutes).
  • Fish & Chips.
  • Espetinho de canguru (yep, come-se canguru, é uma carne silvestre, o bicho não tem predadores, reproduz adoidado e destrói plantações, por isso a caça é liberada).
  • Barramundi, peixe local.
  • Fish Market em Sydney, com bugs (um parente da lagosta) e Sydney oysters (as da bandeja preta; mais escuras do que estamos acostumados).

https://www.instagram.com/p/Crg8urOL9Rd/

Sydney, postado em 06/05/2023

Tanto a Nova Zelândia quando a Austrália fazem da inclusão e da diversidade bandeiras. Melbourne nem precisa de palavras para deixar claro seu apreço por essas causas, mas foi em Sydney que tive a maior surpresa.

Estava indo do ônibus pra Bondi Beach e de repente as ruas foram ficando mais e mais coloridas. Pensei que talvez fosse época da Pride Parade, mas o Google disse que não (tinha sido no fim de fevereiro). Uma pesquisa extra revelou que eu estava na Oxford Street, centro da cultura LGBTIA+ em Sydney. Na volta, desci a pé para conhecer a área. Era um sábado e pude aproveitar duas feiras de artesanato, além de ver pessoas de várias idades e identidades de gênero aproveitando o dia de folga, num clima leve, despreocupado. O bairro é Waverley e a subprefeitura tem um arco-íris pintado na entrada (penúltima foto). Novamente achei incrível ver o poder público apoiando abertamente a diversidade.

Num outro dia passeei por Newtown, uma área hipster que faz parte da região chamada Inner West, cuja subprefeitura também apoia a diversidade de gênero (última foto).

https://www.instagram.com/p/Cr5X-95OeQj/

Sydney, postado em 06/05/2023

Essa é pra encerrar os posts de viagem. Um cachorro falante na frente do Queen Victoria Building, cangurus em meio a vinhas (as uvas já tinham sido colhidas, ou estariam cobertas com redes para evitar que comessem todas) e, claro, a Ópera de Sydney.

https://www.instagram.com/p/Cr5YloUOO0i/

Free Walking Tour em São Paulo

Edifício Itália
Edifício Itália

É um clichê: a gente deixa de fazer turismo na cidade em que mora. Tenho tentado reverter isso, especialmente considerando que há tanto o que ver e fazer em São Paulo.

Sempre que viajo, busco free walking tours, que são simplesmente roteiros a pé guiados por um local (nem sempre um guia turístico no sentido formal) e gratuitos, ou melhor, remunerados mediante gorjeta – o turista fica livre para dar quanto quiser, inclusive nada. Descobri os free walking tours em 2015, no Chile, e desde então já fiz vários. Chegou, então, a hora de fazer um em São Paulo!

Na internet você encontra todas as informações relevantes sobre o São Paulo Free Walking Tour: ponto de encontro, horários, roteiros disponíveis e detalhes dos percursos. Escolhi o percurso pelo centro histórico (Old Town), embora já conhecesse algo dele (muito menos do que eu imaginava, como descobri durante o passeio), porque a área é um tanto perigosa para um turista sozinho e, estando em grupo, seria possível tirar umas fotos.

Edifício Matarazzo (Prefeitura)
Edifício Matarazzo (Prefeitura)

O passeio começa na Praça da República com us 15 minutos de História do Brasil (irrelevante pra gente, que aprendeu na escola, mas interessante para os estrangeiros, que compõem a grande massa do público). De lá, segue para o início da Rua da Consolação, fala sobre as opções de diversão no centro e no Baixo Augusta, passa pela Biblioteca Mário de Andrade e pelo Theatro Municipal, vai até o Vale do Anhangabaú, atravessa o Viaduto do Chá e conta a história do Edifício Matarazzo (sede da prefeitura). Na região seguinte, que já reuniu os bancos mais importantes da cidade, o passeio destaca a Bolsa de Valores e o Centro Cultural Banco do Brasil. Após uma pausa para lanche e banheiro, o grupo segue para a Catedral da Sé (com visita interna), passa pelo Centro Cultural Caixa e caminha até o Pátio do Colégio, onde São Paulo foi fundada. Em seguida, passa pelo prédio do Banespa (agora Farol Santander) e pelo Edifício Martinelli. A caminhada termina perto do Mosteiro de São Bento.

Vale do Anhangabaú
Vale do Anhangabaú

Durante o passeio, a guia – a minha foi a Natalí – destaca opções de entretenimento, lanches, restaurantes e visitas culturais. Além disso, logo no começo cada turista recebe um mapinha e alguns cupons de desconto. Pena que vencem rápido (fiz o tour dia 22/09 e os cupons vencem dia 30/09), mas para quem está de folga mesmo o tempo é suficiente para aproveitar dois ou três descontos. Um dos cupons dá uma capirinha (no bar Ramona), outro dá desconto em sandálias Havaianas, ou seja, foram (bem) pensados para o turista estrangeiro.

