Com essa onda de brigadeiria gourmet, virou moda chamar qualquer docinho enrolado de brigadeiro. Daqui a pouco, beijinho vai virar brigadeiro de coco e cajuzinho vai ser brigadeiro de amendoim. Não me entenda mal: eu adoro os docinhos dessas lojas (em Brasília, recomendo a Puro Brigadeiria – e não deixe de provar o docinho de cràme brûlée), só que brigadeiro é aquele docinho com leite condensado e chocolate, necessariamente.
Então, nada de achar que isso aqui é brigadeiro de farinha láctea. É docinho de farinha láctea e ponto. E é uma delícia. Se você sente saudades do tempo em que comia farinha láctea pura (ops, essa sou eu), vai adorar!
Ingredientes
1 lata de leite condensado
4 colheres (sopa) de farinha láctea
2 colheres (sopa) de manteiga
Você também precisará de
panela pequena
forminhas de papel, se quiser caprichar
Preparo
Leve todos os ingredientes ao fogo baixo, mexendo sempre até desgrudar da panela. Eu me guio pela lateral: quando o doce está soltando da lateral da panela, está no ponto.
Despeje em uma travessa e espere uma hora ou duas até que esfrie. Enrole os docinhos e passe pela farinha láctea antes de colocá-los nas forminhas de papel.
Dicas e Complementos
Ninguém mais enrola docinhos em casa hoje em dia, né? Antigamente, achava-se forminhas de papel em padarias, supermercados… dessa vez, tive que ir a uma loja especializada em artigos de festa.
Tempo de preparo: 10 minutos (e mais 10 pra enrolar, depois que esfriar)
Dia desses, o Maestro Billy postou no twitter uma receita de shitake (ou shiitake, como queira) preparado no forno que me deixou quase morrendo de vontade. Adoro shitake e acostumei-me a refogá-lo na panela – só que no forno tudo fica mais fácil! Você põe tudo lá dentro, marca o tempo e fica livre para preparar o prato principal, sem ter que cuidar de mais uma panela.
Ingredientes
200 gramas de shitake
20 gramas (uma colher de sopa cheia) de manteiga com sal
sal a gosto
Você também precisará de
papel-toalha ou pano de prato limpo
papel alumínio
assadeira
Preparo
Limpe os cogumelos com papel toalha umedecido, ou use o pano de prato úmido para isso. Você eliminará resquícios de terra e não correrá o risco de encharcar o shitake (que é esponjoso) lavando em água corrente.
Separe os talos e fatie os chapéus.
Num pedaço grande de papel alumínio, coloque as fatias e a manteiga. Faça uma trouxa. Leve ao forno pré-aquecido em temperatura baixa (180ºC) por 20 minutos.
Retire, abra a trouxa com cuidado, polvilhe uma pitada de sal (se desejar) e sirva como uma entrada quente, um guarnição para o salmão, um acompanhamento pra torradas ou como preferir. Eu acabo comendo a maior parte dele puro, mesmo, de tanto que gosto.
Dicas e Complementos
Você pode substituir a manteiga por azeite, e ainda acrescentar um pouco de shoyo antes de assar o shitake. Se usar shoyo, não acrescente sal ao fim do preparo.
Fiquei com dó de jogar os talos fora. Coloquei-os inteiros em outro pedaço de papel alumínio, reguei com azeite aromatizado com alecrim, embrulhei e deixei no forno por quase meia hora (porque são mais duros e fibrosos que os chapéus). Ficaram uma delícia! Recomendo que os aproveite, como eu fiz, mas não os misture às fatias de shitake, para não prejudicar a textura e o aspecto do prato.
Tempo de preparo: 30 minutos, contando o tempo de forno
Vi uma receita de mini-cheesecakes e fiquei morrendo de vontade de testar. Pra simplificar a coisa, preferi fazer um grande cheesecake – e mudei vários outros detalhes, também. Para a base, usei minha receita de cookies. Para a cobertura, um vidro de geléia de frutas vermelhas. Pois é, basicamente só o recheio é o mesmo da receita original.
1/2 lata de leite condensado (pode ser desnatado/light)
100 gramas de manteiga com sal
1 e 1/4 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 colher (chá) de essência de baunilha
1/2 colher (café) de bicarbonato de sódio
1/2 colher (café) de sal
Recheio
450 gramas de cream cheese (usei o Philadelphia light; essa quantidade equivale a três embalagens)
1 e 1/2 xícara (chá) de açúcar
6 ovos
2 colheres (sopa) de essência de baunilha
2 colheres (sopa) de suco de limão (puro, sem água, sem açúcar)
Cobertura
1 vidro pequeno (cerca de 200 gramas) de geléia de qualidade, do sabor que você preferir; usei uma de frutas vermelhas
Você também precisará de
batedeira
assadeira grande (20-25 cm. de diâmetro) de fundo falso; se não tiver, substitua por um refratário e não tente desenformar
forno convencional
Preparo
Massa
Na batedeira, bata a manteiga e acrescente o leite condensado até conseguir um creme esbranquiçado. Acrescente o trigo, a baunilha, o bicarbonato de sódio e o sal. Bata até a massa ficar homogênea.
