Will & Grace

Este artigo é a oitava parte da tag As 10 Melhores Séries de Todos os Tempos.

Jack & Karen, Will & Grace.Mais uma sitcom. Aqui, dividem espaço Will Truman, um advogado gay bem-sucedido, Jack McFarland, um projeto mal-sucedido de ator (também gay) que vive se aproveitando do seu amigo Will, Karen Walker, uma socialite fútil (sei, isso é pleonasmo) e Grace Adler, uma decoradora. O passatempo preferido de Karen e Jack é debochar de Grace e Will, embora corram para eles à menor emergência (principalmente se for financeira).

O seriado retrata a amizade desses quatro malucos com muito bom-humor. Um grande mérito dos roteiros é tratar a homossexualidade de modo natural, aproveitando-a em piadas sem paternalismo ou falso moralismo (do tipo “é feio falar disso”) e, certamente, sem preconceito.

Os roteiros também tiram sarro com outros temas delicados, como alcoolismo, imigração ilegal, sexo e ditadura da beleza.

Personagem favorito

Karen (Megan Mullally), por uma dose de vodca de diferença (o páreo entre esses quatro é duríssimo).

Cenas Inesquecíveis

Na primeira temporada, em The Truth About Will and Dogs, Will divide sua atenção entre seu novo cachorrinho de estimação e um importante cliente:

Will (para o filhote, com voz infantil): Você quer água, garoto? Glub glub glub glub glub glub glub glub! (Para Harlin, o cliente, com voz normal) Engraçado, eu nunca me vi como um dono de cachorro!
Harlin: Certo… sua gente gosta de gatos.
Will: E por “sua gente” você quer dizer…
Harlin: Advogados, é claro.

Saiu-se bem dessa saia justa, o tal Harlin.

Jack conhece Cher, sua musa inspiradora.Mas a cena mais lembrada de Will & Grace é do Jack. Cher é a musa inspiradora desse aspirante a ator, seu ídolo, alvo de veneração, adoração, amor incondicional. No episódio Gypsies, Tramps and Weed (terceira temporada), Jack a encontra em carne e osso… e a confunde com uma drag queen:

Cher: Sabe, cara, é meio bizarro você conversar com minha boneca.
Jack: Acho que não preciso que uma drag queen me diga o que é um comportamento normal. Mas vou te dizer, sua montagem é impecável.
Cher: Que seja.
Jack: Uhmmm, incorporando a atitude. Ok, você é boa.
Cher: Eu tenho muita prática.
Jack: Ei, ei. Você não é tão maravilhosa assim, irmã. Eu imito a Cher melhor que você.
Cher: Você acha mesmo?
Jack: Na verdade, é “você acha mesmo, hooooooooe”.
Cher: Você está de gozação comigo?
Jack: Ok, a mão está perfeita, mas é mais como “você está de gozação comigo, hooooooooe”.
Cher: Vai cuidar da vida. [Get a life.]
(Ela se afasta, depois volta.)
Cher (canta): If I could turn back time.
Jack (limpa a garganta e canta): If I could turn back time, hooooooooe. Time hooooooooe. Time hooooooooe. Time hooooooooe.
Cher (empurra Jack): Cai na real!

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Highway to Heaven (O Homem Que Veio do Céu)

Este artigo é a nona parte da tag As 10 Melhores Séries de Todos os Tempos.

Mark Gordon e Jonathan Smith - Highway to HeavenO primeiro seriado de que gostei a ponto de acompanhar sem perder um capítulo sequer. As histórias do charmoso anjo Jonathan Smith e seu fiel escudeiro Mark Gordon eram sensíveis, emocionais mesmo, daquelas que deixam os olhos cheios d’água, e costumavam trazer uma lição de moral.

Foi exibida no fim dos anos 80 e começo dos anos 90, no SBT; depois saiu de cena para todo o sempre. As três primeiras temporadas já foram lançadas em dvd, mas não chegaram ao Brasil.

Personagem Favorito

Jonathan Smith (Michael Landon). Na verdade, a série só tinha dois personagens fixos: Jonathan Smith e Mark Gordon (Victor French), que estava mais para coadjuvante que para protagonista.

Cena Inesquecível

Certo, aqui eu jogo a toalha: assisti a O Homem que Veio do Céu pela última vez há mais de 15 anos! Sequer houve muitas reprises naquela época. Obviamente, esqueci todas as cenas. Puxando muito pela memória até surge um trecho ou outro, mas nada consistente.

