Foram entrevistados funcionários do Centro de Controle de Zoonoses, que mostraram vários cãezinhos à espera de um lar; a Suzane Faria, do grupo Salvando Vidas Protetores Independentes, que faz um trabalho maravilhoso de proteção e doação de cães e, principalmente, de gatos; e a bióloga Cláudia Santos, feliz adotante de um cachorrinho.
Conheço o trabalho da Suzane e é realmente louvável. Vida de protetor é difícil, dispendiosa e cheia de percalços. Também tem alegrias, claro, quando se sabe que um gatinho de rua agora está em um lar amoroso graças a esse trabalho duro.
Se você mora em Brasília, assista a reportagem e encaminhe aos amigos que querem um companheiro de quatro patas. Se ouvir alguém mencionando que quer comprar um filhote, tente mostrar-lhe o caminho da adoção – muita gente compra em vez de adotar por puro desconhecimento.
Você mora em outra cidade? Uma rápida busca no google certamente apontará protetores de animais aí pertinho (aqui ao lado há uma pequena relação deles). O orkut também é ótimo pra isso, há muitos animais aguardando lares cujas fotos são divulgadas por lá. Em cidades maiores, você também poderá procurar o CCZ local.
Como diria uma certa marca de ração: adotar é tudo de bom!
A Renata Checha bolou uma coisa muito bacana para os amantes de gatos: o #catloversday. A ideia é demonstrar nosso amor pelo felinos e espalhar aos quatro cantos que gatinho é tudo de bom (parece incrível, mas esses bichos adoráveis ainda sofrem muito preconceito).
Leia sobre a proposta no blog Bicho Amigo. No twitter, você acompanha as novidades do projeto. O “dia d” será 29 de setembro, em que você poderá demonstrar seu amor pelos bichanos trocando seu avatar do twitter por uma foto com seu gatinho.
Além disso, haverá sorteios de mimos para humanos e felinos. O Cadê entrará na ciranda oferecendo um presente ultrafofo – fotos em breve!
Texto escrito pela Renata Porto. Ela quer informar sobre PKD (doença dos rins policísticos), distúrbio comum em gatos persas, negligenciado por vendedores e desconhecido por muitos donos. Leia com atenção!
Meu primeiro gato foi o Tobias, um SRD (sem raça definida) que encontrei em uma avicultura, dentro de uma gaiola, desesperado, chorando muito. Ao vê-lo foi amor a primeira vista e o levei imediatamente para casa. Após três meses percebi que seria bom para o Tobias ter um amigo, já que ele passava muito tempo sozinho em casa, ele precisava de alguém da mesma espécie para compartilhar seu dia a dia, aprender e brincar.
Certo dia, ao entrar num Pet vi um anúncio: “vendo lindos gatos persas”. Sabendo da docilidade dos persas fui ao local conhecer a ninhada e me encantei com aquele gatinho, reservado, observador e de bigodes cortados!!
Foi assim que comprei meu segundo gato, Batatinha.
O Tobias (SRD), muito ciumento, demorou alguns dias para aceitá-lo.
Mas, o Batatinha nunca reagiu as agressões de disputa de território do Tobias. Acho que se existe anjos, ele é um.
Hoje estou com três gatos e nunca conheci um gato como o Batatinha. Ele é carinhoso ao extremo, amoroso, sensível, delicado, pacífico e doce.
Quando um de seus irmãos adoece, ele fica o tempo todo junto, cuidando, sofrendo, acolhendo. Se fico deprimida ele cuida de mim, com seus carinhos, e seus ronrons. E se choro, ele chora junto com seu miado triste e acolhedor. Ele é muito solidário na dor. E é um gato que retribui tudo, com muito amor.
Com passar dos meses percebi que a companhia do Batatinha era muito boa, realmente, para o Tobias, mas o Tobias sempre foi muito independente e caçador deixando o Batatinha muito tempo só.
Preocupada, dessa vez, com o Batatinha entendi que ele precisava de um amigo da mesma espécie e raça. Um amigo que tivesse o mesmo padrão comportamental, então teria que ser outro persa.
E assim surgiu o Miguel, um persa silver.
