A Outra Face da Raiva

Ficha técnica

The Upside of Anger. EUA/Alemanha, 2005. Drama. 118 min. Direção: Mike Binder. Com Joan Allen, Kevin Costner, Erika Christensen, Evan Rachel Wood.

Terry Wolfmeyer (Joan Allen) é uma mulher tranquila, que passa por uma verdadeira transformação emocional após seu marido desaparecer sem qualquer explicação. Obrigada a justificar a todos sua ausência, ela passa a beber para controlar sua raiva e se desentende cada vez mais com suas filhas Andy (Erika Christensen), Emily (Keri Russell), Lavender (Evan Rachel Wood) e Hadley (Alicia Witt). É quando ela conhece Denny (Kevin Costner), um vizinho charmoso e beberrão com quem inicia um relacionamento.

Mais informações: Adoro Cinema.

Comentários

3 estrelas

A raiva, para algumas pessoas, é a única saída para lidar com a dor. A Outra Face da Raiva concentra-se nessa saída – daí o título – mas traz outras, também: a negação, a ironia, a doença de fundo emocional, a bebida, a arte. Todas fugas diante da solidão e da carência. Reações que, na verdade, tendem a aumentar essa mesma solidão e essa mesma carência da qual se deseja tanto fugir.

Apesar do tema forte, o roteiro está longe de ter a densidade de Closer, por exemplo. Não vem recheado de grandes diálogos, contentando-se com a superficialidade do tema. Lá pelos últimos minutos, tem-se algumas frases mais interessantes, como essa: “As pessoas não sabem amar. Mordem em vez de beijar. Batem em vez de acariciar”. A pedra de toque é que o medo de se envolver é tão grande que sobrepuja o desejo desse mesmo envolvimento.

O filme é despretensioso até no orçamento – pouco mais de 13 milhões de dólares. O grande destaque fica para o elenco, muito afinado, com Kevin Costner no papel de um anti-galã, Joan Allen e as quatro atrizes que fazem suas filhas excelentes nos papéis.

Por simples que seja, é capaz de provocar alguma reflexão: por que fugimos tanto? Quais os mecanismos dessa fuga? De que temos tanto medo, afinal?

3 comentários on “A Outra Face da Raiva

  1. Lu;
    Adorei seu texto. E a pergunta final me fez ficar pensando na época em que meu filho adoeceu. Ao ler as suas palavras cheguei à conclusão de que tive muita raiva por não poder resolver a situação e conclusão: comecei a me sentir culpada. Sentimento de mãe, que no fundo julgamos mais “apropriado” mas não verdadeiro. Então, respondendo à pergunta, penso que temos medo de demonstrar nossos sentimentos. Assim eles vão se transformando…
    Parabéns!
    Um bom lugar para reflexão. Obrigada!
    Anny.

  2. Eu adorei esse filme e fiquei louca para baixar a musica que passa na cena do casamento mas não conseguir achar a trilha sonora do filme ainda.

  3. Eu gosto muito desse tipo de filmes, porque fala do “AMOR” e eu adoro. eu também curto filmes e histórias românticas de vampiros,tipo:”DIARIOS DE UM VAMPIRO e CREPUSCOLO” eu amo, sou completamente uma fanática, nem precisa ter dúvidas disso.

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