A única lembrança realmente nítida é a abertura do seriado, formada por belas imagens de céu e estrada, com uma música suavemente melancólica. Resolvi procurar naquele que tudo vê e voilà: encontrei a seqüência de abertura de Highway to Heaven! Como as coisas costumam sumir desse site de repente, já dei meu jeitinho de guardar essa preciosidade no meu computador.

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Heroes

Este artigo é a décima (e última) parte da tag As 10 Melhores Séries de Todos os Tempos.

HeroesHesitei bastante em colocar Heroes na lista. Por mais que goste da série, ela está apenas em sua primeira temporada – há muito espaço para a decadência e a conseqüente decepção dos seus fãs.

O lance é que Heroes é viciante. Estruturada como um grande épico dividido em livros e capítulos, a trama faz o espectador ansiar pela parte seguinte. A primeira temporada trouxe uma ou outra subtrama fraca, mas que livro consegue manter o ritmo em rigorosamente todas as páginas? No fim das contas, os 23 episódios formaram um conjunto harmonioso, entremeando ação pura com papos-cabeça.

Os símbolos de Heroes.Heroes ainda pode crescer bastante. Há margem para muita discussão ética, aventura, intrigas e relacionamentos entre os personagens. A próxima temporada, que estréia nos Estados Unidos em setembro, promete ser interessantíssima, a julgar pelo desfecho do episódio How to Stop an Exploding Man?.

Espero que não seja daquelas séries que começam bem e vão decaindo, como Desperate Housewives e Lost (ok, pode jogar os tomates podres).

E sim, Heroes chupinhou muita coisa de X-Men e de outras fontes, mas quem se importa?

Atualização em 27.07.2007: esqueci-me de mencionar uma grande qualidade de Heroes: ao contrário da chatíssima Lost, Heroes entrega ao espectador, a cada dia, respostas aos enigmas estabelecidos, ao mesmo tempo em que cria novos mistérios. É exatamente essa característica que o torna absolutamente viciante – você precisa ver a parte seguinte, precisa saber como a história vai se desenrolar, e não se sente frustrado/enganado/enrolado nesse processo. (Por que me lembrei, agora, de mencionar isso? Porque acabei de ler o texto do Cardoso, que fala desse aspecto da série.)

Personagem Preferido

Hiro Nakamura (Masi Oka) é hors concours – preferido de dez entre dez fãs, nem tem graça citá-lo. Minha segunda personagem favorita é a cheerleader Claire Bennet (Hayden Panettiere). Caramba, ela tem o fator de cura do Wolverine, isso é o máximo!

Cenas Inesquecíveis

Yataaaaaa!!!!Uma das cenas mais divertidas do seriado é a chegada de Hiro da Times Square, em Nova Iorque, via… teletransporte. A alegria do moço é contagiante: “Yataaaaaa!!!!”. O episódio é Don’t Look Back.

O Hiro do futuro encontra Peter Petrelli.O encontro do Hiro do futuro com Peter Petrelli, no episódio Collision, foi chocante. Acostumados a um Hiro sorridente e otimista, os espectadores foram apresentados a uma versão que transmite amargura e tristeza no olhar sério. A partir desse ponto, fica claro que o futuro será um lugar sombrio.

George Takei em Heroes.Outro grande momento, mas talvez apenas para os trekkers, é a participação de George Takei, o querido tenente (posteriormente promovido a capitão) Sulu, de Jornada nas Estrelas: Série Clássica. Takei aparece pela primeira vez em The Fix . Com o desenrolar dos episódios, cresce a importância de seu personagem na trama.

Aliás, referências a Star Trek são uma constante na primeira temporada.

Saiba mais

Não costumo gostar de resenhas de episódios. Em geral, limitam-se a um resumão dos eventos, acrescentando pouco ou nada a quem já assistiu ao programa. As resenhas de Heroes no site TeleSéries são a exceção. O Ale Rocha não se limita a resumir, mas faz críticas contundentes e procura agregar novos elementos em cada análise, como mitologia, História e cultura pop. Vale a leitura.

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Como se eu já não soubesse…

…mas faz-de-conta que só agora descobri porque não tenho tempo para nada (clique para ampliar):

Orangotag

Fiz o cadastro e as anotações de seriados e episódios assistidos em menos de meia hora. Bastante coisa mesmo ainda está de fora. No momento em que você lê este texto, meu perfil já deve ter engordado.

A dica desse site à la web 2.02 sobre séries é do blog Contraditorium. O Orangotag existe desde abril e, claro, ainda é beta, como convém a produtos “web 2.0”. Parece meio tímido ainda, espero que cresça com o tempo e a participação de fanáticos por enlatados como eu. As novidades podem ser acompanhadas pelo blog do serviço.