O Miguel chegou com muitos problemas de saúde. Fui a muitos veterinários, muitas clínicas e vários hospitais veterinário até entender que os gatos possuem diversas peculiaridades e não devem ser tratados, nunca, como cães de pequeno porte (como é de costume).
Hoje tenho essa pessoa especializada, só em gatos, e se não fosse ela eu não teria mais o Miguel, e também não teria descoberto que o Batatinha é um gato persa PKD positivo, e por isso requer muito cuidado e tratamento. Eu devo a vida de meus gatos à Dra. Vanessa Pimentel (MV, MSc, CRMV-DF 1609).
Quanto ao PKD, que descobrimos precocemente no Batatinha, doença do Rim Policístico ou PKD (do inglês “Polycystic Kidney Disease”), gostaria de alertar todos os donos de gatos persas, ou pessoas que pretendem ter gatos dessa raça para que ao comprá-los exija o teste de PKD, pois a doença dos rins policísticos não tem cura e é letal.
O que percebo, em Brasília, é que muitas pessoas desconhecem a existência de PKD em gatos, o importante é que o comprador de um filhote, sobretudo persa, deve estar também atento a existência de tais exames.
O persa é um gato muito sensível por natureza, mas com alguns cuidados é possível ter um companheiro persa por muitos e muitos anos.
Donos de gatil e pessoas que pensam em reproduzir gatos persas devem se preocupar em testar o plantel para verificar se há ou não gatos PKD positivos. Caso o exame dê positivo é preciso castrá-los.
Todas as raças derivadas ou portadoras de linhagens de sangue do persa, bem como o próprio persa, apresentam maior propensão à doença (prevalência estatística). Filhotes destas raças devem apresentar exames negativos para PKD, que indiquem ausência da mutação.
O PKD acarreta no surgimento de cistos nos rins, causando disfunção renal. Não se trata de doença contagiosa, ou seja, não é transmissível, mas sim hereditária. Os problemas começam com o crescimento dos cistos, que causam disfunção renal, levando, finalmente, à falência renal.
Por isso é muito importante fazer o controle, o acompanhamento da evolução dos cistos. (Num gato com suspeita de PKD ou PKD +). O diagnóstico pode ser feito de maneira nada agressiva, por meio de ultra-sonografia, ou através de exames de DNA. Aqui na cidade temos bons profissionais, com equipamentos sofisticados de ultra-sonografia.
O cisto do Batatinha foi detectado com 0,2 mm. Hoje, o acompanhamento do U.S. é feito pela Dra. Ceres, que atende no Hospital São Francisco enquanto que o tratamento quem faz é a Dra. Vanessa Pimentel, que é especializada e mestre em medicina felina.
Eu sei que o Batatinha viverá menos que um gato saudável, devido ao diagnóstico de PKD. Mas enquanto viver ele será o gato mais feliz do mundo. Ele é o príncipe da nossa casa.
Alerto às pessoas que ao comprarem um gato investiguem muito o gatil/o criador. Conheçam pessoalmente o local e as condições de higiene, também.
E exijam o teste de PKD negativo. (gatos PKD positivo não devem procriar).
Além disso, é essencial ter um excelente veterinário, sempre. (independente da raça do gato).
Para aqueles que não querem se preocupar com PKD, nada melhor que nossos maravilhosos SRD. Eles são incrivelmente fortes e donos de uma genética maravilhosa. Vira lata é tudo de bom! Gato é tudo de bom! Quem tem sabe!
Se você quiser trocar informações e experiências com a Renata, pode escrever para ela:
correioeletronico.renata [at] gmail.com.
Não faz muito tempo, conheci o GeekCats, de onde veio a tirinha acima. O site é diversão garantida para amantes de gatos e agora também conta com uma rede social, o Balaio de Gato.
O mais bacana é que a proposta do Balaio não é ser somente um ponto de encontro, mas também um espaço que facilite a doação/adoção de felinos que precisam de um lar e a vida dos protetores.
Há muito mais coisa interessante na rede, inclusive pra quem não é protetor mas ama os gatos. Sugiro que visite agora mesmo o Balaio – eu já me cadastrei por lá.