Viajo daqui a pouco…

…e, pra variar, deixei tudo para a última hora.

Passei a manhã tentando falar com agências de turismo, na esperança de fazer o passeio pela Serra do Espírito Santo: Domingos Martins (colonização alemã), Pedra Azul e Venda Nova do Imigrante (colonização italiana). Se eu tivesse tomado essas providências na semana passada, como qualquer pessoa normal, estaria com o passeio garantido. No alto da minha imprevidência, ainda estou torcendo para que alguma alma caridosa me inclua no tour.

Isso pra não falar que quase esqueci a passagem em casa, estou com uma pilha de serviço enorme, não agendei nenhum texto para o Dia de Folga (muito menos para o Deusário – nada de coluna nesta sexta-feira, de novo), mal planejei o que fazer em Vitória e acabei deixando meu moleskine genérico (companheiro indefectível de viagens) em casa.

Vou te dizer… ou aprendo a me organizar, ou me mudo para o ex-planeta Plutão, pra curtir uns dias de 154 horas.

Coisas que todo frigobar de hotel deveria ter

Frigobar, por Quick Lunar Cop Pesquisando para outro artigo, encontrei um texto ótimo do Ricardo Freire: Frigobar, Doce Frigobar. Freire diz que é possível avaliar a qualidade de um hotel pelos itens do seu minibar, ou frigobar, e lista 6 produtos que, segundo ele, não podem faltar (vá lá conferir a lista dele, eu espero).

Como já passei alguns apuros famélicos em hotéis, resolvi fazer meu próprio Top 5 sobre o assunto. Eis, na minha opinião, os 5 itens absolutamente indispensáveis num frigobar de hotel:

1. Coca Zero (sim, serve a light). Ricardo Freire está certíssimo – abrir um frigobar e só encontrar coca-cola normal é frustrante, pra não mencionar desrespeitoso. E quanto aos milhares de diabéticos? E quanto à quase totalidade das mulheres, que vive de dieta? Faça-me o favor: coca-cola sem açúcar é o mínimo que se espera de um frigobar.

2. Cerveja. Se a marca for decente, melhor ainda. Até quem não gosta – como eu – pode se beneficiar de uma latinha. A cerveja de frigobar cumpre uma tripla e honrosa função para o viajante: mata a sede, alimenta e dá aquela moleza gostosa, que faz a gente dormir bem em qualquer cama – mesmo que não seja tão confortável quanto a nossa. Só não vale encher a cara, acordar com uma baita ressaca e deixar de curtir a viagem.

3. Bolo Ana Maria. Aqui, nada de genéricos – só o bolinho Ana Maria é tão gostoso quanto o bolinho Ana Maria. Se você acordar tarde e perder o café-da-manhã, ele estará pronto a acudir. Se o próximo trecho da viagem for ao estilo “barrinha de cereal, senhora” ou, pior ainda, se for dentro de um ônibus pinga-pinga, você vai adorar ter levado o bolinho do hotel na bolsa.

4. Salgadinho Bon Gouter. Não, nada de castanhas ou amendoim, que engordam horrores e não matam a fome. Nem me venha com cheetos e afins, que deixam o quarto com cheiro de meia suja. Já o Bon Gouté, além de ter um sabor bastante razoável, aplaca o estômago e combina muito bem com aquela cerveja. Sem contar a apresentação: a caixinha já passa uma sensação de capricho e garante que os biscoitos não foram apalpados/pisoteados/esfarelados pela turba de crianças que passou pelo quarto no dia anterior.

5. Banana passa. Ok, um pouco de patriotismo piegas agora. Para o bem ou para o mal, para o orgulho de uns e a vergonha de outros, somos o país das bananas. Eu gostaria de encontrar chocolates num hotel suíço, vodca num hotel russo, tâmaras num hotel egípcio. Clichês podem ser bacanas! Isso pra não mencionar que as bananinhas passas são deliciosas, além de práticas.

Em breve, a lista dos 5 itens completamente dispensáveis num frigobar de hotel. 😉

O que você achou da lista? O que modificaria nela? Participe nos comentários ou no seu blog, e deixe-me saber.

Foto: Quick Lunar Cop, via Flickr (CC)

Ó, Minas Gerais…

Então, sô. Criei coragem e encarei 11 horas de ônibus para Belo Horizonte, a fim de participar do primeiro BlogCamp MG. Se valeu a pena? Ô! Embora haja quem diga que estamos todos caminhando para uma latrina mambembe, são esses encontros que fortalecem a blogosfera e contribuem para o seu crescimento como mídia.

Minhas impressões do evento estão no BlogCamp Brasil: Anotações sobre o BlogCamp MG. As fotos (minhas e de um monte de gente) estão no Flickr.

Como nem tudo se resumiu à desconferência, lá vão algumas observações aleatórias e absolutamente casuísticas.

A viagem

Se não fosse o tempo perdido na estrada e o cansaço que decorre das longas horas, viajar de ônibus seria minha opção preferencial, sempre. Poltronas largas (se comparadas às de um 737) e bastante reclináveis, apoio para as pernas, manta e travesseiro. Só se assemelha às empresas aéreas no lanche: barrinha de cereal, saquinho de amendoim e umas balas vagabundas.

Dica de viagem de uma amiga: escolha a poltrona 23. A chance de viajar sem ninguém ao lado é de 50%. Funcionou comigo.

O hotel

Sem a menor referência sobre Beagá, consultei São Google em busca de um abrigo. Encontrei uma relação de hotéis em Belo Horizonte. Escolhi a hospedagem pelo menor preço, claro.

E quebrei a cara, claro.

