Livro da vez: “À espera de um milagre”, de Stephen King.
Eu lembrava do filme, de ter visto no cinema e de ter chorado. Achava que estava preparada para o livro. Ledo engano.
Stephen King costuma me fazer chorar com as histórias sobre pessoas e não sobre monstros. Nesse livro, a construção dos personagens é excepcional, e só tendo um coração de pedra para não se emocionar com Joe Coffey, com o que ele viveu e com o que é capaz de fazer. Só não tendo coração para não ficar com os olhos cheios de lágrimas lendo as reminiscências de Paul, o antigo guarda da milha verde – a ala dedicada aos prisioneiros condenados à morte – que, velho e retirado em uma casa de idosos, relembra o passado.
Os monstros são muito humanos, o que sempre me desnorteia mais (Supernatural feelings). Os inimigos são o sistema de justiça, o racismo estrutural e a pena de morte.
Aproveitei para rever o filme, que foi muito feliz na adaptação do livro e tem atuações memoráveis. Dessa vez não chorei, porque já tinha esgotado as lágrimas ao longo da leitura.
Livro do projeto #lendoKing, da @soterradaporlivros e da @seguelendo (que continuará em 2021).
Estrelinhas no caderno: