A Terra segue bela

Apesar do descaso e das agressões, a Terra insiste em sua exuberância. Fiz as fotos abaixo no último fim-de-semana. Aproveitando o feriado prolongado, fui ao Pakaas Palafitas Lodge, em Rondônia, na fronteira com a Bolívia. Queria conhecer um pedacinho da Floresta Amazônica, tão esquecida e desvalorizada por nós, brasileiros.

Rio Pakaas Arco-Íris Rio Pakaas ao entardecer Pôr-do-sol na Amazônia
Clique nas imagens para ampliá-las.

Durante a semana, subo as outras imagens (há muitas mais) para o Flickr e faço um texto mais detalhado. Publiquei logo estas como uma homenagem ao Dia da Terra, comemorado hoje, 22 de abril.

Impressões sobre o BlogCamp ES

A bela logomarca do BlogCamp ES

Há duas formas de avaliar o BlogCamp do Espírito Santo, que rolou nos dias 22 e 23 de março de 2008: pelo networking e pelos debates. Dependendo do enfoque, posso dizer que o BlogCamp ES foi excepcional ou que foi esquecível.

Festas e afins

O BlogCamp ES, dos três que já participei, foi o mais pródigo em eventos off-evento. Senão, vejamos:

Quinta-feira teve pré-pré-blogcamp no bar Abertura, na Lama (isso não tem um nome mais simpático, não?). Na companhia do Rafael Silva, conheci a Emily, o Raphael Mendes, o Lucas Lima, o Ivo Neuman (que, surpreendentemente, tem uma profissão séria nas horas vagas) e o Saulo. Conheci, também, o kieber, um dos petiscos de boteco mais gostosos que já vi.

Sexta-feira foi dia de moquecas de badejo e de camarão, com direito a picolé Garoto de sobremesa, no restaurante Pirão (Praia do Canto). Presentes: Rafael Silva, Alexandre Sena, Juliano, Guilherme e Lu Freitas, que chegou do aeroporto direto para a moqueca. O Alexandre fez um videozinho durante o almoço.

Sexta à noite rolou o pré-blogcamp oficial, na filial do Abertura na Praia do Canto.

Sábado à noite, tivemos bar e pista de dança fechada para os blogueiros, no Spettaculo, sob o comando do blogueiro/DJ Raphael Mendes. Ainda teve gente com pique de amanhecer numa rave.

Domingo à tarde, os meninos improvisaram uma pelada (futebol, gente, futebol) à tarde.

Domingo à noite, o pós-blogcamp foi no Abertura – novamente o da Lama. E dá-lhe kieber.

Acha que acabou? Na-na-ni-na-não. Na segunda-feira (24), o Matheus Costa e sua digníssima esposa Mônica levaram as Lus e o Ivo para a praia – foi o pós-pós-blogcamp. Aliás, Matheus e Mônica são um Casal 20 e cativaram pela generosidade e simpatia fora de série, quebrando altos galhos quando o assunto era carona e proporcionando hoooras de ótimo bate-papo.

Dá pra ver que o BlogCamp ES foi um excelente evento para conhecer gente nova, jogar conversa fora, fazer o tal do networking, rir muito e, claro, bolar parcerias de primeira. Foi, também, a chance de reencontrar gente bacana conhecida em outros BlogCamps, como a Miriam Bottan e o Bruno Dulcetti, além de ver ao vivo e a cores o Jonny Ken.

O BlogCamp propriamente dito

O que rolou?

Nada. Niente. Rien. Ou quase.

Teve, no sábado de manhã, a apresentação do Videolog, interessantíssima, feita pelo Mackeenzy. Depois… bom, depois, todos ficaram olhando uns pras caras dos outros, sentados na sala de aula, como que esperando o professor.

A Lu Freitas resolveu agitar a coisa e puxou uma nuvem de tags, montada com a participação de todos os blogueiros e que deveria servir de pauta para as próximas horas. Mas aí, o povo saiu para almoçar, e você sabe como é… o debate esfriou de novo.

A nuvem de tags acabou servindo de norte para a gravação de um podcast, com quase 40 participantes (a maior parte de ouvintes) e uma hora de duração. Você pode ouvi-lo no Radar Cultura. Foi o ponto alto do evento (e adorei essa minha primeira experiência com podcast).

