Ciência e Vietnã no CCBB – corra!

O CCBB de Brasília traz a partir de hoje uma programação tão ligeira quanto interessante.

Semana do Vietnã: comemorando os 20 anos das relações diplomáticas Brasil-Vietnã, o CCBB exibe três longas: Não Me Queime, Era uma vez e Meninas do Bar. As sessões são sempre às 20:30, de 20 a 22 de outubro. Hoje mesmo, às 21 horas, também há um espetáculo de dança e música típicas vietnamitas, no teatro do CCBB. A mostra inclui, ainda, uma exposição de fotografias sobre o povo e o país no foyer do teatro, até o dia 23.

Ver Ciência: o projeto Ver Ciência já está na 15ª edição e visa a promover a disseminação do conhecimento científico por meio de programas de tv. O CCBB de Brasília traz várias exibições:

  • 20 a 21 de outubro: documentários sobre cientistas brasileiros, como Carlos Chagas e Paulo Freire;
  • 22 de outubro: homenagem aos 150 anos da obra A Origem das Espécies, de Darwin, com quatro documentários inéditos sobre o cientista, produzidos pela BBC;
  • 23 de outubro: programação dedicada ao Ano Internacional da Astronomia;
  • 24 de outubro: comemora-se o Ano da França no Brasil com dois programas
  • 24 e 25 de outubro: seis programas “Para Gostar de Ciência“.

Você pode ver a programação do Ver Ciência no CCBB de Brasília aqui (em pdf), inclusive com horários e indicação etária (a partir de 12 ou de 14 anos, a depender do filme). O CCBB do Rio de Janeiro tem calendário semelhante (também em pdf).

Os dias são poucos para ver tanta coisa bacana. Eleja seus favoritos e corra!

Blog Action Day 2009 – Mudanças Climáticas

O Blog Action Day deste ano convoca blogueiros, twitteiros, facebookeiros etc. e tal a debaterem sobre as mudanças climáticas e suas consequências. Já publiquei diversos textos aqui no DdF relacionados ao tema. Veja alguns:

Como novidade, incluo uma dica bacana: a Tetra Pak, fabricante daquelas caixinhas longa-vida pra sucos, leite e quetais, usou o Google Maps para criar uma Rota de Reciclagem para as embalagens. Você informa seu endereço e o mapa indica pontos de coleta, cooperativas e estabelecimentos que pagam pelo material (mas, normalmente, só se você tiver muito material – o foco desses locais são as cooperativas).

Além do ganho com a economia de matéria-prima, a reciclagem tem o mérito de evitar que as embalagens acabem em lixões, onde não só levariam décadas para se decomporem como também ocupariam um espaço considerável, fazendo surgir a necessidade de lixões maiores, com todos os problemas que acarretam.

Ninguém deseja voltar ao tempo das vendas a granel e dos alimentos não-pasteurizados. Conforto é tudo de bom, sim. Se podemos minimizar o impacto desse conforto no meio ambiente, por que não fazê-lo?

Em tempo: vários dos pontos de coleta listados na rota de reciclagem aceitam outros tipos de lixo seco. É o caso do Pão de Açúcar, que tem recipientes separados para papel, plástico, vidro, alumínio e metais diversos. As embalagens longa-vida podem ser recicladas como plástico ou como alumínio.

Horror no Cinema Brasileiro

Quando você pensa em filme de terror brasileiro, o que lhe ocorre primeiro? Provavelmente o Zé do Caixão, também conhecido como José Mojica Marins.

Horror no Cinema Brasileiro
Catálogo da mostra Horror no Cinema Brasileiro.

Embora seja o mais famoso, Zé do Caixão não é o único cineasta brasileiro a navegar pelas águas sangrentas do horror. Prova disso é a variedade da mostra Horror no Cinema Brasileiro, em cartaz no CCBB de Brasília. São três sessões diárias, envolvendo 26 filmes. No site do Centro Cultural você encontra a programação e as sinopses. O ingresso custa 4 (inteira), 2 (meia) ou nada (se o filme for exibido via dvd) e dá direito a um catálogo muito bem produzido sobre o tema.