Forre o fundo da assadeira (não as laterais) com essa massa. Não precisa ficar lisinho.
Recheio e Cobertura
Bata todos os ingredientes. Despeje a mistura sobre a massa de cookie. Leve ao forno preaquecido a 180ºC (forno baixo) por 15 minutos.
Retire do forno, espere esfriar, espalhe a geléia e leve à geladeira. Aguarde estar gelado (umas duas horas) para desenformar.
Dicas e Complementos
Para desenformar, passe as costas de uma faca entre o recheio e a lateral da assadeira.
Na foto, usei a quantidade de recheio da receita original. Achei que ficou fininho demais, por isso dobrei os ingredientes aqui.
Deve ficar delicioso com cobertura de doce de leite ou de ganache (creme) de chocolate. Se experimentar, me conta. 😉
Tempo de preparo: 40 minutos, mais o tempo de geladeira
Grau de dificuldade: fácil
Rendimento: 8 pedaços grandes, ou 16 pedaços “normais”
Adoro inventar moda na cozinha. Vejo uma novidade no supermercado e já quero comprar pra testar, criar uma nova receita (algumas delas acabam vindo para o blog, você sabe), aprender a preparar este ou aquele prato.
Além disso, tenho as minhas fases: a fase da massa, do peixe, da carne moída, do ovo… quando entro numa dessas fases, passo a semana fazendo variações sobre o mesmo tema. O efeito colateral é que acabo me empolgando nas compras e enchendo a despensa de massas diferentes, ou entupindo o congelador de peixes. Aí, a fase passa e aquilo fica ali, acumulado (e nem me fale nos ovos que estragam na geladeira).
Olha que meu espaço nem é grande: uma geladeira duplex que era o menor modelo frost free existente quando foi comprada, uma prateleira pequena (mas muito alta), uma gaveta e um canto do armário para os enlatados – a isso se resume minha despensa. Mesmo assim, tem coisas suficientes pra manter-me por um mês… não é à toa que me interessei pelo Pantry Challenge quando li a respeito, há algumas semanas.
O que é o Desafio da Despensa
Nas palavras da Jessica, idealizadora da coisa (e na minha tradução):
O Desafio da Despensa é focar, por tempo limitado, em “alimentar-se da despensa”. Em vez de fazer compras normalmente, eu foco no que já possuo. Crio minhas refeições com os ingredientes que tenho evitado. Às vezes é algo trabalhoso, às vezes simplesmente tive preguiça de ser criativa. O Desafio da Despensa me ajuda a lidar com esses itens – e me mostra o que não comprar novamente.
Quais as vantagens do Desafio:
Esvaziar a despensa, recuperando o espaço perdido.
Favorecer uma faxina nos armários e na geladeira quando finalmente estiverem mais vazios.
Estimular a criatividade.
Reduzir o desperdício.
Poupar algum dinheiro.
Aprender o que não agrada, portanto não deve ser comprado novamente.
O que NÃO É o Desafio da Despensa
Uma total abstinência das compras.
Ter uma alimentação sem graça.
Passar fome, sofrer privação ou torturar a si mesmo.
Comer só enlatados.
As Regras do Desafio
Regras? Bem, melhor chamar de linhas gerais ou sugestões.
A ideia é, por um mês, “comprar” primeiro na sua geladeira e no seu armário, em vez de correr para o supermercado. Recorrer ao mercado não é proibido, claro. Você ainda precisará de alimentos frescos como verduras, frutas e ovos. Se você está acostumado a tomar leite todo dia e ele acabar no meio do mês, compre! Por outro lado, se você precisa de requeijão para fazer um arroz cremoso… que tal tentar improvisar com o que tem em casa, como queijo meia-cura ralado e creme de leite? Eu fiz exatamente isso e ficou muito bom!
Comecei o Desafio no dia 15 de janeiro. Até agora, estou indo muito bem. Finalmente abri o pacote de filé congelado de tilápia e, embora não tenha ficado tão gostoso na primeira tentativa, na segunda já ficou uma delícia. Fiz o tal arroz cremoso dia desses, e o que sobrou foi acrescido de azeitonas, presunto picado e molho de tomate e virou um delicioso arroz de forno. Nada se perde, tudo se transforma.
Ainda há pilhas de comida no congelador e no armário, e começo a acreditar que um mês não será suficiente para eliminá-las…
O fundamental é estimular a criatividade, explorar alternativas, divertir-se! O Desafio não existe para limitar, mas para expandir.
O que achou da proposta? Vai implementá-la na sua casa?