Minhas Mulheres e Meus Homens

Ou melhor, as mulheres e os homens de Mario Prata, que resolveu transformar em livro sua agenda telefônica. O resultado é o desfile de mais de duzentas pessoas – várias delas, famosas – em histórias indiscretas, curiosas, algumas melancólicas, quase todas divertidas.

Você vai descobrir, por exemplo, que o Julinho da Adelaide ficou furioso com o Chico Buarque, acusando-o de querer aparecer às suas custas. Lerá uma carta da Marília Gabriela, pessoal como são as cartas para os amigos. Vai rir com a experiência revolucionária de Prata na época da ditadura militar e com detalhes da criação de suas novelas e livros.  Conhecerá muita gente de Lins, cidade em que cresceu o cronista. Até personalidades internacionais dão as caras, como Gabriel García Márquez. Mario Prata é um homem de muitos contatos!

O livro vem em ordem alfabética, como toda agenda telefônica. O autor aconselha a leitura em ordem cronológica e apóio a escolha. Afinal, esse monte de fragmentos é uma autobiografia, com toques de história recente do Brasil. Nada melhor que ler na ordem em que os fatos aconteceram. Claro que, ainda assim, ficarão dúvidas, incertezas, perguntas da maior importância jamais respondidas – pra quem será que o Chico Buarque compôs “Olhos nos Olhos’, afinal de contas?

Aproveite pra ler o que o próprio Mario disse sobre o livro.

Ficha

  • Título: Minhas Mulheres e Meus Homens
  • Autor: Mario Prata
  • Editora: Objetiva
  • Páginas: 252
  • Cotação: 4 estrelas
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3 comentários on “Minhas Mulheres e Meus Homens

  1. Lu.

    O Mário Prata deveria te pagar por essa resenha o peso dele em ouro. Fiquei louco pra ler o livro, haja vista a sutileza que você conseguiu imprimir a ela, sem perder o aspecto de “teaser”.

    O que mais me pegou foi que eu sempre pensei que Julinho da Adelaide fosse um pseudônimo do Chico para enfrentar o Regime, mas agora fiquei até na dúvida se o Mário usou uma licença poética (ou você), ou se eu realmente sabia errado!

    Parabéns, Lu, teus textos continuam irresistíveis.

  2. Você tem toda a razão sobre o pseudônimo, queridão. 🙂
    Obrigada pela visita e pelo elogio!

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