O tal hotel era, teoricamente, bem localizado e primava pela higiene e conforto. Na prática, situava-se na frente do baixo meretrício da cidade, o banheiro era revestido com pastilhas do tempo do guaraná de rolha que, de tão velhas, estavam encardidas e a cama só deu para o gasto porque eu chegava tão cansada que desmaiava. O café-da-manhã era esquecível.

Ao menos, não entrei sozinha nessa fria. Indiquei o hotel ao Fugita, que espalhou a informação. Helder, Bruno Dulcetti, Thiago Mobilon e Mirian Bottan foram vítimas. Espero que não se unam numa vingança blogosférica – eu não tive culpa!

A volta da Pampulha

O Fugita tinha perguntado o que eu pretendia fazer na sexta-feira. Minha idéia era conhecer o complexo da Pampulha: lagoa, igreja de São Francisco de Assis, estádios, zoológico, parque ecológico… Fugita e Helder toparam, pegamos o ônibus e começamos o passeio.

Só não sabíamos que o percurso da lagoa tem 18 (é, DEZOITO, não oito) quilômetros. Não, ninguém se lembrou (a tempo) que é por lá que acontece a volta da Pampulha, corrida famosa de Beagá.

Poderíamos ter dado meia-volta e nos contentado com um passeio curto, mas nãããão! Num surto de insanidade coletiva, resolvemos andar os 18 quilômetros.

Lá pelas tantas, juntou-se a nós Rafael Silva (vulgo RafaCast), que deveria estar cheio de gás, mas foi o único a desistir no meio do caminho.

O pior não foi fazer a caminhada. Nem foi almoçar às 5 da tarde. Nem foi ficar meio morta de tanto cansaço. O pior mesmo foi ter torrado até ficar roxa, cheia de dor e com febre. Cada abraço, no dia seguinte, provocava uma lamentação. Haja analgésico pra suportar.

Chegamos!Ao menos, demonstramos que blogueiros geek são capazes de praticar exercícios…

Os intervalos

A melhor parte dos BlogCamps. Não que as desconferências não sejam boas. Elas são como pizza: até quando são ruins, valem a pena. Acontece que são os intervalos que propiciam a interação, o contato, o tal networking. Não faltou tempo para isso nos lanches, almoços e botecos.

Pude rever gente legal e sobrou tempo pra bater papo: Ian Black, Conrado Navarro, Norberto Kawakami, além da Mirian, do Mobilon, do Fugita e do Helder.

Conheci mais gente pessoalmente: Rafael Arcanjo, Ronaldo, Maysa, João Nababu, Guilherme Valadares, Pedro Villa Lobos, Marcellus, Rafael Apocalypse, Bressane, Esparroman (há!, lembrei quem você é!) e ainda o Dulcetti e o RafaCast (e mais gente que, certamente, estou esquecendo).

De quebra, ainda falei com a Nospheratt, direto do Uruguai, via Skype. 🙂

O próximo evento

BlogBar BrasíliaOs blogueiros já se agitam para o BlogCamp PR, em primeiro de dezembro. Como dinheiro não dá em árvore (nem no Dia de Folga), vou ficar de fora dessa.

Em compensação, estamos preparando o primeiro BlogBar Brasília, no dia 30 de novembro. Blogueiros do quadradinho do Cerrado, uni-vos!

Gotas (e fotos) da viagem

Com tanta coisa para deixar em dia, os comentários sobre a viagem da semana passada a São Paulo ficaram enroscados. Hora de tirar o atraso.

# O Albergue da Joaninha é a melhor hospedagem de São Paulo e a dona do estabelecimento é uma anfitriã fora de série. For guests, only.

# Adoro viajar sozinha, mas estar na companhia de dois amigos não tem preço (que “conhecidos de blog”, que nada, esse estágio já era).

# Fui à melhor Sessão Youtube ever.

# Conheci gente legal, mas a esperta aqui não pegou cartões e é péssima com nomes. Melhor nem tentar.

# Sim, rolou Starbucks, com Manoel e Fugita. E ganhei o Coolnex Card do Techbits!

# Descobri onde fica Cangaíba. É tão remota quanto a “fama” de um blogueiro.

# O melhor marqueteiro do mundo está vendendo frutas no Mercado Municipal. (Essa história merece um post).

# O zoológico de São Paulo tem mais espécies que o zôo de Brasília, embora seja bem menor. Bom para os humanos, que conseguem ver tudo numa tarde, ruim para os bichos.

# Entrar no zôo de São Paulo custa 6 vezes mais que no zôo de Brasília.

# Idiotas que jogam lixo no zôo ou perguntam “posso jogar uma pedra no hipopótamo pra ele se mexer” deveriam ser enjaulados.

# A Orquestra Sinfônica de São Paulo é um enlevo. A Sala São Paulo é um espetáculo à parte e eu já a conhecia, mas ter a oportunidade de assistir à orquestra foi sublime.

# Os vendedores e objetos da feira da Praça Benedito Calixto mudam bastante. Desta vez, tinha uma moça vendendo coleções completas de cards de Star Trek. Morri de vontade, mas resisti bravamente.

# 2008 será o ano do gato. Mudando de apartamento ou não.

Brasília Tapete São Paulo Essa Joaninha está mais pra Formiguinha Manoel e Fugita Mangostin
Morangos transgênicos Jie Chen OSESP Pingüins de Magalhães Elefante Africano Preguiça em tamanho família
Suricata Priscila, a siamesa Charlotte, a mais dengosa Tico - lindo, mas arisco Qualé? Saudável

Mais fotos no Flickr e no Picasa.