No domingo? Pfff…

Parte da galera que participou do BlogCamp ES - clique para ampliar Ca-la-ro que houve rodinhas de bate-papo e que dessas rodinhas surgiram idéias interessantes. Claro que surgiram parcerias e planos de dominação mundial. Sim, houve contatos proveitosos que não teriam acontecido de outra forma.

Só que é o seguinte: se eu tivesse gasto cerca de 1.000 reais para ir ao BlogCamp na esperança de participar de discussões produtivas sobre os rumos da blogosfera, teria ficado muito puta da vida.

Conclusões e Sugestões

O modelo de BlogCamp já deu o que tinha que dar? Correndo o risco de tomar algumas pedradas, digo que sim. Networking é bacana, mas quando ele se torna a única conseqüência produtiva de um evento, está na hora de rever conceitos.

Isso quer dizer que BlogCamps precisam ser banidos do mapa? Não necessariamente. Acho que o modelo precisa de uma revisão e, talvez, de desmembramentos. Algumas idéias:

1. Durante o BlogCamp, poderia haver módulos de debates previamente agendados, com horário para começar e terminar. O modelo pode seguir o da desconferência: todos falam, sem que um palestrante ponha-se a discursar. Caberia a um moderador convocar os interessados para o debate no horário marcado e avisá-los quando estivesse na hora de encerrar. O papo está muito interessante? Sem problemas, prolonga-se o debate. A questão é: uma pauta vaga e um moderador para lembrá-la aos presentes tornariam os encontros muito mais produtivos e evitariam as caras de o-que-a-gente-faz-agora.

Também no decorrer do BlogCamp, oficinas poderiam rolar, a fim de atender demandas anteriormente detectadas, ou até percebidas somente na hora do evento. O Ivo, lá pelas tantas, estava ensinando a um grupo de novos blogueiros como se faz e para que serve um trackback. Não podemos partir do pressupostos de que todos estão na web há anos.

Saindo da seara dos BlogCamps, uma outra iniciativa que poderia funcionar seriam as videoconferências. Quem não está em São Paulo sente-se freqüentemente isolado, por fora, atrasado. Videoconferências podem reduzir a barreira física a um baixo custo, contribuindo para a inter-relação entre as várias blogosferas Brasil afora, fomentando debates e proporcionando crescimento.

São idéias para que o BlogCamp, uma ótima iniciativa que aproximou blogueiros de norte ao sul do Brasil, não morra por falta de foco.

Agradecimentos e Elogios

Parabéns à Confraria Secreta dos Blogueiros Capixabas (já nada secreta). Elogios especiais para a escolha do local do BlogCamp: de fácil acesso, com várias salas, wi-fi e uma excelente estrutura. A UFES foi o lugar ideal para o evento.

Muito, muito, muitíssimo obrigada a dois fofos: o Rafael Silva, e o Matheus Costa. O Rafa me recebeu no aeroporto, acompanhou-me em passeios e foi de Vitória a Vila Velha de ônibus só pra me levar ao pré-pré-blogcamp (em Vitória). O Matheus, ao lado da Mônica e da filhota, deu caronas para as Lus e apresentou-nos o litoral de Vila Velha.

Falando em Lus, obrigadíssima à Lu Freitas, companheira querida de papos, passeios e hotel, que não me deixa esquecer de comprar água e ainda leva (e deixa por lá) repelente para a desprevenida aqui.

CoolNex Cards do BlogCamp ES Obrigada, também, ao Gustavo, que apinhou o carro dele de blogueiros esfomeados no sábado e deixou-nos em um restaurante à beira-mar com uma moqueca de cação maravilhosa.

Parabéns, finalmente, ao Nick Ellis, ao IdeiasNet e ao iMúsica, pela nova coleção de Coolnex Cards. Só me faltou o do Jacaré Banguela.

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Para saber mais sobre o BlogCamp ES, visite o Technorati, o Flickr e o YouTube.

Imagens: Arlys (logomarca do evento), Jonny Ken (foto da galera) e divulgação (CoolnexCards).

