Livro: A Última Missão de Gwendy

Livro da vez: A Última Missão de Gwendy, de Stephen King e Richard Chizmar.

Adorei o primeiro (A Pequena Caixa de Gwendy), achei o segundo apenas razoável (A Pena Mágica de Gwendy, escrito somente pelo Chizmar, parece um episódio filler de série, daqueles que não acrescentam muito à temporada) e fiquei gratamente surpresa com o terceiro.

Na sua última missão, Gwendy está na casa dos 60 anos, é viúva, senadora e atormentada por uma questão séria de saúde. Novamente visitada por Richard Farris, recebe de novo a caixa de botões e agora tem uma missão bem específica: destruí-la, antes que ela – a caixa – destrua o mundo (ou os mundos).

O mais esquisito foi ver um livro do King ambientado no espaço, mas no fim das contas ele não envereda pela ficção científica, mantendo-se na fantasia e no sobrenatural.

Embora o terceiro livro não tenha a magia do primeiro,  é um fecho à altura para a história de Gwendy, com um final emocionante.

Recomendo para quem leu os dois primeiros, e especialmente para quem leu A Torre Negra (será bem menos interessante para quem não leu). 4 estrelas

Filmes favoritos em setembro de 2023

Recentes

Living (2022): roteiro do Kazuo Ishiguro, remake de um filme do Kurosawa (que não vi. Um idoso à beira da morte repensa as escolhas que fez ao longo da vida. Tipicamente inglês, tipicamente Ishiguro, com interpretações contidas e um protagonista circunspecto. 4 estrelas

Tell It Like a Woman (2022): sete histórias sobre mulheres e contadas por mulheres -na verdade, é uma reunião de sete curtas, alguns bons, outros ótimos. As críticas na internet são injustamente desfavoráveis. 4 estrelas

Women Talking (2022): mulheres em uma comunidade religiosa arcaica e isolada em pleno 2010 são habitualmente estupradas e resolvem, enfim, que precisam fazer alguma coisa. Embora eu não tenha gostado muito do desfecho, os diálogos são ótimos e as atrizes são excelentes. 4 estrelas

Menções honrosas: os curtas The Wonderful Story of Henry Sugar e Poison, do Wes Anderson. Especialmente Poison.

Direto do Túnel do Tempo

A Montanha dos Sete Abutres (1951): um jornalista decadente se vale de uma tragédia para alavancar a própria carreira. Crítica contundente à imprensa sensacionalista e ao circo da mídia em geral.  4 estrelas

Onde assistir: https://www.justwatch.com/