CCBB São Paulo
CCBB São Paulo

Para mim, o tour foi cheio de novidades:

  • Eu não sabia que é preciso pagar para ir ao Terraço Itália – são 30 reais só para subir até o mirante, no 41º andar. Das 15h às 19h, a entrada dá direito a um drink (à escolha da casa, não sua).
  • O Edifício Itália não é o mais alto de São Paulo, é o terceiro (mas é o mais alto com visitação). O segundo mais alto é o Edifício Martinelli (que receberá um centro cultural em breve). O mais alto é um horrendo chamado Mirante do Vale, que recebeu cinco andares sem paredes só para ganhar o título.
  • O Edifício Copan permite subir até o topo nos dias úteis, às 10h30m ou às 15h30m, pela Portaria F. Recomenda-se chegar meia hora antes.
  • Eu nunca tinha ido ao Vale do Anhamgabaú e achei lindo.
  • A Prefeitura de São Paulo tem uma minifloresta na cobertura e a visitação é aberta ao público, de segunda a sábado, às 10h30, 14h30 e 16h30, grátis. Recomenda-se chegar meia hora antes.
  • O prédio do Banespa virou Farol Santander e, além do mirante, agora tem um centro cultural e até uma pista de skate no 21ºandar (ingresso pago).
  • A Catedral da Sé tem o maior órgão de tubos do Brasil e da América Latina. São 12 mil tubos! Nunca foi tocado com mais de 10% da sua capacidade, pois isso poderia abalar a estrutura da Catedral e estouraria os vitrais.
  • O Mosteiro de São Bento tem uma padaria no seu interior, com produção própria. Os monges também fabricam cerveja.
  • O bauru nasceu na cidade de São Paulo e o lugar onde nasceu, o bar Ponto Chic, ainda funciona e o serve.
Catedral da Sé
Catedral da Sé

No geral, o passeio foi interessante e divertido. O grupo era bem grande – mais de 40 pessoas – mas isso não foi um problema (aliás, além do meu grupo saiu outro um pouco antes – a procura é grande, pelo visto). O mapa é uma mão na roda para quem não conhece a cidade e o verso traz as linhas de metrô (numa letrinha muito miúda, é verdade). Além da guia, fomos acompanhados pela Mari, que cuidava da “retaguarda”, tirava dúvidas e aumentava a sensação de segurança. Outro ponto positivo é que o passeio começa e termina em estações de metrô (República – linhas vermelha e amarela – e São Bento – linha azul). Também achei ótimo que não volte para o ponto de partida, assim fica mais dinâmico. As guias se colocaram à disposição dos turistas no fim do passeio para tirar dúvidas, explicar itinerários e dar indicações (tudo isso também pode ser feito durante o tour, mas achei legal elas se colocarem explicitamente à disposição no final).

Pátio do Colégio
Pátio do Colégio

Agora, os pontos fracos:

  • O principal problema é que o tour só acontece em inglês. Um dos organizadores comentou que estão pensando em formar grupos em português aos fins-de-semana, no futuro.
  • A gorjeta sugerida é alta para o padrão de renda do brasileiro: de 25 a 30 reais. Dito isso, relembro que a gorjeta é opcional e que o passeio é voltado a estrangeiros. O valor sugerido equivale a mais ou menos a 5 dólares ou 5 euros, e pelo mundo afora é usual que a sugestão seja nessa faixa.
  • O tour dura longas três horas e meia. Nunca vi um que fosse tão extenso! No fim, torna-se cansativo (embora não seja tedioso). Esse tempo todo não é necessário. O horário de saída é às 11h30m, mas assim que você chega há uma fila enorme de turistas esperando para preencher um formulário (meio longo) num tablet. O passeio teve início às 11h50m, ou seja, são 20 minutos perdidos. A pausa para lanche e banheiro durou uns 25 minutos. Algumas paradas poderiam ser mais curtas. Ou seja, o tour poderia ter duas horas e meia de duração com tranquilidade. Um passeio mais curto eliminaria a necessidade de intervalo para comida e banheiro. O tablet poderia ser passado durante o tour ou, melhor ainda, poderia nem existir (um pré-cadastro no site atenderia a fins demográficos e de pesquisa de opinião, ou uma simples lista para anotar emails poderia ser passada durante o passeio).
  • O trajeto é feito sob o pior sol possível – ainda pior para a maioria dos estrangeiros. O início às 10h ajudaria a resolver a questão (e eliminaria de vez a necessidade de pausa para o lanche).
Mosteiro de São Bento
Mosteiro de São Bento

No fim das contas, o saldo é bem positivo e recomendo muito o São Paulo Free Walking Tour, tanto para os turistas quanto para os nativos. Os outros dois percursos são pela Vila Madalena e pela Avenida Paulista e pretendo fazer em breve.

Onde está Wal... Lu?
Onde está Wal… Lu?