De comer macarrão, todo mundo entende. Que comida boa, não? Fica pronta num instante e combina perfeitamente com molho-de-qualquer-coisa: é só abrir a geladeira e deixar a criatividade tomar conta.
O teste está em inglês, mas isso não faz tanta diferença na prática, já que tudo que você tem de fazer é olhar a figura e marcar o nome correspondente. Por outro lado, algum conhecimento de italiano pode quebrar o galho (confesso: foi meu italiano em coma permanente que me permitiu acertar 17 respostas).
Como bônus, depois de cada resposta (certa ou errada) você descobre o tempo ideal de cozimento para dar a consistência al dente (nem duro demais, nem molenga) a cada formato.
Se você costuma usar termos como “parafuso” e “gravatinha” para diferenciar os tipos de massa… bem, boa sorte nos chutes.
(Sim, você pode concluir que o teste vale 5.000 UCI, mas qual desses testes online não vale?)
Dia desses – não faz um mês – comprei uma centrífuga, dessas que fazem suco de tudo com qualquer coisa. Não é aquela da televisão, a tal Juicer Philips Walita, porque o treco é caríssimo – e, pelo que andei lendo, injustificadamente. Comprei uma muito semelhante da NKS, com bocal de alimentação enorme, corta-pingos na saída, 2 anos de garantia e 700 watts de potência. No fim das contas, o que importa mesmo nesses aparelhos é a potência, para que o máximo de suco seja extraído com o mínimo de esforço.
Estou feliz da vida com o bichinho. Sim, ocupa um espaço enorme na pia do meu apartamento minúsculo. Sim, há várias peças pra lavar, mas quase todas são tão fáceis de limpar quanto um copo. A peneira com microtrituradores dá um pouquinho mais de trabalho, mas nada que uma escovinha (tipo as que são usadas pra limpar unhas) não resolva em dois tempos.
Vale a pena fazer um único copo de suco e ter de lavar tudo? Na minha opinião, vale. Estou me alimentando melhor e com uma facilidade incrível. Certo, gasto 10 minutos lavando louça, mas faço um suco gostoso e nutritivo em poucos segundos – uma coisa compensa a outra, não? Especialmente se você pensar que fazer uma salada de frutas ou ralar uma cenoura e uma beterraba para o almoço tomam muito mais tempo.
Bem, mas não comecei este artigo pra falar da minha centrífuga nova…
Como meu consumo de comida saudável aumentou, comecei a pensar: quais são as frutas e legumes da estação? Produtos da estação são mais gostosos, isso é um fato. As frutas são mais suculentas, os legumes são mais adocicados, as folhas são mais saborosas e tudo tem menos agrotóxico. Além de todas essas vantagens, produtos da época costumam ser mais baratos. Essa diferença de preço às vezes nem é tão significativa, mas em alguns casos chega a 200%: tomate, laranja e abacaxi são bons exemplos de frutas que ficam muito mais baratas na estação. Isso pra não falar do morango, que custa os olhos da cara fora do período certo.
Aproveite o melhor da melancia em janeiro e fevereiro!
Eu sei, é cômodo e tentador comprar o que dá na veneta, sem levar em conta a época do ano. Nos grandes supermercados você encontra tudo a qualquer época. Não abro mão totalmente dessa comodidade, admito. Não deixo, por exemplo, de comprar tomates. Adoro e como o ano inteiro. Por outro lado, se você sabe que janeiro é tempo de goiaba, que tal lembrar-se delas e levar pra casa um saco enorme? (Nota: goiabas e centrífuga não combinam. Vá por mim.)
Voltando à pergunta: como saber que produtos são típicos de cada mês? Reparar nos preços, na beleza e na quantidade deles ajuda, mas nem sempre (agrotóxicos conseguem esses efeitos, lembre-se). Minha saída foi recorrer a São Google, padroeiros dos curiosos. Não precisei pesquisar muito para encontrar o site do Ceasa de Campinas, que traz uma lista mês a mês dos alimentos próprios e tabelas que facilitam a consulta, sinalizando as melhores épocas para cada verdura, legume e fruta.
Já salvei a lista nos Favoritos do firefox e dou uma olhadinha antes de passar na quitanda (aliás, outra dica: uma boa quitanda cobra mais caro, mas tem alimentos mais gostosos que os supermercados). Assim, vou tendo idéias de combinações pros meus sucos de centrífuga, evito cair na mesmice e não enjôo do brinquedo.