Viajo daqui a pouco…

…e, pra variar, deixei tudo para a última hora.

Passei a manhã tentando falar com agências de turismo, na esperança de fazer o passeio pela Serra do Espírito Santo: Domingos Martins (colonização alemã), Pedra Azul e Venda Nova do Imigrante (colonização italiana). Se eu tivesse tomado essas providências na semana passada, como qualquer pessoa normal, estaria com o passeio garantido. No alto da minha imprevidência, ainda estou torcendo para que alguma alma caridosa me inclua no tour.

Isso pra não falar que quase esqueci a passagem em casa, estou com uma pilha de serviço enorme, não agendei nenhum texto para o Dia de Folga (muito menos para o Deusário – nada de coluna nesta sexta-feira, de novo), mal planejei o que fazer em Vitória e acabei deixando meu moleskine genérico (companheiro indefectível de viagens) em casa.

Vou te dizer… ou aprendo a me organizar, ou me mudo para o ex-planeta Plutão, pra curtir uns dias de 154 horas.

Coisas que todo frigobar de hotel deveria ter

Frigobar, por Quick Lunar Cop Pesquisando para outro artigo, encontrei um texto ótimo do Ricardo Freire: Frigobar, Doce Frigobar. Freire diz que é possível avaliar a qualidade de um hotel pelos itens do seu minibar, ou frigobar, e lista 6 produtos que, segundo ele, não podem faltar (vá lá conferir a lista dele, eu espero).

Como já passei alguns apuros famélicos em hotéis, resolvi fazer meu próprio Top 5 sobre o assunto. Eis, na minha opinião, os 5 itens absolutamente indispensáveis num frigobar de hotel:

1. Coca Zero (sim, serve a light). Ricardo Freire está certíssimo – abrir um frigobar e só encontrar coca-cola normal é frustrante, pra não mencionar desrespeitoso. E quanto aos milhares de diabéticos? E quanto à quase totalidade das mulheres, que vive de dieta? Faça-me o favor: coca-cola sem açúcar é o mínimo que se espera de um frigobar.

2. Cerveja. Se a marca for decente, melhor ainda. Até quem não gosta – como eu – pode se beneficiar de uma latinha. A cerveja de frigobar cumpre uma tripla e honrosa função para o viajante: mata a sede, alimenta e dá aquela moleza gostosa, que faz a gente dormir bem em qualquer cama – mesmo que não seja tão confortável quanto a nossa. Só não vale encher a cara, acordar com uma baita ressaca e deixar de curtir a viagem.

3. Bolo Ana Maria. Aqui, nada de genéricos – só o bolinho Ana Maria é tão gostoso quanto o bolinho Ana Maria. Se você acordar tarde e perder o café-da-manhã, ele estará pronto a acudir. Se o próximo trecho da viagem for ao estilo “barrinha de cereal, senhora” ou, pior ainda, se for dentro de um ônibus pinga-pinga, você vai adorar ter levado o bolinho do hotel na bolsa.

4. Salgadinho Bon Gouter. Não, nada de castanhas ou amendoim, que engordam horrores e não matam a fome. Nem me venha com cheetos e afins, que deixam o quarto com cheiro de meia suja. Já o Bon Gouté, além de ter um sabor bastante razoável, aplaca o estômago e combina muito bem com aquela cerveja. Sem contar a apresentação: a caixinha já passa uma sensação de capricho e garante que os biscoitos não foram apalpados/pisoteados/esfarelados pela turba de crianças que passou pelo quarto no dia anterior.

5. Banana passa. Ok, um pouco de patriotismo piegas agora. Para o bem ou para o mal, para o orgulho de uns e a vergonha de outros, somos o país das bananas. Eu gostaria de encontrar chocolates num hotel suíço, vodca num hotel russo, tâmaras num hotel egípcio. Clichês podem ser bacanas! Isso pra não mencionar que as bananinhas passas são deliciosas, além de práticas.

Em breve, a lista dos 5 itens completamente dispensáveis num frigobar de hotel. 😉

O que você achou da lista? O que modificaria nela? Participe nos comentários ou no seu blog, e deixe-me saber.

Foto: Quick Lunar Cop, via Flickr (CC)