Se você espera da produção de horror brasileiro seriedade, sustos fenomenais e megaproduções a la Hollywood, esqueça. Em geral, ele traz uma boa dose de comicidade (intencional ou não), carece de grandes efeitos especiais e transita até pela pornochanchada.

É o caso de Um Lobisomem na Amazônia (2005) dirigido por Ivan Cardoso. A história inclui não só a fera clássica, mas guerreiras amazonas, chá do Santo Daime, um famoso cientista e um sacerdote inca interpretado por – pasme – Sidney Magal (que, obviamente, canta e rebola). Há outros nomes famosos no elenco, como Nuno Leal Maia, Evandro Mesquita (e sua gaita indefectível), Tony Tornado e Daniele Winits (para a alegria dos marmanjos, sua primeira cena é no banho, numa referência a Psicose).

Impossível levar a sério? Claro. Diversão garantida? Sem dúvida!

Mais sisudo é Excitação (1977), de Jean Garrett. O filme troca o humor pela tensão e consegue mesmo surpreender o  espectador. O ponto de partida é a compra de uma casa de praia em que houve um suicídio. A própria casa comporta-se como vilã e as situações de mistério se multiplicam. O elenco não é estelar, há momentos em que as interpretações deixam a desejar, mas o enredo é interessante.

No programa, uma estreia: o filme O Maníaco do Parque, finalizado este ano. A produção conta a história real do motoboy Francisco de Assis Pereira, estuprador e assassino em série.

A mostra segue até o dia 18 de outubro. Passe por lá, assista a uns filmes e volte aqui pra contar o que achou.

Uma volta ao/pelo CCBB

Imaginar é como respirar: basta fechar os olhos e deixar o pensamento voar.
A gente vai junto na música do vento e vira pensamento.
(Darlan Rosa)

Houve um tempo em que o CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) de Brasília fazia parte do meu cotidiano. Era rotina sair do trabalho e passar por lá para uma sessão de cinema, gastar uma tarde de domingo entre as exposições ou apenas sentar num canto e ler alguma coisa.

Por razões que a própria razão desconhece (mas desconfio que o trânsito cada vez pior e o trabalho cada vez maior tenham forte peso), há uns dois anos não passava por lá. Hoje, domingo de sol, feriadão, cidade vazia, lá fui eu, munida de câmera fotográfica e umas horas livres.

Projeto Casulo - CCBB de Brasília
Projeto Casulo: arte interativa.

Há exposições temporárias bacanas em cartaz, mas falo delas depois. A maior surpresa, pra mim, nem é novidade para os frequentadores mais assíduos: em comemoração aos 200 anos do Banco do Brasil, celebrados em 2008, o jardim externo do CCBB ganhou uma exposição permanente chamada Casulo, composta de esculturas interativas feitas por Darlan Rosa (o mesmo das “bolas” em frente ao Memorial JK).

O projeto tem quatro estruturas de aço que despertam a curiosidade dos adultos e formam um parquinho pra criançada. A proposta é simples: aproximar arte e público por meio da interatividade, da brincadeira. É o lúdico a serviço da formação de um público para as artes, desde a infância (clique para ver a foto aumentada):

Projeto Casulo - CCBB de Brasília Colmeia Lagarta Navete
Casulo, colmeia, escorregador da lagarta e navete.

À noite, as peças ganham luzes coloridas.

Uma ótima dica de passeio neste Dia das Crianças ou em qualquer tarde ensolarada. Ah, a entrada é franca.

Em tempo: o Banco do Brasil fez 200 anos em 2008 e o CCBB comemora 20 anos agora, em 2009. Para celebrar, esta semana entra no ar o blog CCBB 20 anos, que conta também com a minha participação.