Você não precisa ter uma centrífuga para aproveitar frutas, legumes e verduras da época, ter produtos mais saborosos na sua geladeira, colaborar com a sua saúde, com seu bolso e, de quebra, com o meio ambiente. É uma lista considerável de bons motivos para observar a tabela antes das compras, não?
Quem disse que o bacalhau só faz sucesso na época da Semana Santa e na Páscoa? No Natal, uma bela bacalhoada pode perfeitamente dividir as atenções com perus e chesters e agradar a quem prefere peixe.
Essa receita é mesmo facílima desde o início porque leva bacalhau congelado. A carne fica muito mais suave e suculenta, incomparável ao bacalhau seco. Além disso, quem gosta de dessalgar bacalhau, de passar horas a fio pajeando o bicho até ter certeza de que perdeu o sal? Sempre resta a dúvida: será que o sal saiu todo mesmo?, e agora, como tempero?
Com o bacalhau congelado, você não perde tempo, tem tranquilidade na hora de temperar e não paga caro – o quilo custa cerca de vinte reais. Uma receita prática e barata é tudo que a gente precisa pra dar uma trégua na correria de fim de ano. Pra completar, é muito leve.
Não quer servir na ceia? Aproveite-a para o almoço de Natal. Ou guarde-a até a Páscoa e siga a tradição.
Ingredientes
1 quilo de bacalhau congelado
3 batatas grandes
2 cebolas grandes
1 pimentão vermelho
1 pimentão amarelo
1 pimentão verde
200 gramas de tomates cereja
Azeitonas pretas, grandes
Azeite, sal, pimenta do reino e outros temperos de que você goste
Unte a forma refratária com azeite. Pré-aqueça o forno.
Tire a pele do bacalhau e corte em postas.
Descasque as batatas e as cebolas. Tire as sementes dos pimentões. Corte todos em rodelas (as das batatas devem ser grossas).
Tempere tudo com sal e pimenta do reino.
Forre a forma com batatas e depois coloque os pimentões, as cebolas e o bacalhau. Faça camadas, se necessário. Regue com azeite e cubra com papel alumínio.
Leve ao forno alto por uns 30 minutos, retire o papel laminado e acrescente os tomates e as azeitonas. Volte ao forno (sem o papel) por 10 minutos.
Dicas e Complementos
Acompanhado de arroz com brócolis, purê de batatas e vinho verde.
O bacalhau deve ser retirado do congelador para a geladeira na véspera.
Uma três horas antes de ir ao forno, retire-o da geladeira e deixe-o chegar à temperatura ambiente.
Sirva acompanhado de purê de batatas, arroz e vinho verde.
Foi assim: o Cobra, cozinheiro de mão cheia, faz vídeo-aulas práticas e rapidinhas, ideais para quem está começando a se aventurar pelas panelas e fica meio inseguro de vez em quando. Entre agosto e setembro, ele fez uma série especial patrocinada pela Knorr e aproveitou para homenagear alguns blogueiros – e, olha só, tive a honra de ser uma das homenageadas. Ainda por cima com uma receita que adoro: salpicão de presunto!
Essa forma de preparo é diferente da que eu conhecia porque leva batatas. O resultado é uma salada que rende pra caramba e tem pouca gordura, já que a quantidade de maionese, comparada aos outros ingredientes, é pequena.
Segundo o Cobra, a receita é para umas oito ou dez pessoas. Deve ser isso mesmo – afinal, são 5 batatas grandes.
Agora, veja bem a situação. Éramos quatro mulheres hospedadas na Morada das Deusas/Albergue da Joaninha, com hábitos de sono e alimentação pouco recomendáveis. O dia em que fiz o salpicão foi particularmente atribulado. Resultado: almoçamos às dez horas… da noite! E não havia outro prato: o salpicão, teoricamente um acompanhamento, virou prato único!
Claro está que devoramos a travessa, pois não? Sobrou apenas uma porção pequena – aquela “da educação”, sabe? – que estava ainda mais saborosa no outro dia.
Adorei a homenagem e a receita, Cobra, obrigada! 🙂
PS: Eu sei, devia ter caprichado mais na apresentação do prato, mas estava morrendo de fome!