Ficha técnica
Match Point. Inglaterra/EUA/Luxemburgo, 2005. Drama. 124 minutos. Direção: Woody Allen. Com Jonathan Rhys-Meyers, Scarlett Johansson, Alexander Armstrong, Matthew Goode, Brian Cox, Penelope Wilton.
Chris (Jonathan Rhys-Meyers) é um ex-jogador de tênis que se apaixona por Nola Rice (Scarlett Johansson), a namorada de seu amigo Tom (Matthew Goode), que será também seu cunhado em breve.
Mais informações: Adoro Cinema.
Comentários
Um filme do Woody Allen em que ele não atua e que não é comédia – ao invés disso, muita tensão e suspense. Outras coisas que o destacam na filmografia de Allen é que se trata do filme mais extenso que ele já fez, e é o primeiro rodado na Inglaterra.
A teoria do caos é o foco de Match Point. A primeira frase resume a idéia de todo o enredo: “O homem que afirmou que é mais importante ter sorte que trabalhar duro entendeu o sentido da vida”. Toda a história gira em torno dessa premissa. O personagem principal é um sujeito esforçado, mas acima de tudo sortudo – o que fica ainda mais evidente quando comparado a Nola Rice, personagem interpretada pela atual queridinha de Allen, Scarlett Johansson.
Mesmo nas situações em que se acredita que Chris está no controle da sua própria vida, logo depois percebe-se a intervenção do acaso (ou da sorte, como queira). A vida é uma sucessão de fatos aleatórios que nos conduzem a um ou outro resultado, quase sem querer. Não que não tenhamos controle algum – o controle existe, mas as coisas dificilmente ocorrem como o planejado. Para que dêem realmente certo, o componente sorte é essencial. Se você é uma pessoa genial, dedicada, competente, mas não encontra alguém no caminho pra dar aquele empurrão, ou não topa com uma boa proposta de emprego antes do seu concorrente, de nada adianta todo o talento.
Eu poderia falar muito mais sobre o tema, mas a idéia aqui é comentar o filme, não entrar numa discussão filosófica. E, sim, o filme é excelente, um dos melhores de Woody Allen.
E é melhor nem comentar a tradução de “match point”, expressão esportiva sem correspondente no português, como “ponto final”, que tem um sentido absolutamente diferente na nossa linguagem coloquial.
Adorei esse filme, especialmente por não conhecer esse lado ‘não-comédia’ do Woody Allen. Mas fiquei tão preocupado em falar do grande bolo entre Chris, Nola, Tom e a irmã dele que passei batido pela grande sacada do filme, que é o papel do acaso nas nossas vidas. E quando li sua resenha me veio a mente uma das últimas cenas do filme, que fecha muito bem esse raciocínio.
Gostei desta recomendação. Muito bons seus comentários!
excelente comentário!!
Match Point está disponível para locar?
olha, que eu me lembre nunca tinha assistido a um filme de Woody Allen, mas pra primeira assistindo a “Match Point”, achei ótimo, pois é um filme empolgante e intrigante, nota 10.