Folgando na Rede # 2

Redes em fila indianaPara ler

O novo alriada express, blog de Daniel Duende. O cara é fundador da comunidade Brasília no orkut, no remoto ano de 2005; portanto, é responsável indireto por um dos anos mais interessantes da minha vida (as histórias dessa época são incontáveis). Só esta semana descobri que tem um ótimo blog.

Filho de Tolkien conclui livro que o pai deixou inacabado: caça-níqueis? Imagina.

Estudante do Instituto Tecnológico de Virgínia escapou por pouco do massacre em Columbine, oito anos antes. Vai ser pé frio assim lá longe! (E nem vem com “ah, ela teve sorte!”. Sorte tem você, que não estava por perto em nenhum dos casos.)

Muambeiros, respirem aliviados: o Standcenter, ponto de compra e venda preferido dos paulistanos (e forasteiros) adeptos da pirataria, continua funcionando. Ainda bem. Vai que a moda pega e resolvem fechar também a Feira dos Importados de Brasília? O perigo ainda ronda, já que o Ministério Público apelou da decisão.

Da série Notícias Que Mudarão Sua Vida: Sandy & Junior anunciam separação. Como disse uma amiga, “demorou”.

Essa é para quem tem filhos: em homenagem ao Dia do Livro, a Folha de de São Paulo pediu que 17 especialistas indicassem os livros infantis que toda criança deve ler. A lista tem 74 livros, dos quais li 12. E você? Mais importante: e seus filhos?

Ainda sobre livros: Alessando Martins entrevistou Ednei Procópio, editor do site eBookCult, sobre seu novo projeto, o eBookReader, um gadget concebido especialmente para a leitura de livros digitais. Leia a entrevista. O mercado brasileiro não possui equipamento semelhante e a iniciativa é ótima. O problema é o preço salgado (quase mil reais) e a ausência de outras funções incorporadas. Pessoalmente, preferiria adquiriri o belíssimo Sony Reader (350 dólares), que permite o armazenamento de imagens, a leitura de feeds e ainda conta com um mp3 player embutido (afinal, também existem audiobooks por aí).

Para ver

Comparação entre anúncios de fast food e a comida na vida real: isso é propaganda enganosa; o resto é balela. Quem disse que a fotografia representa fielmente a realidade? Vi primeiro no Cocadaboa.

Galeria de fotos de Nair Bello, que faleceu na última terça-feira, dia 17 de abril, após cinco meses internada. A atriz, que tinha 75 anos, alegrou o público em diversos papéis, como a Dona Gema (na novela “Perigosas Peruas) e a impagável Dona Santinha (em “Zorra Total”).

Não me abandone jamais

A indicação foi feita pela Mônica Waldvogel, no programa Saia Justa. A Sra. Monte, que tem uma memória muito melhor que a minha, guardou o nome do livro, pesquisou e me deu de presente de Papai Noel. Já foi devidamente devorado.

Não me abandone jamais é de Kazuo Ishiguro. Um livro tocante e profundamente melancólico. Chocante em alguns momentos, pela naturalidade com que aborda situações tão dramáticas, a escrita de Ishiguro é fluida e envolvente.

Não dá pra comentar muito mais sobre o livro sem revelar alguns detalhes. Pessoalmente, prefiro ir ao cinema ou iniciar uma leitura sem ter a menor idéia do que vem pela frente. É por isso que não vou discorrer sobre Não me abandone jamais e aconselho que você não procure resenhas os sinopses. Vá a uma livraria, compre e, se possível, nem leia a orelha. Deixe-se absorver pela história. Assuste-se e emocione-se, como eu.

Ishiguro nasceu em Nagasaki, em 1954, e mudou-se com os pais para a Inglaterra em 1960. É dele o premiado Os resíduos do dia, que foi transformado em filme cujo título, em português, é Vestígios do dia.

Eu voltei…

Pois é, acho que nunca fiquei tanto tempo afastada do blog. Cinco dias úteis de folga, o que resultou em pouco acesso à web; milhares de coisas para pôr em dia; faxina nos armários e outras coisinhas assim mativeram-me longe. Mas estou voltando…

Últimas notícias:

– Junho continua sendo o melhor mês do ano, na minha modesta opinião.

– A vodca e eu continuamos tendo uma relação de amor e ódio.

– Acabei O exército perdido de Cambises e comecei O Príncipe – preciso aprender a ser maquiavélica.

– Retomei a mania de ler mil coisas ao mesmo tempo e demorar um século para acabar uma mera revista.

– Ainda estou sem cd-player, e quase enlouquecendo com isso.

– As seis temporadas de Sex and the City estão passando uns dias lá em casa – Ricardo, meu querido, eu te amo!

– Últimos cds: Rita Ribeiro, Vanessa da Mata (o primeiro), Los Hermanos (o Ventura – e isso vai render um texto próprio mais tarde), Pega Vida (do Kid Abelha).

– Últimos filmes: Closer (duas vezes), Brilho eterno de uma mente sem lembranças (também duas vezes), O diário de Bridget Jones (preciso dizer?!), Ata-me (fantástico!), Jogos, trapaças e dois canos fumegantes (surpreendentemente, adorei esse filme!), Clube da Luta (um clássico do gênero) e provavelmente mais alguns que não me ocorrem agora.

– No cinema: uma pobreza. Só um filme nas últimas semanas, A pequena Lili. Recomendo, um ótimo filme sobre a alma humana e seus podres.

– Meu estoque de sopas não está resistindo ao frio siberiano desta cidade.

– Novo hobby: scrapbook.

– Louca pra mudar a cara deste blog, mas morrendo de preguiça.

E, aos poucos, voltaremos à nossa programação normal.

Se é pra radicalizar…

Depois do assassinato de uma família no Espírito Santo, motivado por aposta entre jogadores de RPG (role playing game), deputados capixabas protocolaram projetos de leis que visam à proibição da venda de livros para o jogo. O mesmo rebu já tinha acontecido em 2001, quando a estudante Aline Silveira Soareso foi assassinada em meio a uma partida do jogo. Os vereadores de Vila Velha chegaram a aprovar projeto de lei proibindo a comercialização dos livros (não encontrei confirmação de que o projeto tenha sido sancionado pelo Executivo local).

É isso aí. Vamos proibir a venda de livros de RPG. Vamos marginalizar os seus jogadores e taxá-los de bandidos.

Aproveitemos para banir, também, a exibição de filmes violentos e os desenhos animados de combates e tiros. Proibamos, ainda, as facas de cozinha, instrumentos de tantos crimes, e as banheiras, que podem servir para o afogamento. Ah, não esqueçamos de condenar todo e qualquer jogo de cartas, fonte potencial de apostas macabras.

Pessoas desequilibradas existem em qualquer meio. De uma forma ou de outra, acabam por extravasar sua insanidade. Podem usar como válvula de escape um jogo, um romance, uma novela ou o raio que os parta.

O que não faz sentido é tomar alguns loucos e usá-los como padrão para condenar todo um passatempo que, para noventa e nove por cento dos seus usuários, é lúdico e recreativo.

Ignorância e preconceito motivaram, ao longo da História, infinitamente mais mortes que todas as atividades de lazer somadas.