Vinagrete de Morango

Quarta receita da série Receitas com Morangos.

Cansou de comer salada todo dia? A melhor forma de mudar o sabor sem aumentar as calorias é variando o molho. Aliás, brincar com molhos de saladas é uma experiência recompensadora: você testa o sabor dos mais diversos temperos, tem idéias para o seu uso em outros pratos e gasta um tempo mínimo na cozinha.

Este vinagrete de morangos acrescenta um toque de sofisticação à salada nossa de cada dia. Não foi feito pensando em churrasco. Seu sabor é delicado, suave.

Ingredientes

  • 20 morangos lavados, sem as folhas e talinhos
  • 1/2 xícara (chá) de vinagre de vinho branco
  • 1/2 xícara (chá) de água
  • 4 colheres (sopa) de azeite de oliva
  • 1 cebola pequena picadinha
  • um punhado de cheiro verde (cebolinha e salsinha) fresco picado
  • 10 folhinhas de manjericão fresco
  • sal e pimenta do reino a gosto

Você também precisará de

Preparo

Vinagrete de Morango No pilão, macere os morangos. Passe-os para a molheira e acrescente os demais ingredientes. Misture suavemente e sirva sobre uma salada de folhas verdes.

Dicas e Complementos

Você pode improvisar um pilão com um copo e uma colher de pau.

O morango tem um gosto azedinho que vai muito bem nessa combinação. Aliás, frutas combinam bem com saladas (e nem preciso mencionar que tomate é fruta).

Salada com Vinagrete de Morango Na foto, além das folhas, acrescentei beterraba e cenoura raladas. Não aconselho o uso de carnes, azeitonas ou outros ingredientes de sabor forte, para não sacrificar o sabor dos morangos.

Cuidado para não carregar no sal ou na pimenta. Eles devem entrar em pequena quantidade, dando apenas um toque suave.

Você pode conservar o que sobrar na geladeira por alguns dias. Lembre-se de deixar o vinagrete em temperatura ambiente por alguns minutos antes de servir, para que o azeite volte à textura normal.

  • Tempo de preparo: 10 minutos
  • Grau de dificuldade: fácil
  • Rendimento: 6 porções

Sabe o que é culinária fusion?

Segundo o Marcos Emílio Gomes, coordenador do projeto O Melhor da Cidade, da Revista Veja,Gastronomia Fusion

é aquela em que você come pouco, paga muito e não consegue identificar se o que está no prato é animal, vegetal ou mineral.

Claro que foi uma brincadeira do comentarista, que também mencionou que a gastronomia contemporânea, modismo anterior à fusion, caracterizava-se pela ausência de suco de manga no mercado, já que todo prato levava suco de manga. Poucas vezes vi brincadeiras com tanto fundo de verdade. 😉

O comentário foi feito na CBN, em 26 de julho de 2007, e você encontra o áudio na página Turismo e Gastronomia. Por alguma razão misteriosa, só ontem recebi o áudio no meu agregador de feeds.

A propósito, vou a São Paulo daqui a uns dias (para o BlogCamp, mas esticarei a viagem) e agradeço aos leitores que quiserem mandar sugestões gastronômicas e culturais. 🙂

Esterilizando vidros para conservas

Vidro de PimentaJá coloquei no blog uma receita de picles e tenho engatilhadas mais duas conservas para compartilhar. Independentemente do preparo, contudo, há sempre uma regrinha básica a ser seguida: o vidro que receberá a conserva precisa ser esterilizado para que ela dure mais.

Aí surge a dúvida: como esterilizar um vidro de conserva?

Lavagem prévia

Antes de mais nada, lave muito bem o vidro e a tampa. Se for reaproveitar embalagens, retire o rótulo (se precisar, deixe de molho em água quente para que a cola amoleça). Marcas de lote e validade diretamente no vidro saem facilmente com o lado áspero da bucha.

Verifique o estado da tampa: se for de metal, certifique-se de que não há pontos de ferrugem. Se houver borracha de vedação, confira se está em bom estado – se estiver rachada ou desmanchando, é melhor tirá-la fora de uma vez.

Enxágüe bem o vidro e a tampa para eliminar qualquer resquício de detergente.

Esterilizando no fogão

O vidro: no fundo de uma panela, coloque um pano limpo dobrado. Sobre o pano, apóie o vidro (ou os vidros, se a panela for grande o suficiente). Encha com água – o vidro também deve ser preenchido, e deve permanecer aberto. A panela precisa ser alta o suficiente para que a água cubra todo o vidro. Leve a panela ao fogo alto. Espere ferver e marque 20 minutos.

A tampa: se for de metal, a tampa pode ser levada ao fogo junto com o vidro. Se for de plástico, coloque-a na água fervente apenas durante os últimos 5 minutos.

Espere a água da panela esfriar um pouco antes de tentar retirar o vidro, a não ser que sua cozinha seja equipada a ponto de ter pinças próprias para retirá-lo.

