Instinto

Nicoline, psicoterapeuta experiente, deve tratar e avaliar Idris, um perigoso criminoso sexual. Os colegas de Nicoline acreditam que Idris já não representa perigo e pode ser reintegrado à sociedade. Ela discorda. Apesar de reconhecer o perigo em seu paciente e de toda a sua experiência profissional, vê-se enredada por Idris.

É um filme incômodo. Nicoline carrega algum trauma e tem claros problemas de intimidade. Há momentos em que o espectador chega a pensar se Idris não estaria, realmente, recuperado, e se a rigidez de Nicoline não partiria de suas próprias experiências anteriores, numa avaliação parcial do criminoso.

O desfecho me levou a questionar todo o arco dramático e terminei com a impressão de que Nicoline é tão capaz e forte quanto parece ser na cena inicial.

O elenco é famoso: Idris é interpretado por Marwan Kenzari (o Jafar de Aladdin) e Carice van Houten (a Melisandre de Game of Thrones) faz Nicoline.

Divulgação: @a2filmesoficial

Estrelinhas no caderno: 4 estrelas

Um Amor Impossível

Dica de filme: “Um Amor Impossível”.

Rachel, aos 25 anos, já é quase “velha” demais pra casar, segundo os padrões do fim dos anos 50. Um dia, conhece Philippe, um homem inteligente, charmoso e sedutor. Do namoro, nasce Chantal. Philippe é um pai ausente, para tristeza de Rachel, que passa anos tentando corrigir isso.

Quando acabou, eu e a @smiletic (que me convidou pra cabine) ficamos apenas olhando os créditos por uns minutos, tentando digerir a história. Não é um filme leve. Não quero me estender para não dar spoilers – apenas veja.

Distribuição: @A2_filmes.

Estrelinhas no caderno: 4 estrelas

Morte no Nilo, de Agatha Christie

Livro da vez: “Morte no Nilo”, de Agatha Christie.

Um dos poucos livros do Poirot que não li na adolescência (porque eu não gostava da capa) é também um dos melhores.

Em “Morte no Nilo”, Agatha Christie se preocupa em criar histórias e idiossincrasias para os personagens, algo que ela nem sempre faz e que enriqueceu muito o livro. As pistas para desvendar os crimes (sim, há mais de um) existem e, coisa raríssima, consegui adivinhar os criminosos e suas motivações. Mesmo assim, alguns lances me surpreenderam.

Foi uma leitura diferente porque fiz numa sentada. Talvez por isso tenha conseguido adivinhar… talvez tenha sido apenas sorte. Fato é que ler de uma vez foi uma experiência prazerosa e pretendo repetir com os próximos da Dama do Mistério. São sempre livros fáceis e a leitura de um fôlego só parece deixá-los melhores.

Estrelinhas no caderno: 4 estrelas

Paris, 98!

Paris, 98! - capaOs livros de Mario Prata são sempre certeza de uma leitura gostosa, leve e muito divertida. Paris, 98! não é diferente.

Gregório é um funcionário do setor de câmbio do Bradesco. É casado, está esperando um filho, ganha uma mixaria, deve para um agiota e compra nas Casas Bahia. Eis que, graças a uma dessas compras, é sorteado para assistir à Copa do Mundo de 1998, na França. Tudo pago, ingresso para todos os jogos. Depois de muito planejamento, Gregório vai. E a vida dele nunca mais será a mesma…

Paris, 98! é uma forma inusitada de ver a Cidade Luz e a retrospectiva do fiasco apresentado pela seleção brasileira em 98. É Gregório que apresenta tudo. Bom de papo, o bancário cativa todo mundo na excursão e cativa também o leitor, que torce por ele no bolão, no dia-a-dia, quer vê-lo feliz, sem dívidas e cheio de dinheiro no bolso. Será que ele vai se dar bem? Será que venderá os ingressos do jogo para quitar a dívida com o Seu Gomes? Será que sobreviverá em francês?

Essa resenha é curta como é curto o livro: apenas 104 páginas que você lê num instante. Diversão garantida, ou seu ingresso de volta.

Ficha

  • Título: Paris, 98!
  • Autor: Mario Prata
  • Editora: Objetiva
  • Páginas: 104
  • Cotação: 4 estrelas
  • Encontre Paris, 98!.