Branca como a Neve

Filme: Branca como a Neve.

Claire desperta ciúmes em sua madrasta, Maud, a ponto de fazê-la querer dar fim na enteada. Ela foge e começa a desabrochar ao encontrar sete homens, cada um especial à sua maneira.

A produção francesa brinca com o conto de fadas mais conhecido, ora adaptando-o, ora subvertendo-o. As referências estão lá: a maçã, os animais da floresta, os sete anões e outras brincadeiras, como a Brasserie Chapeau Rouge. Encontrar semelhanças e diferenças entre o filme e o conto é um jogo divertido.

A protagonista está excelente. O padre e o músico – dois dos “anões” – são cativantes. A edição poderia ser mais ágil.

Em cartaz a partir da próxima quinta-feira.

Estrelinhas no caderno: 3 estrelas

Quando Tudo Estiver Pronto

Dica de teatro em São Paulo: “Quando tudo estiver pronto”.

Não acredito que quase deixei passar esse post. “Quando tudo estiver pronto” é uma das melhores peças que vi nos últimos anos.

A história começa no fim do Shivá, o período de sete dias de luto que sucede o enterro na tradição judaica. Marido, filho, sogros e cunhada estão tentando voltar à rotina após a morte repentina de Estela, a responsável pela harmonia familiar. E então…

Não vou contar o que acontece, mas já aviso que todas as resenhas da peça contam. Pesquise por sua conta e risco. Eu não sabia o que esperar e adorei não ter sabido.

O texto é um drama com boas pitadas de comédia. Os temas são universais: morte, luto, família. Os atores estão excelentes.

Em cartaz no Teatro Folha (Shopping Pátio Higienópolis) até 15 de setembro. Corre!

Estrelinhas no caderno: 5 estrelas

A Tabacaria

Dica de filme: “A Tabacaria”.

Às vésperas da Segunda Guerra Mundial, na Viena recém-ocupada pelos nazistas, um rapaz de 17 anos começa a deixar de ser um garoto para tornar-se um adulto. O crescimento vem com aprendizados sobre amor, perda, morte, traição e amizade, contando com a ajuda inusitada de Sigmund Freud.

O filme, coprodução Áustria/Alemanha, é baseado em romance homônimo. As ótimas atuações são complementadas por uma edição precisa e pela bela fotografia. A história é sensível e provoca reflexões… afinal, pessoas comuns acreditaram na barbárie nazista e na propaganda do partido. Se você era antinazista, era automaticamente comunista, uma falsa polarização que gerou uma cegueira coletiva. Dito isso, não é uma história ostensivamente política, mas sim de formação.

Em exibição nos cinemas a partir de amanhã.

Estrelinhas no caderno: 5 estrelas

Ps.: tenho ouvido tanto falar de Freud nos últimos dias, por caminhos tão variáveis, que é impossível não pensar no conceito de sincronicidade de Jung – oh, the irony!

Um Amor Impossível

Dica de filme: “Um Amor Impossível”.

Rachel, aos 25 anos, já é quase “velha” demais pra casar, segundo os padrões do fim dos anos 50. Um dia, conhece Philippe, um homem inteligente, charmoso e sedutor. Do namoro, nasce Chantal. Philippe é um pai ausente, para tristeza de Rachel, que passa anos tentando corrigir isso.

Quando acabou, eu e a @smiletic (que me convidou pra cabine) ficamos apenas olhando os créditos por uns minutos, tentando digerir a história. Não é um filme leve. Não quero me estender para não dar spoilers – apenas veja.

Distribuição: @A2_filmes.

Estrelinhas no caderno: 4 estrelas