Esterilizando no forno

O vidro: se você não tiver uma panela grande o bastante para comportar o recipiente da futura conserva, pré-aqueça seu forno em temperatura alta, coloque o vidro dentro de uma assadeira e leve ao forno por 20 minutos.

A tampa: tampas de plástico ou com vedação de borracha correm o risco de derreter no forno. Esterilize-as usando uma panela de água fervente. Tampas de plástico ficam na fervura por 5 minutos; tampas de metal, por 20 minutos.

Método Tabajara

Antes de aprender sobre a esterilização pelo forno, e como não tinha uma panela grande o suficiente para meus vidros, eu costumava, simplesmente, jogar água fervente sobre os vidros e as tampas muito bem lavados, até que transbordassem. Depois de uns 15 minutos, escorria a água e considerava o vidro “esterilizado”. Embora não seja a forma correta, essa saída estratégica pela esquerda mantinha minhas conservas por uns três meses (sempre dou cabo delas antes disso).

Dicas Finais

O vidro e a tampa devem secar ao natural, para evitar os fiapos do pano de prato.

Não apóie o vidro quente diretamente sobre uma superfície fria, pois ele pode trincar.

Algumas conservas só podem ser montadas após o vidro esfriar. Tenha paciência e siga corretamente as indicações de preparo, para não comprometer o resultado.

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Risoto de Lingüiça

O risoto é um dos pratos mais práticos que existem. Se aquela visita que chegou ao meio-dia não dá sinal de ir embora, ou se você resolveu convidar uns amigos para uma reuniãozinha de última hora e quer servir um prato quente, ele é a salvação da lavoura – fica pronto em quarenta minutos e pode ser feito com o que estiver na geladeira.

Para garantir o sucesso, entretanto, é essencial usar um arroz próprio para o prato. O ponto alto do risoto é a sua cremosidade e ela é determinada pelo amido que o arroz libera durante o cozimento, o que depende da sua variedade. Além disso, não se pode arriscar que o arroz fique grudado, ou tão cozido que desmanche. Recomendam-se dois tipos: o arbóreo e o carnaroli. Se puder escolher, dê preferência ao último, que libera mais amido e tem uma aparência amendoada belíssima.

E, pelamordedeus, esqueça o hábito brasileiro e não lave o arroz.

A lingüiça, aqui, é mera sugestão. Meu pai havia preparado uma lingüiça deliciosa, cozida no vinho e posteriormente frita. Como sobrou bastante, resolvemos fazer o risoto. Você pode substitui-la por qualquer carne previamente preparada e picada (ou desfiada), por tomates secos, cogumelos ou qualquer outro ingrediente que estiver à disposição. Se usar queijo, acrescente-o (picadinho ou ralado) apenas ao final do cozimento.

Vamos à receita.

Ingredientes

  • Uma colher (sopa) cheia de azeite
  • Meia cebola média picadinha
  • 2 xícaras (chá) de lingüiça frita picada
  • 1 xícara (chá) de arroz arbóreo ou carnaroli
  • Meia xícara de vinho branco
  • 4 xícaras de água fria
  • Sal a gosto
  • Pimenta do reio a gosto

Você também precisará de

Preparo

Numa panela de fundo largo, leve ao fogo o azeite, o sal e a cebola, fritando-a até amolecer (não espere dourar).

Junte a lingüiça e frite ligeiramente (lembre-se, ela já está frita). Tempere com pimenta do reino. Acrescente o arroz e refogue.

Junte o vinho branco e mexa até que dois terços dele tenham evaporado. Derrame as quatro xícaras de água fria aos poucos, mexendo sempre com uma colher de pau.

Após a fervura, o cozimento levará cerca de 20 a 30 minutos. Durante este tempo, mexa freqüentemente para estimular a liberação do amido – é isso que dará cremosidade ao risoto. Aproveite para provar o tempero e ajustá-lo. Se necessário, acrescente mais água.

Atenção especial ao fim do cozimento, quando é importantíssimo mexer o arroz continuamente para que não grude e não queime.

Risoto de Lingüiça O risoto, por definição, não deve ficar seco, mas úmido e cremoso. Os grãos de arroz ficam soltinhos e al dente, ou seja, oferecem certa resistência à mordida, mas estão cozidos e macios por dentro.

Sirva imediatamente.

Dicas e Complementos

Risotos são de rápido preparo e devem ser feitos minutos antes de serem saboreados. Não ficam tão gostosos se forem requentados.

O vinho branco pode ser substituído pelo tinto sem prejuízo do sabor – claro que o risoto adquirirá uma cor escura. Também pode ser usado espumante, especialmente se os ingredientes tiverem sabor delicado.

No lugar da água, você pode usar caldo de legumes, de carne, de frango ou de qualquer outro sabor.

  • Tempo de preparo: 40 minutos
  • Grau de dificuldade: moderado
  • Rendimento: 2 porções bem servidas